Dias da Semana

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Eu acho que estou mudando. Mudando pra melhor. Sinto que a cada dia que passa eu vou crescendo e observando a vida de um jeito diferente. Com olhos diferentes. Antigamente, na minha infância, tudo parecia perfeito. Hoje vejo que nada é desse jeito. Todo o mundo é uma junção de imperfeições. Hoje eu sei disso e já me conformei. Ainda bem.
Sei que tenho muito o que aprender, ainda...mas acho que o mais importante é o que a vida nos ensina. E isso, ah...só se aprende com o tempo.

⁠Terça-feira é bênção.
Terça-feira é oportunidade.
Terça-feira é viver.

Terça-Feira Gorda

De repente ele começou a sambar bonito e veio vindo para mim. Me olhava nos olhos quase sorrindo, uma ruga tensa entre as sobrancelhas, pedindo confirmação. Confirmei, quase sorrindo também, a boca gosmenta de tanta cerveja morna, vodca com coca-cola, uísque nacional, gostos que eu nem identificava mais, passando de mão em mão dentro dos copos de plástico. Usava uma tanga vermelha e branca, Xangô, pensei, Iansã com purpurina na cara, Oxaguiã segurando a espada no braço levantado, Ogum Beira-Mar sambando bonito e bandido. Um movimento que descia feito onda dos quadris pelas coxas, até os pés, ondulado, então olhava para baixo e o movimento subia outra vez, onda ao contrário, voltando pela cintura até os ombros. Era então que sacudia a cabeça olhando para mim, cada vez mais perto.

Eu estava todo suado. Todos estavam suados, mas eu não via mais ninguém além dele. Eu já o tinha visto antes, não ali. Fazia tempo, não sabia onde. Eu tinha andado por muitos lugares. Ele tinha um jeito de quem também tinha andado por muitos lugares. Num desses lugares, quem sabe. Aqui, ali. Mas não lembraríamos antes de falar, talvez também nem depois. Só que não havia palavras. havia o movimento, a dança, o suor, os corpos meu e dele se aproximando mornos, sem querer mais nada além daquele chegar cada vez mais perto.

Na minha frente, ficamos nos olhando. Eu também dançava agora, acompanhando o movimento dele. Assim: quadris, coxas, pés, onda que desce, olhar para baixo, voltando pela cintura até os ombros, onda que sobe, então sacudir os cabelos molhados, levantar a cabeça e encarar sorrindo. Ele encostou o peito suado no meu. Tínhamos pêlos, os dois. Os pêlos molhados se misturavam. Ele estendeu a mão aberta, passou no meu rosto, falou qualquer coisa. O quê, perguntei. Você é gostoso, ele disse. E não parecia bicha nem nada: apenas um corpo que por acaso era de homem gostando de outro corpo, o meu, que por acaso era de homem também. Eu estendi a mão aberta, passei no rosto dele, falei qualquer coisa. O quê, perguntou. Você é gostoso, eu disse. Eu era apenas um corpo que por acaso era de homem gostando de outro corpo, o dele, que por acaso era de homem também.

Eu queria aquele corpo de homem sambando suado bonito ali na minha frente. Quero você, ele disse. Eu disse quero você também. Mas quero agora já neste instante imediato, ele disse e eu repeti quase ao mesmo tempo também, também eu quero. Sorriu mais largo, uns dentes claros. Passou a mão pela minha barriga. Passei a mão pela barriga dele. Apertou, apertamos. As nossas carnes duras tinham pêlos na superfície e músculos sob as peles morenas de sol. Ai-ai, alguém falou em falsete, olha as loucas, e foi embora. Em volta, olhavam.

Entreaberta, a boca dele veio se aproximando da minha. Parecia um figo maduro quando a gente faz com a ponta da faca uma cruz na extremidade mais redonda e rasga devagar a polpa, revelando o interior rosado cheio de grãos. Você sabia, eu falei, que o figo não é uma fruta mas uma flor que abre pra dentro. O quê, ele gritou. O figo, repeti, o figo é uma flor. Mas não tinha importância. Ele enfiou a mão dentro da sunga, tirou duas bolinhas num envelope metálico. Tomou uma e me estendeu a outra. Não, eu disse, eu quero minha lucidez de qualquer jeito. Mas estava completamente louco. E queria, como queria aquela bolinha química quente vinda direto do meio dos pentelhos dele. Estendi a língua, engoli. Nos empurravam em volta, tentei protegê-lo com meu corpo, mas ai-ai repetiam empurrando, olha as loucas, vamos embora daqui, ele disse. E fomos saindo colados pelo meio do salão, a purpurina da cara dele cintilando no meio dos gritos.

