Dos Pés à Cabeça
Deixa a chuva cair e molhar-me enteira,dos pés a cabeça,levar daqui todo o calor que você deixou,molhar o vazio que ficou e o que restou.Sinto me como esse céu,derramando suas lágimas frias e geladas que não caem ao chão sem antes tocar em algo que tenha vida.Meus olhos cansados chorando por tudo que ficou,tão insignificante,não é amor,não foi paixão,talvez ilusão,queria ter dessagreditado,não gostado,odiado,não sofrer,quem sabe seria não eu aqui,mas você,se eu fosse mais forte,se eu tivesse fechado meus ouvidos,se eu tivesse feito tudo isso não teria aprendido,não teria entendido que apesar de olhos,sorrisos e carinho tudo não passou de coisas superficiais.Entendi que você se foi um dia como essa chuva está levando minhas lagrimas e não volta mais.
Acordo com os pés na cabeça. Desperto com desejo de sono, de sonho. Desejo beijar meus próprios lábios, todavia minha boca está colada no meu umbigo. Não há nenhum som produzido pelo exterior, apenas alguns estalos promovidos pela minha ossatura pélvica.
Tenho a ligeira impressão que me conheço, isto é falso. Tudo em mim é falso. Não sou real. Caminho sobre minha cabeça e sinto que sou composto por multidões. Há uma população de formigas constituindo-me sem cessar de pedaços de folhas, sementes, galhos e grãos de açúcar furtados.
O amor, na verdade, não existe; é falso. As formigas me alertam.
Um Simples Olhar
Dos pés a cabeça
Comecei a olhar
Aquela bela moça
Fez-me apaixonar
Dos pés a cabeça
Comecei a olhar
Um rapaz que era uma peça
E nada sabia combinar
E assim essa história começa
Num simples olhar
Da crica da moça
E do rapaz a babar
Logo chegou o rapaz na moça
Para conversar
E a crica da moça
Mudou o seu olhar
Perdeu aquela ideia da cabeça
De só criticar
Viu no rapaz beleza
E começaram a namorar
E então tudo mudou
A moça se apaixonou
O rapaz a baba limpou
E em duas semanas tudo acabou
LULA MOLUSCO DA SILVA
Lula cefalópode
Não aquele que tudo pode
Aquele de pés na cabeça
Como o náutilo, choco e polvo
Com muitos braços
O da Silva tem dois
Mas é como se tivesse oito
Molusco carnívoro
Mandíbulas em forma de bico
Corta, rasga e tritura
Não sobra nada
Só herança maldita
Molusco contagioso
Doença viral
Se espalha, contamina
Mesadinha, mensalão
Olho grande e petrolão
Bandidagem que dá rima
Fez da esperteza
Não mais inteligência
E sim corrupção
Hino de guerra
Lula lá
Lá longe
Nesse mar de marolinha
Tomara que venha
Um tubarão bem grande
Para comer esse molusco
Boi-gordo gigante
Com alma de lulinha
Mas coitado do tubarão
Mesmo com tanto apetite
Ainda vai ter que Deus o livre
Uma baita indigestão
Tudo que vejo em você me fascina
uma boneca dos pés a cabeça...
Mas quando olha sua face tão
sensível e delicada, percebo
ao lado da sua doce boca as suas
adoráveis e belas covinhas...
Encanto
Presenciar tal beleza me arrepia dos pés à cabeça
Um olhar que parece me chamar para atravessar oceanos
Um sorriso turbulento
Ao mesmo tempo meigo, claro e lento
E esses cabelos enrolados que o vento conduz para a pista de dança
Sem se preocupar com o tempo
Nunca avistei nada igual
E encontrei no acaso aquele que fará da minha vida
Um eterno carnaval.
Você me tem
Dos pés à cabeça
Na dúvida
E na certeza
Você me tem
Como um silêncio
No meio
Do caos
Como
nunca
Fui de alguém
Como uma
Saudade
Que faz bem
Primavere-se
Ei setembro,
floresça.
