Poemas Campos

Cerca de 588 poemas Campos

⁠OGIVAS

A Terra é dividida
Transformada em campos de batalhas
de armas e munições.
Oferta e demanda;
Aumentando,
só aumentando...

Cada país consumindo
a sua cota final.
Todos são inimigos,
no jogo mortal…

Governos secretos por toda parte;
Militares triangulados;
bom senso caindo;
Deformando o espaço legal.

Com as mesmas regras absurdas,
conspiram pelo domínio global.

Inserida por ElcioSouzaGeremias



Convite

Segura em minhas mãos
vamos correr nos campos
banhar no mar
saltitar na chuva
matizar o céu
para escrever em mim
contornos relevantes
uma história de amor
com versos de paixão
que contemplam a alma
nos olhos utópicos
da minha existência
@zeni.poeta

Inserida por zeni_maria

⁠Eu Nasci -

Eu nasci do silencio das nortadas
que se adensa pelos campos solitários,
das tormentas, aguaceiros, trovoadas,
das tristes badaladas dos velhos campanários.

Eu nasci daqueles que nunca morrem
mas convivem com a morte dia a dia,
do silencio daqueles que não dormem,
das mães que os filhos choram, da poesia.

Eu nasci do Sol-Poente que desponta
a cada dia, orgulhoso, sobre o mar
e se deita, sempre, sobre as águas a chorar.

E tanta madrugada que a Minh'Alma conta
em que na demência dos sentidos me perdi,
apodrecido, jaz no ventre de quem nasci.

Inserida por Eliot

⁠Outro fado -

Adeus gentes, minha terra
adeus campos, adeus serras
que em criança me viram;
adeus versos que escrevi
aos amores que não vivi
adeus fados que me ouviram.

Meu coração como louco
sente triste, pouco a pouco
que ao partir não volta mais;
e no meu peito de espuma
esta dor é só mais uma
outra dor entre as demais.

e o meu corpo feito lume
já não tem quem o inunde
d'ilusões, esperanças fagueiras;
e entre pedras e cansaços
caem penas pelo espaço
como cai água das beiras.

E a saudade que me amarra
prende minh'Alma à guitarra
numa angustia de deixar-te;
e toda a história perdida
e toda a vida sem vida
vai nos olhos de quem parte.

Ó minh'Alma onde vais?!
Porque sofres tanto e mais
se o destino está marcado?!
Diz adeus a quem ficou
diz adeus a quem passou
parte em busca d'outro fado ...

Inserida por Eliot

⁠Quinta do Malhão -

Saudade, triste saudade,
me ficou no coração
daqueles campos sem vaidade
da Quinta do Malhão ...
Nogueiras, altas Nogueiras,
se erguiam naquelas terras
campos longos de laranjeiras
povoados de tristes pedras!

Ai saudade, triste saudade,
do cheiro a terra lavrada,
da sua infinita bondade
ficou minh'Alma marcada.
Recordo ainda aquela Nora
e seu triste Coração,
os alcatruzes eram fora
chorava a Quinta do Malhão ...

Tanta sombra, tanta Paz,
tantos sonhos e fantasias ...
Quando eu era rapaz
tinha a Alma cheia de Poesias!
E na terra macia
adormecia no chão,
voa, voa Poesia,
sonha, sonha Coração,
era assim que eu vivia
na Quinta do Malhão!

E os primeiros Amores
que minh'Alma encerra
nasceram como as flores
na memória daquela terra ...
Cada canto mos recorda,
cada tronco, a minha infância,
mas sinto ainda uma corda:
apesar já da distância,
passa sempre e morre um beijo
nesta memória em cadência ...

E das Nogueiras, folhas secas,
folhas secas, folhas mortas ...
No chão caidas, que m'importa
se secas estão as folhas mortas!
Nogueiras, altas Nogueiras,
Laranjeiras e Figueiras
que em criança me vistes,
já não podes agitar as altas franças,
guardai então os sonhos tristes
desta triste criança ...

Inserida por Eliot

⁠Maria da Graça -

Nos longos madrigais
destes campos do Alentejo
andam moças aos Ais
de-desejo-em-desejo ...

Campos de trigo, campos de seiva,
plantados com suor por esta gente!
Que a Senhora da Orada lhos proteja,
hoje aqui e para sempre ...

E no Outeiro da saudade,
junto à Monsaraz do Coração,
há hortas, campos de piedade,
vinhedos, imersos em solidão!

