Poemas Rainha
Vamos conjugar o verbo Pecar no Presente do Indicativo?
✓ Eu peco;
✓ Tu pecas;
✓ Ele peca;
✓ Nós pecamos;
✓ Vós pecais;
✓ Eles pecam;
Só não devemos julgar!
Mateus 7:1-5
Daqui observo admirada...
Céu e mar se fundem num infinito azul, respeitando a sua
Individualidade, liberdade e imensidão.
Ah, mar!
Diante de ti eu reflito.
E num mergulho eu te sinto.
Nesse nosso encontro,
eu me torno imensidão,
quando em ti deixo
meu suor e minhas lágrimas.
Permeando entre o real e o imaginário;
Fantasias ganham vida na minha imaginação atrevida.
Em ambos tudo posso desde que faça eu me sentir feliz e viva.
O amor que te faz sentir verdadeiramente feliz não está atrelado a nada e nem a ninguém, ele está dentro de nós.
As vezes buscamos isso externamente e logo passa.
Busque dentro de si, ele tem nome e sobrenome e te faz sentir pleno.
Eu encontrei o meu.
O seu nome? AMOR PRÓPRIO.
Eu me amo! Eu sou plena e feliz.
A vida é uma estrada com vários portais.
A passagem de um portal para o outro depende do tempo/aprendizado de cada um.
Ou segue ou fica estagnado, quem ultrapassa sabe como funciona.
A cada portal, novas imagem, novas ideias, novos conceitos.
É um caminho sem volta.
Meus olhos se inspiraram naquela queda d'água que
ao admirá-la se solidarizou deixando sair do meu íntimo tudo que me causava desconforto e sofrimento.
A cada lágrima escorrida levava consigo as tristezas, inseguranças, dúvidas, medos...
Ao mesmo tempo que contemplava, eu chorava e me curava.
Espaço aberto, ar livre,
aberto como o meu corpo, pra receber só o que me faz bem. Livre como a minha mente que tem a liberdade de vagar, voar bem alto e por onde desejar.
Como a natureza eu floreço no meu tempo e numa intensidade à flor da pele.
Enquanto repousava
sobre o gramado,
meus olhos vidrados
se entretiam com algumas nuvens
que em pareidolia
me contavam estórias.
O corpo aterrizado
e a cabeça voando
em prazerosas memórias.
Eu posso te ver bater por horas sem enjoar... Isso acalma minh'alma.
Mergulho nesse mar de pensamentos que por muitas vezes me deixam a deriva.
Logo sou trazida por uma onda de calmaria, sinto o aconchego no abraço de uma brisa e me despeço.
Quantas lágrimas já
Se misturaram nessas águas?
Quantos aqui deixaram
Suas dores, suas mágoas?
Pra quantos fostes
Fonte de inspiração?
Quantos te buscaram
Em momento de aflição?
Quantos vieram
Só pra se banhar?
Quantos segredos
Vc tem a guardar?
Quantos diante de ti
Clamou ao universo
O seu desejar?
Simone Rainha ✍🏻
Esplendoroso mar, observo incansável toda sua infinitude.
Tu que me fazes viajar em pensamentos que vagam em lugares onde só eu posso estar, permita com a sua magia que eu leve comigo quem eu quiser e quem comigo for, não saberá.
Só me leve a lugares onde meus pensamentos sejam livres de qualquer especulação, julgamento e o retorno será quando eu determinar.
Eu prefiro viver navegando por aí, mas dê-me carona na primeira onda, quando algo ou alguém aqui me solicitar.
Os espinhos que nos fere estão entre as flores mais lindas.
Assim como as pedras que tropeçamos estão nos caminhos irregulares que nos levam a lugares encantadores.
Não deixemos de gostar das flores por causa de algum espinho que nos feriu e nem deixemos de desbravar novos caminhos por causa das pedras que nele há.
Faz parte da vida se ferir na caminhada.
O aprendizado vem da dor e do sofrimento, mas sempre passa.
Há dualidade em tudo e jamais saberíamos de fato o que é bom se não tivéssemos provado o ruim e vice versa.
A vida é maravilhosa pra quem sabe viver e tão efêmera.
Somos presenteados todos os dias ao abrir os olhos e muitas das vezes não percebemos.
Lá fora está repleto de belezas a serem apreciadas, algumas delas oferecem riscos, mas sempre vale a pena apreciar.
Saiam da bolha e bora viver!
Havia naquela menina
um pouco da mulher
que se tornou.
E nessa mulher,
um pouco daquela menina
que até aqui caminhou.
Ainda há tantos caminhos a percorrer
e daquela menina,
Essa mulher não quer se perder.
Pois é dela que vem a sua vitalidade.
E o seu anseio de viver.
Tem dias que me recolho
Eu não escolho ficar assim
E nesses dias parece
Que as dores do mundo
Pesam muito sobre mim.
Conversar é como jogar bola,
Passe pra direita, passe pra esquerda.
Da surpresa ao previsível.
Um arremesso fora de campo.
Vem a bola pesada como chumbo.
Esquiva-se enquanto há tempo.
Ou intercepta ferozmente.
Na multidão, são tantos passes
São tão confusas as regras.
Ouço risos trepidantes, palpita o coração
Talvez eu devesse falar qualquer coisa de interessante
Mas quero fugir.
Para onde, meu Deus?
Conversar é como jogar bola
É um olhar que você lança
Que conforta ou confronta.
Eu fico decifrando os sinais.
Se são estes meus oponentes,
São quais meus aliados?
Eu nunca aprendi a jogar bola
Por isso me sento a um canto e imito
Rio se riem, choro se choram.
São sorrisos tristonhos e lágrimas irônicas.
Sinto apagar-me na multidão.
Eu deveria estar aqui, a cumprir papel de tola?
Com você é diferente.
A bola se arrasta até mim num percurso sem fim.
Eu a abraço com ímpeto.
Não, não se vá.
Tenho uma imensa coleção
Bolas de ping pong, de biloca, de neve...
Mas não te mostro, não vejo eu mesma
Coleções são muito perigosas.
Se elas desmoronam sobre nós...
Se rompem como um átomo de plutônio...
Eu não sei jogar bola.
O meu comprometimento com o bem é tão grande, assim como a troca que fazemos com o universo é certa. Por esse motivo, tenho mais preocupação com quem mancomuna contra mim, do que comigo mesma.
Não tenho nada a temer!
Tenho que ser a melhor.
Tudo já acabou, mas eu continuo.
Me esforço sem precisar, só para ego aumentar.
Ninguém se esforça, todo mundo não liga.
Tento sair porém estou presa aqui não consigo parar, no topo sempre tem que estar.
Não há ninguém me pressionando, além de eu mesma.
Essa auto cobrança não para,
Tenho que ser a melhor em tudo para me sentir feliz, é um ciclo vicioso sem fim.
Momentos sentidos
por todos os sentidos,
capazes de criar memórias.
Reabro gavetas
ocupadas com as melhores.
Não desejo revivê-las,
apenas relembrá-las
enquanto as arrumo.
Criando espaçopara
as que ainda virão.
Não eram dias feios
e sim, dias tristes.
De recolhimento
Sem contentamento
A portas fechadas
Chave ao lado de dentro
Ao lado de fora
A natureza intacta
Lhe aguardava contemplar
Com riquezas de detalhes
Que a sua tristeza
não permitiu ir apreciar.