Novela
Não podemos de parar nunca de acreditar, afinal se a nossa vida é uma novela, onde somos os protagonistas, e levando em consideração que toda novela tem um final feliz, só nos cabe ir ao encontro desse final...
A novela, eu assisti ontem.
mas não sei o nome dela não,
só sei que seu nome está escrito
dentro do meu coração.
O Nosso Amor é Nosso!
O nosso amor...
Não é de novela
e nem de
contos de fadas.
O nosso amor
é nosso!
Carregado de
sentimentos
bem reais.
Verdadeiros.
E de entregas!
É assim...
Que vamos nos
querendo!
SAUDADES DE CHICO ANYSIO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Dia destes, adormeci assistindo à novela Império, da Rede Globo. Despertei em plena Zorra Total, programa que abomino pelo mau gosto e a falta de criatividade, além do bullyng constante contra pobres, desdentados, negros, gays e obesos. Imediatamente veio à memória o Chico Anysio. Tive saudades de todas as versões do seu humor elegante, respeitoso, criativo e de gosto apurado, que valorizava os antigos bons horários da emissora para os bons programas.
É uma pena que o Brasil tenha decaído a tal ponto neste quesito. Não há mais um programa humorístico, realmente humorístico, relevante. O que mais se vê na televisão brasileira são esses programas que tentam arrancar o riso com tons de voz e gestos excessivos e a ridicularização das massas. Da maioria do povo brasileiro, composta por essa gente já muito ridicularizada no dia a dia. Não precisava ser também por esses humoristas forjados que se acotovelam nas emissoras, sabedores de que logo serão substituídos, pois não são duradouros. No mais, restam os seriados simpáticos; as comédias românticas capituladas, razoáveis até, mas na cola dos seriados norte-americanos, que por serem originais, são bem melhores. Mesmo assim, os horários são impraticáveis para quem trabalha.
No tempo de Chico Anysio, também do Jô Sares humorista, mas hoje falo do Chico, as emissoras eram mais independentes. Não precisavam puxar tanto o saco do poder público, e por isso, as boas piadas às custas dos políticos, que são de fato merecedores disto, rendiam risadas generosas e ainda faziam refletir. Não era necessário apelar para os bordões, na tentativa de grudá-los em nossos ouvidos e dar a impressão de um sucesso que só é mesmo dos bordões; não dos programas, exatamente. E para o povo, essa era a única e boa vingança saudável contra a classe política, pelos sofrimentos impostos ao país, entra século sai século. Rir dos políticos, graças ao Chico Anysio, era nosso programa predileto.
Hoje, com o medo que as emissoras têm do poder público, seu maior patrocinador, o povo está sendo obrigado a rir de si mesmo. Além de ser simplesmente obrigado a rir, com as piadas exageradas, preconceituosas, desinteligentes e de mau gosto empurradas olhos e ouvidos adentro. Mais uma vez recordo o Chico Anysio, que quando encarnava personagens populares, essas personagens eram caricaturas simpáticas, respeitosas, e sempre soavam como homenagens. Ele homenageava; não praticava bulliyng contra o povo brasileiro simples e sofredor...
...Chico Anysio foi foi o grande humor de nossa vida.
Pra que sempre sorrir se a felicidade pode ser igual ao os romances de novela, estão ali mas não são reais.
"A vida é igual a uma boa novela:
nós sabemos que vai ocorrer o último capítulo, mais cedo ou mais tarde.
E a tristeza é quase a mesma,
quando o fim está realmente próximo!..."
" Prefiro perde meu tempo jogando vídeo Game, vendo desenhos e novela do que perde com pessoas fúteis e insignificantes..."
A ficção imita a vida real, de um jeito bem mais simples; tanto que em cada série, filme, novela ou desenho nos identificamos em algum dos personagens, que também passam por fatos parecido com nossas vidas. Eu realmente aprendo e cresço vendo como os personagens aprendem a lhe dar com seus desafios, defeitos e incertezas, isso me inspira a querer superar os meus, me enchem de vontade de tentar. E trazem um gosto de maturidade e aconselhamento que só a pessoa mais incrível me deu.
Cada tristeza; amor, amizade e histórias conturbadas de família me fazem analisar do porque as vezes aquele amigo ou parente não te chama no chat. Porque ele(a), acha que o outro não entendera e se isola do mundo, e é ai que penso! Pois na ficção essa pessoa estaria rodeada de amigos verdadeiros sempre que possível para ajudarem uns aos outros, aconselhando e acolhendo em cada tombo seja ele físico ou não.
Os problemas familiares na ficção sempre mais pesados e intensos, só que no final tudo sempre fica bem, pois há uma solução para tudo e todos ficam mais fortes que antes.
