Poemas de Lord Byron

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Ela caminha em formosura, noite que anda
num céu sem nuvens e de estrêlas palpitante,
e o que há de bom em treva ou resplendor
se encontra em seu olhar e em seu semblante:
ela amadureceu à luz tão branda
que o Céu denega ao dia em seu fulgor.
Uma sombra de mais, em raio que faltasse,
teriam diminuído a graça indefinível
que em suas tranças côr de corvo ondeia
ou meigamente lhe ilumina a face:
e nesse rosto mostra, qualquer doce idéia,
como é puro seu lar, como é aprazível.
Nessas feições tão cheias de serenidade,
nesses traços tão calmos e eloquentes,
o sorriso que vence e a tez que se enrubesce
dizem apenas de um passado de bondade:
de uma alma cuja paz com todos transparece,
de um coração de amôres inocentes.

Os homens, afinal, vieram me libertar;
Não perguntei por quê, nem quis saber onde;
Enfim, para mim, era tudo a mesma coisa,
Agrilhoado ou livre, igualmente,
Eu aprendera a amar a desesperança

Lord Byron

Nota: Trecho do poema "O prisioneiro de Chillon"

Para todos os ofícios, exceto o de censor, é indispensável uma aprendizagem: os críticos fazem-se antecipadamente.

Toda a história humana prova que desde o dia em que Eva comeu a maçã, a felicidade do faminto homem pecador depende em grande parte do almoço.

Não amei o mundo, nem ele a mim;
Não bajulei seu ar vicioso, nem dobrei
Aos seus idólatras o joelho do sim.
Meu rosto não abriu risos ao rei
Nem repetiu ecos; a turba, eu sei,
Não me inclui entre os seus. Vivi ao lado
Deles, porém sem ser da sua grei;
E à mortalha da sua mente atado
Estaria se não me houvesse precatado.

A vida é uma estrela que resplandece no horizonte, no limite de dois mundos, entre a noite e a aurora. Quão pouco sabemos o que somos! Ainda menos sabemos o que vamos ser.