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Inserida por LeticiaDeAssis

BENDITOS

Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!

Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!

Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!

Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.
Porque amigo é a direção.
Amigo é a base quando falta o chão!

Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!

Isabel Machado

Nota: O texto costuma ser repassado com o título "Bons amigos" e com a autoria atribuída erroneamente a Machado de Assis.

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Mulheres como Maçãs

Mulheres são como maçãs em árvores.
As melhores estão no topo.
Os homens não querem alcançar essas boas,
porque eles têm medo de cair e se machucar.
Preferem pegar as maçãs podres que ficam no chão,
que não são boas como as do topo,
mas são fáceis de se conseguir.

Assim, as maçãs no topo pensam
que algo está errado com elas,
quando na verdade ELAS são maravilhosas...
Elas têm que esperar um pouco mais
para o homem certo chegar...
aquele que é valente o bastante
para escalar até o topo da árvore.

Shuna Holmes

Nota: A autoria do texto tem vindo a ser atribuída a Machado de Assis, mas não consta do seu acervo.

A distância é como os ventos: apaga as velas e acende as grandes fogueiras.

O Machado era de Assis, a Rosa do Guimarães, a Bandeira do Manuel. Mas feliz mesmo era o Jorge, que era Amado.

A vida inteira me ensinaram a ser como Amélia... mas eu quis ser Capitu!

A bola no pé e o skate no chão,
música no ouvido e dedos no violão.
A vida é assim: Uma imensa atração.

A franqueza é a primeira virtude de um defunto. Na vida, o olhar da opinião, o contraste dos interesses, a luta das cobiças obrigam a gente a calar os trapos velhos, a disfarçar os rasgões e os remendos, a não estender ao mundo as revelações que faz à consciência

Machado de Assis
Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Typografia Nacional, 1881.

A realidade é o luto do mundo, o sonho é a gala.

Machado de Assis
Gazeta de Notícias, 16 jul. 1893.

O vício é muitas vezes o estrume da virtude. O que não impede que a virtude seja uma flor cheirosa e sã.

Machado de Assis
Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881).

Gosto dos algarismos, porque não são de meias medidas nem de metáforas. Eles dizem as coisas pelo seu nome, às vezes um nome feio, mas não havendo outro, não o escolhem. São sinceros, francos, ingênuos. As letras fizeram-se para frases; o algarismo não tem frases, nem retórica.

Assim, por exemplo, um homem, o leitor ou eu, querendo falar do nosso país, dirá:

– Quando uma Constituição livre pôs nas mãos de um povo o seu destino, força é que este povo caminhe para o futuro com as bandeiras do progresso desfraldadas. A soberania nacional reside nas Câmaras; as Câmaras são a representação nacional. A opinião pública deste país é o magistrado último, o supremo tribunal dos homens e das coisas. Peço à nação que decida entre mim e o Sr. Fidélis Teles de Meireles Queles; ela possui nas mãos o direito superior a todos os direitos.

A isto responderá o algarismo com a maior simplicidade:

– A nação não sabe ler. Há só 30% dos indivíduos residentes neste país que podem ler; desses uns 9% não lêem letra de mão. 70% jazem em profunda ignorância. Não saber ler é ignorar o Sr. Meireles Queles; é não saber o que ele vale, o que ele pensa, o que ele quer; nem se realmente pode querer ou pensar. 70% dos cidadãos votam do mesmo modo que respiram: sem saber porque nem o quê. Votam como vão à festa da Penha, — por divertimento. A Constituição é para eles uma coisa inteiramente desconhecida. Estão prontos para tudo: uma revolução ou um golpe de Estado.

Replico eu:

– Mas, Sr. Algarismo, creio que as instituições...

– As instituições existem, mas por e para 30% dos cidadãos. Proponho uma reforma no estilo político. Não se deve dizer: "consultar a nação, representantes da nação, os poderes da nação"; mas — "consultar os 30%, representantes dos 30%, poderes dos 30%". A opinião pública é uma metáfora sem base; há só a opinião dos 30%. Um deputado que disser na Câmara: "Sr. Presidente, falo deste modo porque os 30% nos ouvem..." dirá uma coisa extremamente sensata.

