Poesia de Destino

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Nossas maiores realizações não podem ficar para trás porque nosso destino está acima de nós.

(Cooper em Interestelar)

Interestelar
Interestelar (2014)

MONÓLOGO

Se na vida pudesse trilhar
Sem escolha os trilhos do destino,
Seria assim: como o vento,
Que sopra, sopra e não tem fim.

Se na vida pudesse dançar,
Sem ouvir que música toca,
Seria assim: como a folha,
Que solta,solta e não se prende em mim.

Se no sonho pudesse cantar,
Sem saber quem vai curtir,
Seria assim: como o pássaro,
Que acorda e canta,
Mesmo sem ter alguém para lhe ouvir.

Destino travesso
Me tira o sono
Revira do avesso
Sinto abandono

Hoje não me alegra o mar
Lembro de ti
Me pego a chorar
Quero fugir
Já vi que não dá

Evasão, fuga
Tentativa frustrada
Ilusão, luta
Não deu em nada

Saudade, amor
Tanta saudade
Que me vira do avesso
E revira o meu avesso

Não sei se mereço
Desse jeito sofrer
Só sei que padeço
Não consegui te esquecer

Cada um com seu destino,
Lutando por seu valor se caminhar na trilha da paz
Nunca vai passar terror.

Tenha sempre bons pensamentos
porque os seus pensamentos se transformam em suas palavras
Tenha boas palavras
porque as suas palavras se transformam em suas ações
Tenha boas ações
porque as suas ações se transformam em seus hábitos.
Tenha bons hábitos
porque os seus hábitos se transformam em seus valores
Tenha bons valores
porque os seu valores se transformam no seu próprio destino.

Errante

Sou como a ave
errante…
sem ninho,
sem morada.
Meu caminho
liga ao nada,
e do distante
venho e vou,
pois sei que sou
errante…
nada tenho,
nada guardo,
nem espero.
Venho e vou…
distante.
Hoje, eu chego,
como cheguei um dia,
igual,
como partirei,
sem mais nada
que a dor gritante
de ir e vir,
errante.

Túnel do tempo

Apenas uma folha ao vento,
no túnel do tempo, solta,
a vida é apenas um momento
entre alegrias e tristezas
de quem nas vitórias perdeu
o sentido maior de crescer.

Passageiro de seu destino,
segue só, ao sabor de viver
sem um rumo seu e verdadeiro,
escravo de um futuro incerto,
vivendo a vida no presente
e olhando o tempo que passou.

Caminha para o nada e o escuro,
mas quem sabe sejam as trevas
a luz dessa vida que nos leva
desse mundo tão cheio de misérias.

Caminhada

Entre palavras,
Murmúrios,
Entre silêncios
E mentiras…
Entre amores, desilusões
E iras…
Segue a vida-busca
A buscar a vida.
Nas ruínas
De antigos castelos,
Derrubados
Ao longo dos caminhos;
Dia-após-dia
Ano-após-ano.
No cerrar do pano
Que marca o fim
De mais um ato,
Sem aplausos,
Sem consagrações,
Sem esperanças.
E eu parto
Mais uma vez,
Com um pouco menos
De mim,
Com um pouco menos
De tudo;
Mudo,
Na correnteza humana,
Insana!
Na força
Que meu corpo arrasta,
O coração dilacera,
Devasta a mente
Na espera
De um outro dia
Igual.
Caravana infernal
De solitários,
Homens-máquinas,
Sem razão,
Sem fim,
A carregar mil cruzes
Sem nexo,
Sob as luzes
Do grande palco.
Mas, eu sigo,
Perplexo,
No andar
Dos que apenas andam,
Sem destino.
E, atrás de mim,
Eu sinto o ranger
De um infinito
Que caminha,
Que ri
E chora.
Mas, eu sei,
Agora
Que já sem rosto
Esse infinito,
Como a própria vida,
Também é morto.

Descaminhos (II)

Procurei antigos livros para tentar saber
como se pode virar as páginas da vida,
mas, nessa longa e intensa busca percorrida
nenhuma linha que foi lida, me deixou perceber
se é possível, enfim, mudarmos nosso acontecer,
para poder recriar novos caminhos e destino.

Sem qualquer chance de escolha e mesmo sem querer,
aprendi finalmente então, que não somos somente nós
a conduzir nossas vidas em todos os atos e passos

e, para não cometermos nenhum engano ou desatino,
vamos vivendo segundo a sinfonia de velhos compassos
que é regida sem nuances, bem de longe de nosso ser
para ficarmos, como autômatos, presos ao que foi escrito,
na ilusão efêmera que estaremos então a conduzir
nossas vidas, por tudo aquilo que já temos dito
que fizemos, que construímos, somos ou faremos.

