Fantasia e carnaval
Os sonhos são leves, como plumas.
Coloridos como o arco-iris.
Onde eu e a minh'alma, numa folia... criamos um eterno carnaval de emoções.
“É hoje
Hoje vou virar guria, cair na folia, dançar a noite toda.
Vou puxar meu bem pela mão e dançar um vanerão.
Quem sabe dançar merengue, bolero ou cha-cha-cha.
Ou vai depender da minha noite, talvez fique em casa
espojada no meu sofá, comendo biscoito com chá.
Que o suor escorra pelo corpo! É folia, Galo da Madrugada, Homem da Meia Noite e muito calor. Se não aguentar corra…
FOLIA
Por um beijo
eu me dispo toda
e colo na sua boca
meu lado mais
animal!
Na cama
todo mundo é igual!
E a nossa
anatomia
se funde
numa anarquia
que só se vê
no carnaval!
Comemorar o Natal sem lembrar de Jesus
No meio de comes, bebes, mimos e folia
Seria semelhante ir assistir a uma orquestra
E chegando lá não tivesse a sinfonia. Elias Torres
Depois de tanta folia
Vamos continuar com alegria
A fogueira já apagou
Mas a animação não parou...
mel - ((*_*))
Bom fim de folia a todos!
Muita paz e alegria!!!
Suspirou a colombina
verteu lágrimas de purpurina
em apenas um segundo
viu-se sosinha no mundo
junto a plumas e serpentinas
de seu pierrot ela se perdeu
chorou feito uma menina
quando o sonho derreteu...
"Não me leve a mal
hoje é carnaval"...
mel
E se eu fosse falar agora falaria do dia da folia lá de fora .
Daria bom dia pra terra ,sorria como menino pra lua .
Corria descalço na rua e gritaria seu nome bem alto .
Se eu fosse falar agora da saudade do tempo de outrora ,diria que bem na hora , tudo tinha que acabar .
Não se acaba por acaso ,pois nem mesmo é um caso pra por um ponto final
Só acaba no sonho não dormido ,só acaba no sonho mal acordado ...
Se eu pudesse falar agora falaria com carinho ,falaria bem mansinho só pra não te acordar .
Mas faria barrulho na sua alma ,pra deixar desalinhado todo seu pensar .
Se eu pudesse falar agora ,iria de uma estrela a outra ,brincaria de esconde esconde dentro do seu coração ,e nunha algazarra bem louca ,tocaria sua boca pedindo um beijo seu .
Se eu fosse falar agora falaria meio em prosa ,nem bem sei falar em verso ,mas entenderias o meu chamar .
AH!! Mais se eu fosse falar agora tu dirias desconfiada que no fim desta meada existe um laço e não um nó ,soltaria -me de leve sem estar nunca distante ,deixaria cair um lagrima e sorria assim pra mim ...
Mas eu falei !!!
Edma Ferreira Costa
REINAÇÃO
Enquanto o fole folheava a folia
o fado era sapateado pelos pés
a dança, demarcava n'aquele dia
o pulsar do coração em aranzel.
Musica, voava como asas no salão
flutuando, elevando o sentimento
era sola solada, pulsando coração
Era corpo trepidando o momento.
Enquanto o fole folheava o fado
a noite tremia e se fazia criança
para vontade, tudo era agrado
a imaginação, bolia a esperança.
O ritmo requebrava os lados
o peito seco arfava uma canção
o fole folheava folia com o fado
o fado a folia, vagava imensidão.
Antonio Montes
Folia
Quem sabe um dia...
Bahia...
Vamos pular....
Fazer folia
Esquecer de tudo...
Sem se preocupar
Só amar
Vamos perder os sentidos
Vamos brincar como crianças
E ver a todos como amigos
Fazer a maior folia
Tudo que sempre quisemos
Brincar de pular sem ter hora para parar
Correr, de um lado para o outro
Só loucura
Vamos nos vestir de que quisermos
Hoje você pode
Não há o que ou quem que te diga o que fazer
Vamos ...
Ta na hora de parar de ser serio
É só pular
Pular é Carnaval...
Deixa de ser serio e caia na loucura
Perca a razão
Viva só de emoção
Seja bicho...
Pule...
Folia
O meu pranto virou o silêncio
E minha fúria tornou-se o espanto
E o sembante do meu rosto macio
Tornou-se este meu breve desencanto
Nele posso ver meus sentimentos em vicio
Que pede apenas que eu fique mais perto
E saia da morbidez deste precipício
Pois sou o errado do meu lado mais certo
Faço das palavras minha única moradia
E nelas eu me acho, eu me perco
Peso silêncio á minha euforia
Para achar-me em meu lado mais louco
Talvez,eu me canse desta minha folia
Ou apenas necessite de mais um pouco.
Rollf Fiore
Variedades do nada
Nossos parentes tem sempre as mesmas manias.
E nossos amigos, as mesmas folias.
E as constantes perguntas de tios,
E as constantes perguntas de tias.
Que se parece com nossos pais,
E as suas agonias.
Que nos lembram dessa chuva,
Com sua mesma ventania.
Que nos recordam o Governo,
Com sua grande soberania.
Onde tudo, sempre é resumido ao mesmo.
Nessa sociedade, e sua irreversível monotonia.
Quando a poesia realmente fez folia em minha vida
Você veio me falar dessa paixão inesperada
Por outra pessoa
Mas não tem revolta não
Eu só quero que você se encontre
A Neve
Às vezes nevava.
O céu oferecia a neve para poder entrar na folia,
como qualquer de nós cedia a bola para entrar no jogo.
Os dedos só gelavam nos primeiros instantes.
Daí a pouco tempo, as mãos ardiam como brasas.
Às vezes nevava.
Era um lençol branco e imenso, quase sem limites.
Mesmo assim, alguns levavam braçadas de neve para casa,
na esperança de que assim não derretesse.
Uma qualquer espécie de alquimia
haveria de conservar o gelo
e transforma-lo em miragem perene e mágica,
para íntimo deleite.
Às vezes nevava.
Fazíamos anafados bonecos com apêndices postiços,
bolas de arremesso,
construções que a imaginação
e a quantidade de gelo permitiam,
escorregas improvisados.
Às vezes nevava
sem sabermos muito bem porquê,
nem o préstimo de tanta alvura.