Musicas Escritas

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O que é poesia?

Poesia é arte!
A tua clemência,
É a misericórdia
Do dia a dia!
Mas, o que é poesia?
Poesia é vida!
Poesia é amor!
Poesia é ardor!
Poesia é sexo
Mas, mesmo assim...
De tudo, o que será poesia?
Poesia é música!
Poesia é uma dança!
Poesias são quadros!
Poesia é o inefável...
O que será? Que será?
É poesia!
Poesia é um temperamento,
É um sofrer,
É um desejar
É um escrever humano
Mas, mesmo assim...
O que será a poesia?
É tudo que está fora
Do nosso alcance...
Mas está entre nós.

Valter Bitencourt Júnior
Toque de Acalanto: Poesias, 2017.

Parece que todas as palavras já foram escritas,
Parece que todas as rimas já foram ditas,
Parece que todos os versos já foram recitados,
Parece que todos os poemas já foram declamados,
Mas a alma do poeta é pura inspiração...

Palavras escritas possuem um “poder” especial, elas acolhem, incentivam, invocam emoções...
Elas possuem a capacidade de poucos minutos, revigorar, lhe dar forças, der atravessar
fronteiras, de fazer a realidade as vezes mas fácil...
O autor pode ser até esquecido, mas as suas mensagens sobrevivem ao tempo...
“Elas marcam um momento que será eternamente revivido por todos aqueles que as lerem.”

Quem escreve, cria sonhos...
Quem ler tem a oportunidade de vivê-los...

Era uma vez o Amor
Das belas cartas escritas
Das poesias dos antigos poetas,dos românticos de um tempo distante,esquecidos nos livros que um dia,
Folheados por certos amantes

O amor virou lenda
Histórias de um conto infantil
As cartas,as flores,poemas
De um passado que um dia existiu

Só pra dizer Te Amo...

Te falo de meu amor por metáforas
escritas em folhas soltas nos ventos
da saudade.

Te falo de coração que pulsa arrítmico
quando te pensa, te sonha em noites
insones.

Te falo do indizível, do indescritível
na língua dos homens, busco louco
por palavras não inventadas, versos
desconexos.

Te falo da solidão da distancia que dói
ao tempo que alimenta o desejo que
arde intenso.

Te falo de sentimentos em forma de
veleiros navegando por mares azuis
cruzando tempestivas paixões.

Te falo de minhas lagrimas choradas,
despejadas qual orvalhos sobre rosas
imaginadas em jardins de poesia.

Te falo por minhas letras através do
poeta que me habita cuja alma voa
apaixonada na eterna busca da tua

Te falo tudo e nada, minhas verdades
em metáforas, sentimentos calados,
espalhados em versos que resume tudo
em uma única frase...
... Eu te Amo !

Lágrimas são como cartas escritas, quantas voce já escreveu, tantas outras escreverá?!




AMÉM!

As frases feitas e as palavras fáceis aparecem na nossa frente como se tivessem sido escritas para nós.
Mas elas são como os conselhos que nunca seguimos. Não porque o conselho não é bom, mas porque segui-lo é o grande problema.
Se fazer as coisas fosse tão fácil como escrever qual é o remédio, não haveria doentes.
Não esqueça, para as aparentes soluções fáceis sempre há decisões quase impossíveis.

⁠escritas no papel

escritas que escrevo, as dores que o tempo sinto, o delírio de ter nascido, o ar que me mata, a vida que me acaba, despedaçado estou, pelo próprio amor, por pensar onde vira a ser amado, por um ser que nunca o amou.
aflito degenerado, como cacos no chão, o sangue que escorre de meus olhos sem o perdão, o coração aperta o ar me falta, o desejo a quero, em meu coração o medo de tirar o lugar onde nele estou, haver outro, e no fim, traido, esquecido, como latas e lixo, será que serei amado?

Primavera (Walmir Rocha Palma)

Um rouxinol acorda os outros passarinhos
Como um maestro, ele conduz o seu coral
Pintor de todas as manhãs, o sol morninho
Seduz as flores com seu beijo matinal

Olho que vê tamanho encanto da janela
Não sei se meu ou se o de Deus está em mim
Estou setembro, vinte e um, é primavera!
Meu coração amanheceu feito jardim

Num alegreto inusitado, as borboletas
Vão espalhando grãos de pólen a granel
A terra fértil, mãe feliz, e tudo aceita
Há comunhão nesta estação, entre ela e o céu

Fascínio assim, de flores, já não há quem pinte
Só mesmo o traço inconfundível de Monet
Ou o delírio extasiado de Stravinsky
Para com sons a primavera conceber

Mas que mulher exuberante, a primavera
Ela é a prima mais querida do verão
E embora o outono morra de paixões por ela
É o inverno que ela traz no coração

Obs.: Este poema foi musicado por Rosa Passos.

A minha vida inteira
Eu nunca estive presente
Era apenas um fantasma
Fugindo de medo
Aqui nossos sonhos não são feitos
Eles estão vencidos

Eu morreria por você
Isso é fácil de dizer
Temos uma lista de pessoas por quem morreríamos
Uma bala por eles, uma bala por vocês
Mas parece que não vejo muitas balas vindo

Memória da Casa (Fernando de Oliveira e Walmir Palma)

Não está no portão
a memória da casa,
nem está no porão,
onde tudo se guarda.

Se talvez no jardim
mora alguma lembrança,
erram doces ausências:
borboletas, crianças.

A memória da casa
jaz além da estrutura,
das paredes caiadas,
assoalho, nervuras.

Vejo outrora na alcova
afogada em cortinas
o rubor de uma rosa
e uma linda menina.

Onde foi essa alcova,
em que tempo se deu,
como entrou nessa história,
em que vão se perdeu?

Essa casa são muitas,
uma só todas elas;
o morar é a casa
com varandas, janelas.

As memórias são tantas,
tantos são os lugares
onde pousam lembranças
nesse lar, nesses lares...

Achei que meus demônios estavam quase derrotados
Mas você ficou do lado deles e os libertou
Eles sabemos meus segredos e não vão me deixar em paz

Quando sentir meu calor
Olhe nos meus olhos
É onde meus demônios se escondem

Não se aproxime muito
É escuro aqui dentro
é onde meus demônios se escondem

Eu disse que a vida é assim
Por mais engraçado que pareça
Algumas pessoas se divertem pisando em sonhos
Mas eu não deixo isso me abater
Porque esse velho mundo, ele continua girando

Cada um de nós compõe a sua história
Cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz
E ser feliz;
Todo mundo ama um dia
Todo mundo chora
Um dia a gente chega
E no outro vai embora

Calmaria (Walmir Palma)

Pouco de céu
Quase de sol
Pouco de ventania
Quase de dor
Pouco de mar
Quase que nasce o dia

Meio você
Meio verão
Meio minha cantiga
Pouco de mim
Meio você
Quase de calmaria

Em primeiro lugar, vou dizer tudo que está em minha cabeça. Estou cansado e irritado de como as coisas tem sido

Em segundo lugar, não me diga o que você acha que eu poderia ser. Eu estou sozinho na minha vela, sou o mestre do meu mar

Em terceiro lugar, faça uma oração para os que estão lá em cima. Todo o ódio recebido transformou seu espírito em uma pomba, seu espírito se elevou

Apenas um jovem, com o pavio curto
Estava me sentindo preso, queria me liberar
Sonhava com grandes coisas
E queria deixar tudo para trás

Ergo minha bandeira, tinjo minhas roupas
É uma revolução, eu suponho
Estamos pintados de vermelho para nos encaixarmos