Mas, sem condições reais de poder modificar
tudo que já somos, imediatamente ao nascer,
seguimos obedientes no caminho que recebemos.

Foi assim……ode a meu povo

Foi assim…por mero acaso
que cheguei , certo dia,
à terra de meus pais.
Ainda um menino, pouco sabia
ou um quase nada
sobre os campos distantes
de ventos frios e cortantes
do extremo sul do País.
Essa terra guasca e lindeira
de gente pura e acolhedora
plena de simpatia e lealdade.
Terra de encantos, protetora,
que em realidade era a de todos
meus mais antigos ancestrais.
Rio Grande do Sul, uma nação
orgulhosa de seus feitos e tradições;
uma nação verdadeira,
cuja bandeira, tremulando,
carrega os traços rebeldes
de muitas guerras e peleias
nação com sangue forte nas veias,
curtida no amor à terra e,
a defendê-la fez jorrar esse sangue
por várias gerações.
Menino carioca, da capital
me achando soberano, o tal…
aprendi , muito cedo
a domar o potro da vaidade
e a me entregar de alma,
sangue e corpo
ao minuano campeiro.

Meu trem

Parte meu trem
Da gare escura,
Pela manhã que não veio,
Ainda.
Do escuro da noite,
Que não finda,
Parte meu trem
Escuro e sujo.
Trem de perfumes
Extravagantes,
Em misturas exóticas
De odores;
Miss dior, num certo azêdo
Do suor
De mil axilas.
O cheiro de peixe
Que exala
De caixotes, em jornal
(sem igual).
Ah, meu trem que parte,
Escuro e sujo!
Trem de luxo
No cotidiano,
Com portas abertas
(incertas)
Que são bocas famintas
(de gente).
De janelas sem vidro,
Com chuva, com vento
Num só lamento,
Do pó que levanta
Do chão,
Juncado do lixo
De muitas mãos
E das bocas que cospem
A miséria de um povo.
Meu trem…
Do cotidiano,
De professoras azuis,
De bêbados cansados,
De suados operários,
Dos peixeiros
Que espalham na manhã
A presença dos mares,
Em horários incertos
(invulgares).
Trem democrático.
Prático!
A professora ao lado
Da lavadeira,
No mesmo trem,
Escuro
E sujo,
Com cheiro de peixe,
De roupa lavada
(ou suja?)
Com o lixo espalhado
No perfume francês.
Quem nos fez
Assim tão irmanados
Nós….Os subdesenvolvidos
Do sul?
Num mesmo trem
Escuro
E sujo.
Com vento
Com chuva
Com frio,
Mas sem cheiro
Do sangue
Da luta de irmãos.
O branco no preto
O preto no branco,
Livres
Num mesmo trem
Escuro
E sujo,
Com vento,
Com chuva,
Com frio,
Mas sem o cheiro
Da pólvora
Da guerra,
Que me aterra

Existem três tipos de pessoas neste mundo: ovelhas, lobos e cães pastores. Algumas pessoas preferem acreditar que o mal não existe no mundo, e se algum dia o mal bate-lhes à porta, eles não saberiam como se proteger. Essas são as ovelhas. Então você tem predadores, que usam a violência para se alimentar dos mais fracos. Eles são os lobos. E depois há aqueles abençoados com o dom da agressão, uma necessidade incontrolável de proteger o rebanho. Estes homens são a raça rara que vivem para confrontar o lobo. Eles são os cães pastores.

(Wayne Kyle)

Sniper Americano

Nota: Na verdade, essa metáfora foi criada pelo escritor e tenente aposentado americano Dave Grossman.

...Mais

Vou lhe contar um segredo. Nunca contei a ninguém, será o primeiro a saber: estou gostando de alguém.
Me apaixonei pelo sorriso, que com um golpe muito preciso conquistou meu coração. Sua voz sempre me acalma, e cada palavra conforta minha alma de um jeito inexplicável, meio louco, sem noção.
Ele me faz bem, "bem" eu quero dizer feliz, é só vir em pensamento que começo a sorrir. Mas um problema sempre me faz pensar em desistir, só não desisto porque acredito que o destino ainda há de nos unir. Olha, não sei se você prestou atenção ou se conseguiu perceber, mas essa pessoa que tanto amo, acredite, é você.

Há na vida momentos privilegiados em que parece que o Universo se ilumina, que a nossa vida nos revela sua significação, que queremos o destino mesmo que nos coube
como se nós mesmos o tivéssemos escolhido; depois o Universo volta a fechar-se, tornamo-nos novamente solitários e miseráveis, já não caminhamos senão tateando num caminho obscuro onde tudo se torna obstáculo aos nossos passos. A sabedoria consiste em salvaguardar a lembrança desses momentos fugidios, em saber fazê-los reviver e fazer deles a trama da nossa existência cotidiana e, por assim dizer, a morada habitual do nosso
espírito.