E ouve-se ao longe, no Outeiro, uma canção!
É uma jovem com ternura e encanto
que canta e encanta a ilusão
ao ponto de calar até o pranto!

Agita-se-lhe o canto na garganta,
sai-lhe pela boca graciosa,
e toda a gente se espanta
ao ouvi-la cantar tão formosa...

Seus olhos quando chora,
sua boca quando ri,
são graciosas auroras,
pedras preciosas: esmeraldas e rubis.

E quando feliz ela passa
pela porta das gentes,
chamam-na: "- Maria da Graça!
Canta lá o que sentes ..."

Que Graça, que encanto, que ternura
levava a Maria no Coração,
qu'inda hoje, na memória, perdura,
a jovem Graça e a sua canção ...


(À graça, à ternura e ao encanto, da sempre jovem, Maria da Graça, minha Mãe .)

Inserida por Eliot

⁠Alembradura -

Horas convulsas
da minha
aldeia!
Noites sem
Lua,
dias sem
Sol,
campos de
flores,
trigo e aveia,
tantas sementes
que o espaço
alteia ...

E um monte
de estevas,
ergue ao longe,
na umbra,
uma Terra audaz!

"- Ó menino,
tu não te
atrevas ir
sozinho a
Monsaraz!"

Dizia meu Avô!
Dizia minha Avó!

Montes e vales,
rochas traiçoeiras,
hortas e vinhedos,
cercas perturbantes,
bichos e cobras,
por aí, nas eiras,
onde eu andava
dantes ...

No Outeiro!
Na minha Aldeia!

Criança sem rumo,
pelo orvalho,
diziam meus Avós,
atormentados:

"- o menino
não levou
agasalho! ..."

E quando regressava
dessas voltas,
sempre, de meus Avós,
preocupados, escutava
um ralho!

E hoje, mais só,
que dura saudade!
Desse Tempo ...
Desse Espaço ...
De meu Avô ...
De minha Avó ...

Saudade que perdura,
nessa Casa da Infância,
nesta fria-alembradura ...

Inserida por Eliot

⁠Olhai para os campos
Neles tudo fala de amor
o sol que brilha no alto
Os pássaros que dançam
embalados pelo próprio cantar
Flores que se abraçam
deixam perfume no ar
Tudo é preciso
Ordenado e belo
É a união de todos
a glorificar o Senhor


editelima 60

março /2023

Inserida por editemendes

⁠A Senhora de Vale-Flôr -

De pele trigueira e olhar firme
porte de gazela, pelos campos ao calor,
- ó Poeta -, fala, escreve, diz-me,
alguém há que se assemelhe à Senhora de Valle-Flor?!

Alta, esguia, perturbante,
passa por entre os nobres sem temor,
deixa a um canto a Senhora Duquesa de Brabante
a Senhora Marquesa de Valle-Flor.

Vestida de brocados e cetins,
pedras, pérolas, jades incolor,
desliza p'los salões ao toque dos clarins
a muy nobre dama Senhora de Valle-Flor.

Mas um dia, algo terrivel ocorreu,
chega-lhe a noticia que a deixa sem fulgor,
Jenny, sua filha, tão jovem, morreu!
Pobre e contristada Senhora de Valle-Flor.

O Marquês, deixara-a antes tão nova,
esse, a quem dera tanto amor,
agora, sua filha, 20 anos, vai à cova,
triste, no Palácio, a Senhora Marquesa de Valle-Flor.

A Rainha, Dona Amélia de Bragança,
vem ao Paço dar a mão à sua dor,
traz-lhe flores e um abraço de esperança:
"- Aceitai estas Rosas Senhora de Valle-Flor!"

De negro vestida, véu cobrindo o rosto,
tão ressentida, pálida, sem cor,
cai aos pés da rainha - tal o desgosto
da muy nobre Dama - a Senhora de Valle-Flor.

" - Alevantai-vos!" Diz a Rainha. "- Pobre mãe,
alembrai de Maria a sua dor,
sabeis agora o que é ser mãe - tão bem,
Senhora Marquesa de Valle- Flor."

"- É tão funda, Senhora de Bragança,
a dor que me assola o coração,
que não há Rosas nem esperança
que me tirem deste valle de solidão!"

