Poemas do Padre Fabio de Melo

Cerca de 424 poemas do Padre Fabio de Melo

Sentimentos nobres você alimenta ou não. Sentimentos mesquinhos você alimenta ou não. Tudo passa pela nossa escolha. E à medida em que a gente escolhe o sentimento que vai nos nortear, estamos de alguma forma determinando aquilo que Deus vai conseguir com a gente.

Aquilo que incomoda o coração tem que ser removido hoje. Se a gente não joga fora hoje, a gente corre o risco de amanhã, quando tiver outra coisa nos incomodando, juntar com a que incomodou ontem. E vai juntando, isso é residual. Tristeza é residual, vai ficando acumulada, então a gente precisa cuidar. Jogar fora e recomeçar.

Eu sou um contador de histórias... Gosto de me aventurar no universo das palavras, gosto de vê-las clamando por minhas mãos, desejosas de saírem da condição de silêncio. Escrever é uma forma de desvendar o mundo.

A vulnerabilidade é o que me define como ser vivo. É por ser vulnerável que amo. Não tenho cercas na alma. Vivo exposto.
E prefiro.

Nós só temos o direito de esperar pelo impossível depois de termos feito tudo o que nos foi possível.

Porque vistos de um jeito certo, os erros, eles nos preparam para nossas vitórias e conquistas futuras porque não há aprendizado na vida que não passe pelas experiências dos erros.

Mesmo fazendo tudo errado, eu não sei viver sem você. Eu não posso ser nem a metade do que eu sou, se você não estiver por perto.

O verdadeiro amor é aquele que vai sendo descoberto, a medida que defeitos e qualidades são colocados à mesa. É uma crueza isso. É difícil? É. Mas, conto de fadas definitivamente nunca vi! Essa história de amor romântico, perfeito, onde o outro é tudo aquilo que eu imaginava ser... Não. Dê tempo ao tempo, vá devagar com a dor porque o santo é de barro, viu? Vá devagar com a dor, porque o namorado que você tem aí, é de barro, é frágil; Vá devagar com a dor porque a sua namorada é frágil, a sua esposa é frágil, ela tem muitos defeitos que você precisa conhecer, até você ter o direito de eleger e falar: "Não, conheço seus defeitos, conheço suas qualidades e quero viver o desafio de fazer isso dar certo!"

Já desprezei muita gente importante na minha vida porque acreditei demais no que sentia. E mesmo que meu sentimento não correspondesse ao que eu conhecia da realidade, eu o elegia como minha verdade. Por razões mesquinhas e vergonhosas, permiti que o sentimento do momento me fizesse esquecer o que eu realmente sabia sobre o outro. Desprezei por motivos pequenos pessoas que eu já havia reconhecido grande. A razão? Elegi a ira do momento como verdade absoluta. Permiti que o desapontamento momentâneo prevalecesse sobre as historias bonitas que já havia experimentado ao lado daquela pessoa.
A prevalência do sentimento sobre o conhecimento me fez perder muita gente interessante. Tenho tentado mudar. Ainda que a duras penas, preciso assimilas essa sabedoria. Nem tudo o que sinto é verdadeiro. A vida não pode brotar semente de minhas sensações. Preciso equalizar o que sinto com o que sei. É uma questão de Humanidade...

O tempo é um bom amigo, ele se encarrega de jogar no chão as nossas mentiras, pois é a gente que faz questão de mentir pra gente mesmo, idealizando e enxergando perfeições onde não existe.

E então descobrimos o motivo que levou o poeta cantar: “Bom é partir. Bom mesmo é poder voltar!” Ele tinha razão. A partida nos abre os olhos para o que deixamos. A distância nos permite mensurar os espaços deixados. Por isso, partidas e chegadas são instrumentos que nos indicam quem somos, o que amamos e o que é essencial para que a gente continue sendo.

Uma coisa é certa: nós sabemos quem somos, mas os outros nos imaginam. No ato de imaginar, o outro constrói a pessoa ideal, e essa pessoa ideal não existe, pois o próprio conceito já diz. Ideal só existe na ideia.
Não existe pessoa "ideal" , mas sim pessoa "certa''. A pessoa certa condensa defeitos e qualidades, e a somatória de tudo resulta uma realidade pela qual o outro se apaixona...

Por mais que a vida tenha modernizado, não podemos esquecer que o amor é artesanal, e a família não é produção em série, é amor todo dia.

Se um amor está gerando muito sofrimento, provavelmente não se trata de um amor verdadeiro, sendo apenas uma idealização feita da pessoa, em que alguém se apaixona por aquilo que pensa que o outro é, e não por aquilo que ele realmente é

Não fique ansioso com aquilo que você ainda não tem. Tudo tem o seu tempo, jogue suas sementes no chão. Cuide e um dia elas irão germinar.

Há coisas que nos são inúteis, mas mesmo assim nos são indispensáveis. Já pensou nisso?
Há sempre um perigo no amor que tem utilidade. Enquanto o outro exerce alguma função na nossa vida, corremos o risco de não experimentar o amor gratuito. Amor que se fundamenta na utilidade que o outro tem corre o risco de se transformar em abandono num futuro próximo. Quando queremos o outro só por causa da utilidade que tem para nós, agimos para satisfazer nossas necessidades. Amamos até o dia em que o outro nos é útil. No dia em que deixa de ser, mandamos embora, dispensamos. É possível amar os inúteis? Na teoria não, mas na prática, sim.

O verdadeiro amor chega na nossa vida não no dia em que o outro diz que nos ama. O verdadeiro amor chega na nossa vida no dia em que o outro sem dizer uma palavra, nos olha nos olhos e nos convence que nos ama, sem precisar dizer, sem precisar usar o recurso da palavra. Nos olha nos olhos e nos deixa a vontade, porque as pessoas que verdadeiramente nos amam, nos deixam a vontade pra sermos aquilo que a somos.

Amar não é prender nem ter domínio sobre alguém, mas consiste em fazer livre a quem se ama e se quer bem.

QUEM SOU?
Eu me conheço e sei perfeitamente quem sou. Os outros, apenas, me imaginam.

O autoconhecimento não se esgota. É bom que seja assim.
Ser fonte inesgotável, permanecer inédito pra si mesmo, ir embora sem ter sido tudo.