⁠Sinto-me pouco, me sinto muito. E foi... Alysson Hayllon

⁠Sinto-me pouco, me sinto muito. E foi nesse sobe e desce, no ciclo sem fim da minha inconstância que encontrei o meu maior vício. Talvez eu mude de ideia no fim desse texto, ou quem sabe no meio dele, mas quem se importa? A vida é breve demais para se cobrar constância de alguém e achar que as ideias não mudam, hoje por exemplo, levantei da cama determinado a fazer todas os meus exercícios pendentes, mas estou aqui escrevendo mais um texto sem sentido.
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As coisas mudam muito rápido, é a água de um rio que passa por todos e que nunca mais volta pra você, ou talvez volte, sabe? Mas eu não lhe darei essa garantia, então, se quiser se molhar, se molhe agora. Duas coisas nunca acontecem do mesmo jeito na vida, é impossível, tudo muda e você não será o mesmo para sempre.
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A vida é feita de vales que nos deixam na dúvida se valem ou não a pena atravessá-los, e eu sou louco por querer cruzar qualquer caminho escuro que eu encontrar, já me disseram isso. Entrei em um estado em que já não ligo para dor, para traumas. Sou imprudente comigo mesmo, e não aconselho nenhum de vocês a viverem como eu, mas é assim que vivo, preso na inconstância a qual me afetei e até gosto, por que a vida é breve demais pra que eu fique preocupado se vou me foder ou não.
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Não me importo com a tristeza, porque ela passa rápido também, o que não passa rápido? A vida em si é ligeira, quero viver tudo o que tenho pra viver e viver até o que não me era preparado, mas que por teimosia acabei pegando emprestado. Quero me lançar nessa estrada infinita que acaba de repente. Essa é a vida que eu escolhi, porque no final das contas o meu maior vício é viver, e sinceramente, vivo por mim.