Quem de manhã compreendeu os ensinamentos da sabedoria, à noite pode morrer contente.
O coração da mulher, como muitos instrumentos, depende de quem o toca.
Quem encontra prazer na solidão, ou é fera selvagem ou é Deus.
A felicidade do homem casado depende das mulheres com quem não se casou.
Três amores... Quem me deu
Tão estranha sorte assim?
Três amores, tenho-os eu
E nenhum me tem a mim!
Quem possui a faculdade de ver a beleza, não envelhece.
Muito pouco ama, quem com palavras pode expressar quanto muito ama.
Para quem ama, não será a ausência a mais certa, a mais eficaz, a mais intensa, a mais indestrutível, a mais fiel das presenças?
A quem mais amamos, menos sabemos falar.
Não, ela me acertou bem onde mais doía. Bem no meu amor-próprio.
Você não precisa de amor, você precisa de tempo. Tempo para se amar mais.
Para chegar ao castelo, você precisa nadar pelo fosso.
Se houve sofrimento é porque você tentou.
E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém.
Quando você se apaixona, se apaixona por um espelho de suas necessidades mais atuais.
Nós precisamos ser tocados por quem amamos quase tanto quanto precisamos do ar que respiramos.
Você, o seu ser, tanto quanto qualquer pessoa em todo o universo, merece o seu amor e sua afeição.
Sharon Salzberg
Lovingkindness: The Revolutionary Art of Happiness (1995).
Nota: O pensamento costuma ser atribuído a Buda, mas parece ser uma interpretação da autora a partir de um pensamento de Buda.
...Mais Hoje na solidão ainda custo
A entender como o amor foi tão injusto
Pra quem só lhe foi dedicação
Como é estranha a natureza morta dos que não têm dor. Como é estéril a certeza de quem vive sem amor...
E o amor, em vez de dar, exige. E quem gosta de nós quer que sejamos alguma coisa de que eles precisam.
Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.
Nota: Trecho da crônica Dies irae.
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