Morte Transformação
Tão poderosos sentimentos que os dominam também os transformam, e assim já imaginam que morrem para renascer os gênios da natureza, como sátiros.
O amor adolescente é como uma borboleta
Morre numa semana
Porém, se transforma como a criança
Nasce a cada amanhecer!
Essa mania que as pessoas têm de quando morre alguém, elas tentarem os transformar em herói é ridículo. Um cantor que mal faz sucesso se tornou o rei da sua categoria, uma atriz que estava no sofá havia anos era a dama das telenovelas, um professor que pouco fazia seu trabalho tornou – se o grande mestre, o amigo que nem era notado na turma virou ‘o cara’, a namorada que era como uma cabeça de bacalhau, agora era a dona de todas as aparições, destaque em holofotes. Na verdade não é nada pessoal, mas é que faz pensar que essas pessoas só tiveram algum valor depois que partiram, ou quando estão no ultimo suspiro de vida. Temos é que parar com isso, endeusar quem não esta entre nós, independente do que eram que façamos isso em vida, para não termos nenhum remorso do ‘e se... ’ Não temos que perder para dar valor, é valorizar pra não perder.
Existir é apenas ser, viver é aprender a sentir, morrer é transformar-se, mas antes tem que nascer pelo partilhar.
O que parece ser o fim, nada mais é do que a vida em transformação.
A morte é somente uma nova jornada.
E assim como a vida, uma jornada ao desconhecido.
A Enfermagem nunca vai morrer. O que vemos em nossa geração é o processo de uma transformação da enfermagem no Brasil.
MORTE DO POETA
Marcio Souza
Meu mundo perdeu-se as cores,
Transformou-se em saudades,
Já não canto mais versos de amores,
Foi-se embora a felicidade.
Será meu canto de despedida?
Que o próprio tempo revela?
Dessas surpresas da vida,
Que o pobre poeta não espera?
É uma angústia sem fim,
É uma dor que arrebata,
Que tomou conta de mim,
E que aos poucos me mata.
E nessa adversidade sentida,
Levada à própria sorte,
O poeta morre, com a poesia em vida,
E a posteriori, com o seu próprio corpo a morte!
De tantos versos e cantigas,
Hoje é um poeta que jaz,
Sem lágrimas de despedidas,
Que apenas, partiu em paz.
Marcio Souza
Se temos fé em Jesus Cristo, a morte não é fim, mas transformação, é a oportunidade que temos de voltar para o paraíso de onde nosso espirito não esqueceu, de contemplar o bem que nossa memoria não apagou e de retornar realmente para nossa pátria, pois somos filhos da eternidade e para lá devem conduzir os nossos paços e ações.
A mitologia greco-romana não morreu, ela se transformou com os prédios e a urbanização. Seus protagonistas são nossos vizinhos moram em apartamentos e vivem como nós: amando, lutando, sofrendo, sorrindo...
Que não se transforme em poeira os sonhos, que não morram.
Em mim, vives...e se vamos vivê-los ou não, não cabe a mim.
São destinos que foram escritos e o final é parte da história.
Falar da morte é transformá-la em aliada, conselheira, em uma presença natural. Lidar com ela de modo saudável significa ter mais realizações, finalizar mais tarefas e pedir mais perdões ao longo da vida. Só assim se vive de modo mais pleno e se pode morrer mais serenamente, rompendo com o hábito de deixar certas decisões para amanhã, depois de amanhã e assim por diante.
Somos seres para a Morte, pois a cada milésimo que passa estamos em constante transformação ( mudança). O filósofo Martin Heidegger tinha razão, e ainda complemento com Lavousier ao dizer, aquilo que aprendemos no ensino médio: " Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". Assim somos, nós a cada amanhecer nos encaminhamos para essa transformação. Nossa carne, ossos serão outras formas na natureza.
A arte é desprendimento. É a transformação da pulsão de morte em pulsão de vida, do destrutivo ao amoroso.