A vida da Rainha de Copas Em toda a... Suelen Queiroz

A vida da Rainha de Copas
Em toda a intoxicação de um orgulho sem medida,
Deslumbrada pelos vislumbres de sua estreita mente.
"Sou a Rainha de Copas": gritou aborrecida.
Dona dos destinos no seu sujo jogo de críquete.

O espaço e tempo se curvam aos seus desmandos.
Damas e Valetes estão sob suas mãos criativas,
Ela não irá parar, trabalhadora imortal,
Na intoxicação de sua labuta?
Quais serão seus últimos limites?
O átomo humano poderia impedir meu crescimento?
É esta abreviação de todas as minhas misérias.

O que meu longo esforço não teria alcançado?
Não, você não é meu objetivo, não, você não é meu limite.
Para atravessar o seu domínio,
Levo Xangô em meu caminho.

Eu não venho das profundezas da eternidade sombria.
Para alcançar nada além do seu nada.
Você não me vê, sem cansaço e sem trégua,
Iansã está na imensidão das obras justas.

No moinho do mundo, minha esperança e meu sonho,
Triturados de mil maneiras, filhos de Aruanda.
A rainha semeia a dor, paciente ou com pressa,
E até sua voz, perseguindo meu design,
Para formar, a vida e até o pensamento
A guerra se espalha no meu peito.