E eu não sei que se possa dizer ao algarismo, se ele falar desse modo, porque nós não temos base segura para os nossos discursos e ele tem o recenseamento.

Machado de Assis
Ilustração Brasileira, 15 ago. 1876.

Fui descalçar as botas, que estavam apertadas. Uma vez aliviado, respirei à larga, e deitei-me a fio comprido, enquanto os pés, e todo eu atrás deles, entrávamos numa relativa bem-aventurança. Então considerei que as botas apertadas são uma das maiores venturas da Terra, porque, fazendo doer os pés, dão azo ao prazer de as descalçar. Mortifica os pés, desgraçado, desmortifica-os depois, e aí tens a felicidade barata, ao sabor dos sapateiros e de Epicuro. [...] Inferi eu que a vida é o mais engenhoso dos fenômenos, porque só aguça a fome, com o fim de deparar a ocasião de comer, e não inventou os calos, senão porque eles aperfeiçoam a felicidade terrestre. Em verdade vos digo que toda a sabedoria humana não vale um par de botas curtas.

Machado de Assis
Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Typografia Nacional, 1881.

Os políticos fazem tudo que é bom só para piorar a vida da gente

Não era profundo; abrangia mais do que penetrava.

Machado de Assis
Iaiá Garcia (1878).

E bem, qualquer que seja a solução, uma coisa fica, e é a suma das sumas, ou o resto dos restos, a saber, que a minha primeira amiga e o meu maior amigo, tão extremosos ambos e tão queridos também, quis o destino que acabassem juntando-se e enganando-me...

Machado de Assis
Dom Casmurro (1899).

Felizes os que podem respirar, bem-aventurados os que não tossem!

Machado de Assis
Obra Completa de Machado de Assis. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, Vol. III, 1994.

Nota: Trecho do texto publicado primeiramente no jornal "Gazeta de Notícias", no Rio de Janeiro, em 31/07/1892.

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Na vida, o olhar da opinião, o contraste dos interesses, a luta das cobiças obrigam a gente a calar os trapos velhos, a disfarçar os rasgões e os remendos, a não estender ao mundo as revelações que faz à consciência; e o melhor da obrigação é quando, à força de embaçar os outros, embaça-se um homem a si mesmo, porque em tal caso poupa-se o vexame, que é uma sensação penosa, e a hipocrisia, que é um vício hediondo.

Machado de Assis
Memórias póstumas de Brás Cubas (1881).

Se caso soubesse que Jesus iria voltar
daqui a 1 hora. O que faria? Tenho certeza
de que iria desesperadamente orar, pedir perdão,
liberar perdão... Mas na realidade, não sabemos
quando Ele irá voltar, e por isso temos que estar
sempre atentos, sempre buscando santidade!

Se cubra com a Bandeira do Manuel. Afie o Machado, assim como fez Assis. Apanhe a Rosa do Guimarães. Não se esqueça dos Ramos do Graciliano, nem dos Matos do Gregório. Junte tudo que for necessário. E, por fim, peça aos Anjos do Augusto para que você seja Amado, como o Jorge.

Faz-me rir

Acreditei quando criança:
sapos viram príncipes.
Agora estou no brejo.

Como elabora Machado de Assis em um de seus contos, chamado "CAROLINA", me sinto como eterno Fernando para com você...

O otimismo é acreditar que conseguimos superar obstáculos com fé.

Pela sua intuição imediata, não reconhece as palavras que compõem as frases. Então o vocabulário é fraco, então tem que ler mais.

Um cocheiro filósofo costumava dizer que o gosto da carruagem seria diminuto, se todos andassem de carruagem.

Machado de Assis
Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Typografia. Nacional, 1881.

Não se compreende que um botocudo fure o beiço para enfeitá-lo com um pedaço de pau. Esta reflexão é de um joalheiro.

Machado de Assis
Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Typografia. Nacional, 1881.