É porque manda a Lei... Raríssimos... Múcio Bruck

É porque manda a Lei...


Raríssimos foram os homens
Que, dotados do Poder de representar a Lei
Em algum momento de sua orgulhosa carreira
Não sofreram um Processo ou Inquérito Policial


Assim, como foram raríssimos, esses homens
Serem apenados, ao final de cada um de seus processos
Com sentença severa ou que lhes fosse, ao final de tudo
Uma mancha inapagável escrita à pena em pasta funcional


O Ministério Público, fiscal da Lei e dado a opinar
No que se deve ou não fazer para o bom esclarecer
Dos fatos e crimes imputados como sendo de autoria
De homens que cumprindo a Lei, foram ao enfrentamento fatal


No calor dos momentos em que até um tijolo serve de abrigo
Barricada contra disparos dos projéteis de armas letais
Como potentes fuzis, escopetas, metralhadoras, granadas
É o homem da Lei que ali esta, na guerra do bem contra o mal


Quem ainda não viu o julgamento de um homem da Lei?
Nas barras de um tribunal isento, sabedor do que julga
Ciente é, que o réu presente é aquele que arrisca sua vida
Em prol do bem maior, anulando o sentido do mérito do julgo final


Porque sabem, testemunhas, promotores e juízes
Que o crime imputado ao agente da Lei que ali esta
Não é, em verdade, um crime, mas uma conduta
Que não tinha como ser evitada no combate mortal


E assim, decorre-se o tempo do ocorrido confronto
O entendimento do julgador e do fiscal da Lei
Claro como água límpida que brota da fonte
É necessário a incursão policial para o bem social