Talvez se cada um fosse mais franco consigo, com os outros e com sua realidade não precisaríamos da ficção para nos proporcionar isso.
Eu queria um alguém
Eu queria um amor
Tipo de novela
Com beijos longos
Trilha Sonora
Brigas
Reatações
Prazer
Amor.
Em tempos de novela libertária, o anormal é normal. O normal também é normal ou estamos vivendo uma ilusão?
SOCIEDADE - NOVELA - SOCIEDADE
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Cheguei à conclusão de que não posso exigir que a arte pare no tempo, sob pena de se tornar fútil; superficial; sem qualquer compromisso com as realidades contemporâneas. A dramaturgia, por exemplo, quando não se propõe a exibir histórias de épocas passadas ou de cunho estritamente religioso, tende a se tornar alienada, fora de propósito e contexto, caso exceda nos véus. A menos que haja intenção dos autores, por questões de humor, fantasia ou romance atemporal.
Como não dá para enfiar computadores, smartphones, armas nucleares e comportamentos ultramodernos em histórias de séculos, quiçá milênios passados, também não dá para fazer o oposto nas histórias de nosso tempo. Afinal, a arte existe em razão da sociedade; não a sociedade em razão da arte.
Excetuando os casos de fanatismo artístico, em que a falta de compromisso com crianças, adolescentes e outros vulneráveis interfere perniciosamente no processo natural e gradativo de formação ou assimilação, não acho nada imoral. Nem contradidático. Nem escandaloso. Na arte, no entretenimento nem na lida interpessoal e consensual. É só uma questão de achar ou não por bem consumir, e de querer ou não, de forma explícita, inequívoca e decidida, interagir com o outro. Tudo com discernimento próprio; não de acordo com regras, prismas ou imposições de que ou quem quer que seja.
É claro que havemos de repudiar qualquer manifestação artística e de outras naturezas, se houver clara imposição ou incitação ao ódio; ao preconceito; à exclusão; ao crime. Mas confesso que o que tenho visto é que a mídia, em especial a dramaturgia na maioria das vezes tem feito, com ou sem eficiência e sucesso, é exatamente pregar a compreensão, a tolerância, o respeito e os novos olhares sobre as diferenças cada vez mais evidentes. Com vícios, distorções e falhas, mas cabe às famílias aplicar seus filtros, propor as devidas reflexões, assessorar seus vulneráveis para o entendimento viável do que assiste. Ou proibir a audiência, pelo reconhecimento da incapacidade de assessorar.
O que nenhuma pessoa, família, grei, organização ou grupo tem o direito de fazer é decidir o que os outros podem ou não podem, com base nas suas proibições internas, por moralismo; fanatismo; ideologia; crença; imposição de cultura ou tradição.
Que se denuncie o que fere a lei; o que é crime ou contravenção. Mas ninguém se julgue apto a reger a sociedade; a exigir que todos vivam dentro de seus moldes ou virem suas ovelhas compulsórias. Voltando à dramaturgia, chegamos ao tempo em que, por falso moralismo e ditadura de fé, como se já não bastassem os preconceitos religioso, de gênero e até racial, temos que conviver com o preconceito a depender dos programas que apreciamos, a emissora de rádio ou televisão que preferimos, o jornal que lemos, os sites que acessamos e até as músicas de nossa expressa preferência.
Na contramão do que muito cidadão tem feito, se um dia me acudisse a ideia de mover um processo judicial de natureza pública, baseado em influências de comportamentos, eu preferiria processar a sociedade, da qual faço parte, pelas más influências que ela, sim, tem levado às telenovelas. Repito que a arte existe em razão da sociedade; não a sociedade em razão da arte.
''O seu amor é diferente.
Diferente dos amores de cinema, dos amores de novela, dos amores das pessoas de verdade.
O seu amor é único, é aquele amor das entre linhas, de pequenos gestos, alguns olhares.
O seu amor é aquele amor que nem parece amor, mais é. Aquele amor de dormir de mãos dadas, de fazer um carinho no rosto ao acordar, de trazer café e pão mesmo reclamando.
O seu amor é esse amor assim, que ninguém vê, porque não é necessário que se veja.
O seu amor é esse amor sincero que é sentido, compartilhado por mim e por você, somente.
É o amor que tinha que ser meu e é. “E que seja sempre assim, nosso sempre amor.”
Sombras, sobras
omoplata...numa cova rasa
espíritos cantam...
mais uma novela...
nas esquinas tantos intervalos...
luzes artificiais...
quem pode ser,
fantasmas de um passado
que te amou...
mais uma dose um trago de cigarro,
uma noite barata,
mais uma crise de existência,
a lua parece cheia,
o frio padece de criticas,
entre bandeiras frustrações,
contradições e separações,
vulgo da sombria solidão...