Poemas de Maquiavel

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Existe uma distância tão grande entre como se age e como se deveria agir, que aquele que despreza o mundo real para viver num mundo imaginário encontrará antes sua ruína do que sua salvação.

Desde que o amor e o medo dificilmente podem coexistir, se escolhêssemos, é mais seguro ser temido do que amado.

Para conquistar algumas coisas não se é preciso ter grande valor nem grande fortuna, mas sim uma astúcia afortunada.

É um vício comum a todos os homens, o não se importar-se com a tempestade no perdurar da bonança.
(O Príncipe - Cap. XXIV, Pág. 119[2])

Os bons conselhos, venham de onde vier, resultam da prudência de quem os analisa e os acata. Os bons conselhos, por mais sábio que seja o conselheiro não pode incutir prudência em ninguém e quem não é prudente por si mesmo não pode ser bem aconselhado.
(O Príncipe - trad. Francis Iácona)

Deve aconselhar-se apenas quando queres e não quando outros o queiram; deve desencorajar todos de fornece-lhe conselhos se não os solicitados.

As violências devem ser feitas todas em conjunto para que, dispondo-se de menos tempo para provar seu gosto, pareçam menos amargas; os benefícios devem ser concedidos pouco a pouco para que sejam mais bem saboreados.

Justa, na verdade, é a guerra quando necessária, e piedosas as armas quando apenas nelas se encontra a esperança.

O ser humano é um animal político, o homem é necessariamente governante ou governado.

Todo homem é de alguma forma político, mesmo que muitos cabeçudos alienados não tenham consciência disso e até afirmem que são apolíticos. Crassa tolice pois, se não são agentes em menor ou maior escala da política, são os instrumentos, objetos ou marionetes dos agentes políticos que os manipulam.

Deve-se compreender que um príncipe, e em particular um príncipe novo, não pode praticar todas aquelas coisas pelas quais os homens são considerados bons, uma vez que, frequentemente, é obrigado, para manter o Estado, a agir contra a fé, contra a caridade, contra a humanidade, contra a religião.

Maquiavel
MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Nova Iorque: Montecristo Publishing LLC, 2012

Não se pode definir como virtude a matança dos próprios concidadãos, a traição aos amigos e a demonstração de falta de lealdade, de piedade, de consciência e de ideal moral: essas práticas podem conquistar poder ao príncipe, nunca a glória.

⁠A única maneira de se proteger da bajulação é fazer as pessoas entenderem que dizer a verdade nunca o ofenderá.

Maquiavel
O príncipe (1532).

“Nenhum governo nunca deve pensar que tem poder para tomar decisões absolutamente certas; pense antes em ter que tomá-las sempre incertas, pois isto está na ordem das coisas, que nunca deixa, quando se procura evitar algum inconveniente, de incorrer em outro”.
(O Príncipe - cap.XXI)

⁠O homem que tenta ser bom o tempo todo está fadado à ruína entre os inúmeros outros que não são bons.

Maquiavel
Elffers, Joost; Greene, Robert. As 48 leis do poder. Rio de Janeiro: Rocco, 2000.

Qualquer um vê o que você aparente ser, poucos conhecem o que você é de fato...

Deve confiar a outros os encargos melindrosos que provocam ressentimentos, reservando para si aqueles que atraem reconhecimento.

Os homens amam conforme sua vontade e teme conforme a do príncipe, um príncipe sábio deve se apoiar naquilo que depende de sua vontade e não naquilo que depende da vontade de outros.

Os Estados que surgem rapidamente, como todas as demais coisas da natureza que nascem e crescem depressa, não podem ter raízes e estruturação perfeitas, de forma que a primeira adversidade os extingue.

Maquiavel
MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Nova Iorque: Montecristo Publishing LLC, 2012

Quem conspira não pode aturar isoladamente e só pode aliar-se àqueles que julga insatisfeitos. Mas no momento em que revelas as tuas intenções a alguém insatisfeito, dás a ele a oportunidade de se satisfazer, porque se te denunciar poderá esperar tudo o que é do seu agrado; de modo que, vendo um ganho certo deste lado e incertezas e perigos na conspiração, só permanecerá leal a ti se for um amigo extraordinário ou inimigo ferrenho do outro.