Hoje quero que você saiba que valeu a pena conhecer você.
Valeu a pena ter deixado o destino nos fazer encontrar; valeu a pena ter correspondido ao seu primeiro impulso.
Valeu a pena ter ultrapassado barreiras; não ter acreditado em besteiras, mexericos e outras estórias que as pessoas inventam e que maltratam o nosso coração.
Valeu a pena ter sido companheira; ter sido ciumenta; ter amado tanto.
Valeu a pena ter feito amor; ter gerado filhos; formado uma família.
Valeu a pena ter sido a sua sócia no negócio da vida; valeu a pena ter passado por problemas e saber resolvê-los sempre juntos.
Valeu muito a pena ter vivido tudo isso e saber que muito mais ainda virá e que o amor vigoroso nos manterá unidos e que venceremos na alegria, na tristeza, no sucesso e nas derrapagens da vida.
Valeu muito a pena, tudo! Te amo demais!
Sua esposa!"

Pessoas são como elos...
Elos que se entrelaçam pela força do destino, Elos que se definem pelo livre arbítrio...

Pessoas formam histórias.
Histórias de vida, com rumos pré destinados...
Histórias de vida, de livre escolha dos próprios atos.
O nosso eu acaba sendo formado de pessoas....

Pessoas que amamos, pessoas que odiamos,
pessoas especiais ou insignificantes...
A nossa história é formada de pessoas...
Muitas delas ficam apenas um pouquinho conosco...

Outras, uma eternidade de tempo físico...
Outras ainda uma eternidade de tempo espiritual.
Essas permanecem conosco mesmo depois que o elo físico se rompe...

São personagens de relações eternas de amor!

O rompimento doloroso só consegue provocar o afastamento da matéria; do espírito jamais...

São essas pessoas que fundamentam o nosso
alicerce de vida.

Elas vão e ficam ao mesmo tempo. São pessoas que jamais nos deixam sós,
pelo simples fato de morarem dentro de nossos corações...

Elas são elos inquebráveis, que nos tornam capazes de sermos também elos em outras vidas...
Elos de amizade...
Elos de amor...
Assim é a corrente da vida, onde as pessoas formam sempre elos...
Sinto que vivemos uma nova era de relacionamento, feita também de elos...
Elos virtuais... mas tão reais...
Elos que nos marcam profundamente!

NADA É POR ACASO

Se as coisas fossem perfeitas
Não existiria lições de vida
Não haveriam arrependimentos
E nem descobertas...
Se tudo fosse perfeito
Mãos não se uniriam
E sonhos não seriam valorizados.
Se tudo fosse perfeito
Olhares não se completariam
E gestos passavam despercebidos.
Se tudo fosse perfeito
As lágrimas não existiriam
As palavras seriam perfeitas.
Se tudo fosse perfeito
Eu pularia no abismo
Sem medo da morte
Pois asas eu ganharia...
Se tudo fosse perfeito
Eu atravessaria o oceano
Sem medo de ser levada pelas ondas
Sem receios de me perder em suas profundezas.
Se tudo fosse perfeito
Dores não existiriam
E a cura não seria procurada...
Se tudo fosse perfeito
Não haveria a busca pela perfeição...
Nada é por acaso
Pois nem o destino
É perfeito.

Na vida nada acontece por acaso. O que você faz hoje, pode fazer a diferença em sua vida amanhã.

Do meu passado vejo o que não pude ter
Lamento por este pesar
O amor fez de mim um monstro
Fez de mim apenas uma lembrança vaga
Uma lembrança ruim de um amor destruído
Destino maldito! Não se pode contê-lo, mas se pode vivê-lo.

Eu vou embora sozinha. Eu tenho um sonho, eu tenho um destino, e se bater o carro e arrebentar a cara toda saindo daqui, continua tudo certo. Fora da roda, montada na minha loucura. (...)
Dá minha jaqueta, boy, que faz um puta frio lá fora e quando chega essa hora da noite eu me desencanto. Viro outra vez aquilo que sou todo dia, fechada sozinha perdida no meu quarto, longe da roda e de tudo: uma criança assustada.

Caio Fernando Abreu
Caio Fernando Abreu: O essencial da década de 1980

Nota: Trechos do conto "Dama da Noite" de Caio Fernando Abreu

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O mistério do destino humano é que somos fatais, mas temos a liberdade de cumprir ou não o nosso fatal: de nós depende realizarmos o nosso destino fatal.
(in A Paixão Segundo GH. pág 124.)

Inserida por eduardarocha