Sempre procurei um amor, mas um amor... Márcia Reis

Sempre procurei um amor, mas um amor diferente de todos que um dia eu já tive, das paixões ardentes, das amizades coloridas. Um amor que contemple tudo isso: paixão, amizade, companheirismo, respeito... Um amor que me sirva na proporção certa, que não transborde e que não me canse. Não desisti de amar, pois sei que dizer “eu te amo” significa muito, por que eu amo minha família, meus amigos, minha casa que tem a minha cara em cada cantinho dela. Uma vida sem amor é uma vida vazia. Mas existem muitas formas de amar, e creio que a mais gratificante seja a de amar a si próprio e correr atrás daquilo que te faz feliz, que te faz sorrir, que te trás paz e te faz ver o mundo mais bonito e colorido.
Penso que meu coração está ficando enrijecido e se protegendo cada vez mais por causa de expectativas frustradas. Já me cansei de assistir filmes românticos, eles nos remetem à uma falsa realidade da perfeição de relacionamentos que não existem, amores perfeitos, vidas perfeitas, pessoas perfeitas... Agora até prefiro ver o pôr do sol apenas com meus pensamentos, ilusões e sonhos, e ainda fazer bolinhas de sabão...
Tento me proteger, mas e quem consegue? Sou desconfiada, mas as vezes deixo o coração falar mais alto. Pareço forte e auto-suficiente... Não sei... Mas no fundo eu só quero o que todos querem um amor verdadeiro que me caiba, que não queira mudar a minha essência, minhas escolhas e tudo aquilo que me faz feliz...