Frase de Roland Barthes

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O fascismo não é impedir-nos de dizer, é obrigar-nos a dizer.

Como ciumento sofro quatro vezes: por ser excluído, por ser agressivo, por ser doido e por ser vulgar.

A literatura não permite caminhar, mas permite respirar.

A linguagem é como uma pele: com ela eu entre em contato com os outros.

Como homem ciumento eu sofro quatro vezes: por ser ciumento, por me culpar por ser assim, por temer que meu ciúme prejudique o outro, por me deixar levar por uma banalidade; eu sofro por ser excluído, por ser agressivo, por ser louco e por ser comum.

No fundo a Fotografia é subversiva, não quando aterroriza, perturba ou mesmo estigmatiza, mas quando é pensativa.

“Encontro pela vida milhões de corpos; desses milhões posso desejar centenas; mas dessas centenas, amo apenas um. O outro pelo qual estou apaixonado me designa a especialidade do meu desejo.

A Fotografia não fala (forçosamente) daquilo que não é mais, mas apenas e com certeza daquilo que foi.

A fotografia sempre me espanta, com um espanto que dura e se renova, inesgotavelmente.

A ciência é grosseira, a vida é sutil, e é para corrigir essa distância que a literatura nos importa.

Toda a lei que oprime um discurso esta insuficientemente fundamentada.

Toda a recusa duma linguagem é uma morte.

Assim é a Foto: não pode dizer o que ela dá a ver.

Às vezes acontece de eu poder conhecer melhor uma foto de que me lembro do que uma foto que vejo, como se a visão direta orientasse equivacadamente a linguagem, envolvendo-a em um esforço de descrição...

... a um só tempo, o passado e o real. O que a Fotografia dá como alimento ao meu espírito (que permanece insaciado)é, por um ato breve cujo abalo não pode derivar em devaneio (trata-se talvez da definição do satori), o mistério simples a concomitância.

Em relação à Fotografia, eu era tomado de um desejo "ontológico": eu queria saber a qualquer preço o que ela era "em si", por que traço essencial ela se distinguia da comunidade das imagens.

Essas fotos, que a fenomelogia chamaria objetos "quaisquer", eram apenas analógicas, suscitando apena sua identidade, não sua verdade; mas a Fotografia do Jardim de Inverno, esta era bem essecial, ela realizava para mim, utopicamente, a ciência impossível do ser único.