Ainda hoje, à porta do jazigo da defunta,
se vê passar um vulto que liberta um odor
das Rosas que leva no regaço! Quem é? Alguém pergunta!
E há um suspiro que se escuta. É a Senhora de Valle-Flor!


(Poema à Senhora D. Maria do Carmo Dias Constantino Ferreira Pinto Valle-Flor (1872-1952) Primeira Marquesa de Valle-Flor, e à sua filha, Jenny Valle-Flor, falecida muito jovem, ainda adolescente ...)

Inserida por Eliot

⁠Pensamento -

A minha casa é a rua,
minhas vestes são os campos,
meus olhos de alma nua,
na voz do povo são dois cantos ...

A noite - cama onde me deito,
feita de linho, brocados e cetins,
tem alvas ondas - o teu jeito,
ao pôr as rendas sobre mim ...

Tocam na dolencia os sinos da igreja,
dão horas, meia-noite, tu não estás ...
E onde foste? Aonde irás? Que a vida te proteja!

Que eu, no frio da minha noite, sem nada,
na tristeza das colchas de damasco, adormeço
em silêncio numa cama já cansada!

Inserida por Eliot

⁠Caçada -

Pelos campos, na herdade,
saem galgos a correr,
manhã cedo, uma caçada;
é noite, na verdade,
e entre frio, a chover
desce ainda a madrugada!

Há um galgo branco e leve
a correr direito ao rio
entre a névoa densa e clara,
pelos campos uma lebre
que ao saltar cheia de frio
lhe parece jóia rara!

Desce o Sol no horizonte
e no meio da claridade,
voam tordos pelo ar;
a caçada vai a monte
no silêncio da herdade
correm galgos sem parar!

Inserida por Eliot

⁠Se Alguém me Procurar -

Se alguém me procurar pergunte ao vento
que se agita pelos campos sem se ver
procure o meu olhar por um momento
que se agita na alegria de viver!
Se alguém me procurar pergunte ao vento.

Se alguém me procurar pergunte às fontes
procure em cada sitio onde estive
pergunte até aos versos que me esconde
se um dia nos meus olhos não os tive!
Se alguém me procurar pergunte às fontes.

Se alguém me procurar pergunte ao tempo
porque o tempo deu-me a vida que me deu
procure o meu olhar no pensamento
e a memória de um sorriso que era meu!
Se alguém me procurar pergunte ao tempo.

A vida é este canto que me abraça
como estrelas à luz do firmamento
sou a chuva que bate na vidraça
que se agita conforme agita o vento!
Se alguém me procurar pergunte ao vento.

Poema para Celeste Rodrigues
musica do guitarrista Pedro Castro

Inserida por Eliot

⁠Nos campos da vida, a beleza floresce,
Nas asas do tempo, a alma enriquece.
Cada momento capturado é um tesouro,
Uma lembrança que guardamos com estouro.

Inserida por entrepontos_evirgula

⁠No sertão do Ceará, Aurora viu o sol nascer, E entre campos verdes, um mestre a florescer. Afonso Cesário, o nome a brilhar com louvor, Hoje completa 76 anos de sabedoria e amor.
Nas veredas do conhecimento, ele sempre trilhou, E aos jovens gerentes, seu saber entregou. Com maestria e paciência, ele os ensinou a liderar, Guiando-os pelo caminho do sucesso a trilhar.
Mestre Afonso, com sua voz empostada e serena, Fez a educação a sua grande arena. E nas salas de aula, sua luz a brilhar, Iluminou gerentes, fez o saber prosperar.
Comemoramos hoje, com alegria e fervor, Sete décadas e meia de um grande professor. Que a vida lhe sorria, que a saúde continue forte, E que continue a brilhar, como uma estrela do norte.
Parabéns, Afonso Cesário, mestre de grande estimativa, Neste dia especial, que sua jornada culmina. Que o tempo siga, com vitórias a tecer, E que cada aniversário seja motivo de renascer.
Nossos votos de felicidade, com toda gratidão, Pelo legado que deixou em cada coração. Que a vida lhe traga ainda mais inspiração, E que siga iluminando novas gerações, com dedicação!
Assim, comemoramos seu aniversário com fervor, Afonso Cesário de Sousa, mestre com tanto valor. Completando 76 anos, sua luz a resplandecer, No coração do Ceará, um mestre a florescer.

