Eu até que fiz tudo pro nosso amor não... Twoany R.

Eu até que fiz tudo pro nosso amor não acabar. Fiz tua comida preferida; vi aquelas filmes idiotas de ação que você gosta; te dei os cds da sua banda favorita e até te comprei uma camisa dela. Eu te liguei todas as noites e te mandei sms todas as manhãs. Eu fui a melhor amiga que você já teve. Eu inibi todos os meus defeitos e aceitei tentar ser uma pessoa melhor… Por você.
Por você eu mudei. Mudei mesmo, comecei a falar com seus amigos idiotas, embora não entendesse uma palavra do vocabulário deles, e até sai com vocês algumas vezes, mesmo querendo sair só com você. E quando eu fiz isso tudo você perdeu.
Perdeu todas as desculpas que você costumava dar; perdeu as culpas que você costumava jogar para cima de mim e aí, no fim de tudo, eu perdi você.
Perdi você da forma mais cruel possível. Alguns dizem que você foi sincero, mas eu continuo achando que foi cruel.
“Eu só não quero mais”. Passo todos os minutos do dia me perguntando como você pode acabar quase 180 dias com somente quatro palavras. Que aliás, soam em meus ouvidos até hoje com tanta perfeição, que posso jurar que você está atrás de mim as repetindo para que eu aceite a realidade de uma vez por todas.
Mas eu não quero aceitar! Eu não quero terminar exatamente seis meses com apenas quatro palavras. Eu quero mais de você. E olha nem precisa ser mais amor, mais palavras bastam… Tudo bem, eu as aceito, só – por favor – gaste mais palavras, pois eu cansei de te decifrar.
Cansei de tentar te ler ou de tentar arrancar explicações de você. Mas acho que o amor acabou… Digo, acho que não há mais nada para ser feito ou falado, quem sabe? Eu sei que ainda sente algo, mas sei que você nunca será capaz de me dizer o que.
Eu também sinto… Eu sinto muito que isso tenha acontecido exatamente com você. Já aconteceu com tantos, mas não achei que aconteceria com você. Você me mudou, me fez uma pessoa totalmente diferente e isso me fez perguntar “Deus, é ele?”.
Já perdi a conta de quantas vezes cheguei a acreditar no sol, na lua, nas estrelas, fechei os olhos e perguntei se era você. Perguntei pra Deus, pro mar, alá, buddha… E juro que quase pude ouvir todos eles dizerem “sim”. Quase.