Me vista de flor,
dos pés a cabeça.
Ilumine meus dias,
mesmo que a
chuva aconteça.
Minh'alma feliz,
apesar
das incertezas.
Aquieta meu coração,
faz ventar
pra longe de mim,
tudo aquilo que
tentar
tirar meu chão.
Me contempla
com seu perfume.
Flores de amor,
nos meus dias de dor.
E assim,
me deixe seguir,
plantando sementes,
de amor sem-fim.
Poema autora: #Andrea_Domingues ©
Todos os direitos autorais reservados 09/09/2019 às 8:00 horas
Manter créditos ao autor original #Andrea_Domingues
Aí tem uma hora, que chega alguém, que te mostra que é igualzinho você, dos pés a cabeça. Aparece alguém que vai te entender, que vai te escutar seja para falar qualquer asneira. Aí você vai se sentir completo, você vai se sentir de bem com a vida, porque sabe que tem alguém ali pronto para tudo, pronto para o que der na telha. Vai te acompanhar nas curtições, nas horas de foça, e quando for para apenas estar fazendo companhia, esse alguém é a sua melhor amiga.
Me olham dos pés à cabeça querendo me entender, enquanto eu, quando tento o mesmo, mantenho meu olhar no olhar que me olha... e lá, como se estivesse dentro, vejo muito mais que os pés e a cabeça do vulnerável olhar de quem me olha.
Dos pés a cabeça, sou emoção...
Da boca ao coração, reflito sem razão...
Dos olhos a mente só guarda boa recordação...
Da vida ate a morte, levarei só amor e paixão!
Sinto uma energia que sobe dos pés à cabeça e move meu corpo até outras direções. Passaram os anos e eu ainda não havia observado como seus lábios envolvem os meus de uma maneira subliminar e desesperada. Fazer nada ao seu lado tem tido um gosto de novo e a ansiedade me consome até esperar que a lua se deite e o sol me transcenda. As conversas são tão intensas que me encorajam a dizer sobre feridas e risos. Percebi que você é desastrado como eu, porque, já amamos mais aos outros do que a nós mesmos neste verão. No seu toca fitas quase todas as músicas que escuto são as que tenho e as diferentes me despertam interesse em ouvir. O medo de segurar suas mãos trêmulas me ensinam como é confiar nos planos que o destino fez e assim sentamos no chão do quarto, em direção a janela do décimo segundo andar e de forma desconhecida respiramos fundo, como se quiséssemos falar algo, mas seria desnecessário e vão tentar traduzir o que estava acontecendo conosco, pois, já esperei demais pra ter você aqui, do meu lado.
Mais que maos dadas.
Eu finjo sonegar muita coisa, mas o amor me conhece dos pés à cabeça; os lados, lábios, dedos, sentidos... Cada curva, cada toque; sabe do meu gosto, do meu cheiro, sabe de mim, por inteiro, pleno. Briga, diz que não, e volta.
- Não, eu não te quero. – Beija-me os lábios, diz que vai ficar, que não vai me perder, e eu sorrio ingênua caindo em seu jogo.
- Beijo-te, amor. – Beijo por esperar que seja o último dos primeiros, que ele sugue cada insegurança despejada dentro de mim por suas mãos meticulosas que me manipulam feito ventríloquos. Sinto-me vulnerável, isso não me faria bem, mas a culpa é toda dele por ser um artista assaz.
- Para você deve ser comum viver de amores em amores. – E eu contesto com receio – Você já me amou? – Permanece um silêncio e o nervosismo me toma conta. – Então você já me amou.
- Eu te amo.
Uma falha de entendimentos alastra-se em minha mente. Por que ele jamais se avigora para evidenciar tão nobre cálice? Suo frio, em gotas, e diluo-me nas mesmas. Não sei o que fazer.
Ele morde e sussurra em meus ouvidos, beija-me o pescoço, e eu fico ali, entorpecida, mas volta a contemplar meus olhos.
- E o que podemos fazer quanto a isso?
- Beije-me.