Inserida por MauricioCCantelli

⁠Numa noite serena, entre sonhos envolventes, finalmente te encontrei.
De campos verdejantes, emergiu minha Bela Adormecida, entre suspiros radiantes.
Seus cabelos dourados como trigo maduro, seus passos leves como brisa, tão puros.
Seus olhos azuis e radiantes como o céu.

Ela era do campo, da terra e do sol, seu sorriso, um raio de luz que envolvia o arrebol.
Num jantar em minha casa, sua presença floresceu, trazendo consigo a essência do campo, da paz e da alegria, que em meu coração permaneceu.

Uma vez em sonho, encontrei o amor que minha alma ansiava, tão querido.
Que ao despertar, se assim for a vontade de nosso Deus, te encontre ao meu lado, afinal,
Pois contigo, meu amor, a vida é um conto sem igual.

Inserida por Anonimarco76

Viena

Talvez... Talvez sim.
Talvez isso passe, olhe, veja,
que belos campos verdes,
Paciente é o tempo.

Paciência de um fim de tarde.
Paciência de um ponteiro que bate.
Paciência de um casal em um parque.
Paciência de brisa que assopra a árvore.

Talvez... Talvez sim,
talvez com paciência, isso passe.

Inserida por Guilhermerramosz

⁠Nos campos verdejantes, a vida dança,
o vento sussurra entre os trigais,
o sol dourado acaricia a esperança,
ea natureza canta em seus rituais.

O verde se estende em vastidão,
um tapete de vida e de cor,
onde a alma encontra sua canção,
e o coração se enche de fervor.

Entre as folhas, segredos se escondem,
flores desabrocham em sinfonia,
e os riachos, suaves, nos conduzem,
a um mundo de pura harmonia.

Nos campos verdejantes, a alma voa,
entre sonhos tecidos de brisa e luz,
e ali, na quietude que nos abraça,
encontramos a paz que nos conduz.

Inserida por NEYJUVENT

⁠Força Gaúcha: Uma Homenagem ao Povo do Rio Grande do Sul
Nas terras do sul, onde os campos se encontram com o céu, um povo guerreiro enfrenta tempos de prova e dor. O Rio Grande do Sul, conhecido por sua bravura e labor, hoje sofre com as marcas de um desastre sem igual.
Frente a chuvas implacáveis, casas, pontes e barragens se desfizeram, mas o espírito gaúcho permanece indomável. Este povo, unido por objetivos comuns, não conhece a palavra desistência. Trabalhadores incansáveis, estarão juntos na resistência.
As vidas marcadas pela tragédia, os desaparecidos entre escombros, as famílias desabrigadas clamam por nossa solidariedade. Enquanto choramos os que se foram, também celebramos a força daqueles que permanecem, reconstruindo, dia após dia, o solo que tanto amam.
Ao povo do Rio Grande do Sul, oferecemos nosso apoio incondicional e nossa admiração. Que a prosperidade retorne aos vossos lares e que a união continue a ser a vossa maior força. Estamos convosco, hoje e sempre, na reconstrução de cada pedra, cada ponte, cada casa e, em cada oração e em cada gesto de apoio.
Com respeito e esperança,

Inserida por MauricioCCantelli

⁠Nos campos belos
Existem flores
Jasmim
Orquídeas
E rosas
Assim também
Na vida
Existiu e
Existem mulheres
Belas e resistentes
Como
Marielle
Anielle
E outras pelo mundo
A fora
Que a luta
Nos campos
Da vida
Não se esqueçam
Dos perfumes das flores
Que as mulheres
Sejam lembradas
Por exalar
A competência
A liderança
O protagonismo
Fazendo se presente
Em todos os lugares
Do mundo
Que o mês de março seja
Sempre lembrado como
Movimento
Das vozes das mulheres
Lutadoras
Que lutaram intensamente
Pelos seus direitos
E assim mostraram a
Luta contra a violência
A luta pela Igualdade
Em todos os seus aspectos
Manifestando também
A sua repudia
Contra todo um sistema
Hipócrita e desigual
E que colocar a mulher como inferior

Inserida por RosaV

⁠A obscuridade a todos os campos da humanidade
Em nós a o traço da maldade
Os pensamentos se torna quente e traz a libertinagem
E no fundo a sensação de arrebatar com o sangue escorrendo por todo lugar
Fico atento expressivo a quela pele tocar e fascinado
Com todo cheiro no ar
Sou um louco um assassino ou é só psicopata ?

Inserida por Skaygor