Nostalgia de Uma EX-Presa. Acordar um... Grazielle Nardari Leandro

Nostalgia de Uma EX-Presa.

Acordar um novo dia e perceber que se você tivesse feito algo diferente, sua vida talvez estivesse posicionada em outra direção, e nada daquilo que você teria feito seria em vão.
Sonhos nostálgicos, pessoas que se foram mas, que em fotos permanecem sempre presos em seu coração, lembranças de ouro que com o tempo se transformaram em prata falsificada.
Chorar em seu quarto, no silêncio da noite, no meio de um texto sobre o qual talvez não tenha sentido ao ser lido por um qualquer que o vê por meio de linhas tortas, do lado de fora.
Quantas vezes queria que minha cabeça agisse tão rápido quanto a minha língua o faz; Quanto os sentimentos que me quebram por dentro da alma e do coração.
Por Deuses, me ajude encontrar um caminho para me curar desta mutilação que eu tanto venero e que venho considerando ser um dom.
Conhecer à todos e ao mesmo desconhecer; Pois com o tempo os ventos mudam e as personalidades tanto quanto, impossível de se continuar na maioria das vezes.
A cada dia em que me sentir mal, que eu possa evitar ao máximo que alguém ao meu redor sinta o mesmo, desejo a ninguém este meu peso.
Me pergunto se você realmente consegue amar todas elas? Você sequer algum dia já sentiu algo parecido por mim? Talvez este seja um pedaço do meu fim.
Tão estúpida, fragilizada, mal informada, por enquanto cresci mas, diminui e hoje já não sou mais nada.
Beleza por beleza, carisma e um pouco psicologia doente para poder estragar a vida de qualquer indigente.
Creio e espero um futuro onde posso me recriar, onde posso achar novas pessoas e sonhos para recomeçar, onde me esqueça e talvez encontre algo novo de uma nova personalidade.
Como poderia ter sido menos absurda? Quase nada possessiva? Tão pouco agressiva? Sou cega não de visão, mas de sentimentos abusivos por falta de opção.
A menina que pedia aos céus para um pouco mais de compaixão, que se via rodeada de escuridão e que não havia amigos para sequer um aperto de mão.
Subia o mais alto que podia e desejava ter amigo; Que apesar de quase sempre desacreditar, rezava e gostava de as estrelas encarar.
Onde estive? Onde me encontrei e depois me perdi?
Talvez seja a hora de parar de me afastar e de usar a grosseria como um mecanismo de defesa, a partir de hoje não serei mais uma presa.