Veados, a gente ainda ouviu, recebendo na cara o vento frio do mar. A música era só um tumtumtum de pés e tambores batendo. Eu olhei para cima e mostrei olha lá as Plêiades, só o que eu sabia ver, que nem raquete de tênis suspensa no céu. Você vai pegar um resfriado, ele falou com a mão no meu ombro. Foi então que percebi que não usávamos máscara. Lembrei que tinha lido em algum lugar que a dor é a única emoção que não usa máscara. Não sentíamos dor, mas aquela emoção daquela hora ali sobre nós, eu nem sei se era alegria, também não usava máscara. Então pensei devagar que era proibido ou perigoso não usar máscara, ainda mais no Carnaval.

A mão dele apertou meu ombro. Minha mão apertou a cintura dele. sentado na areia, ele tirou da sunga mágica um pequeno envelope, um espelho redondo, uma gilette. Bateu quatro carreiras, cheirou duas, me estendeu a nota enroladinha de cem. Cheirei fundo, uma em cada narina. Lambeu o vidro, molhei as gengivas. Joga o espelho no mar pra Iemanjá, me disse. O espelho brilhou rodando no ar, e enquanto acompanhava o vôo fiquei com medo de olhar outra vez para ele. Porque se você pisca, quando torna a abrir os olhos o lindo pode ficar feio. Ou vice-versa. Olha pra mim, ele pediu. E eu olhei.

Brilhávamos, os dois, nos olhando sobre a areia. Te conheço de algum lugar, cara, ele disse, mas acho que é da minha cabeça mesmo. Não tem importância, eu falei. Ele falou não fale, depois me abraçou forte. Bem de perto, olhei a cara dele, que olhada assim não era bonita nem feia: de poros e pêlos, uma cara de verdade olhando bem de perto a cara de verdade que era a minha. A língua dele lambeu meu pescoço, minha língua entrou na orelha dele, depois se misturaram molhadas. Feito dois figos maduros apertados um contra o outro, as sementes vermelhas chocando-se com um ruído de dente contra dente.

Tiramos as roupas um do outro, depois rolamos na areia. Não vou perguntar teu nome, nem tua idade, teu telefone, teu signo ou endereço, ele disse. O mamilo duro dele na minha boca, a cabeça dura do meu pau dentro da mão dele. O que você mentir eu acredito, eu disse, que nem na marcha antiga de Carnaval. A gente foi rolando até onde as ondas quebravam para que a água lavasse e levasse o suor e a areia e a purpurina dos nossos corpos. A gente se apertou um conta o outro. A gente queria ficar apertado assim porque nos completávamos desse jeito, o corpo de um sendo a metade perdida do corpo do outro. Tão simples, tão clássico. A gente se afastou um pouco, só para ver melhor como eram bonitos nossos corpos nus de homens estendidos um ao lado do outro, iluminados pela fosforescência das ondas do mar. Plâncton, ele disse, é um bicho que brilha quando faz amor.

E brilhamos.

Mas vieram vindo, então, e eram muitos. Foge, gritei, estendendo o braço. Minha mão agarrou um espaço vazio. O pontapé nas costas fez com que me levantasse. Ele ficou no chão. Estavam todos em volta. Ai-ai, gritavam, olha as loucas. Olhando para baixo, vi os olhos dele muito abertos e sem nenhuma culpa entre as outras caras dos homens. A boca molhada afundando no meio duma massa escura, o brilho de um dente caído na areia. Quis tomá-lo pela mão, protegê-lo com meu corpo, mas sem querer estava sozinho e nu correndo pela areia molhada, os outros todos em volta, muito próximos.

Fechando os olhos então, como um filme contra as pálpebras, eu conseguia ver três imagens se sobrepondo. Primeiro o corpo suado dele, sambando, vindo em minha direção. Depois as Plêiades, feito uma raquete de tênis suspensa no céu lá em cima. E finalmente a queda lenta de um figo muito maduro, até esborrachar-se contra o chão em mil pedaços sangrentos.

Caio Fernando Abreu
Morangos Mofados

⁠Quarta? Terça? Quinta? Sexta, sábado, segunda, domingo...
Em sua pressa para mudar o ano os dias se misturam.

A semana é igual uma montanha: Você sobe segunda e terça, chega ao topo na quarta, desce quinta e sexta e finalmente descansa sábado e domingo.

Inserida por LorraneLarissa

⁠Quando a segunda for igual ao sábado; domingo igual a quinta; quarta igual a sexta; e a terça não saber o que, só a astrofísica explica: está próximo conhecer saturno, plutão, alpha centauri e até o centro da via láctea.

Inserida por giuliocesare

⁠A SEMANA

Logo depois do domingo,
vem a tal segunda-feira,
cansativa, lenta, chata,
quase igual à terça-feira.
Se eu pudesse, dava finta
na quarta pra ir pra quinta,
já pertinho da sexta-feira.

Inserida por RomuloBourbon

⁠Semana que vem

Segunda quando acordo eu já penso em você
Tenho a semana inteira pela frente
Falta muito pra te ver

Começa mais um dia, tudo normal na terça-feira
qualquer coisa que eu faça
perto do que sinto é besteira

Na quarta to animado, o fim de semana ta chegando
faltam apenas dois dias
com você estou sonhando

Os dias passaram, é a quinta que começa
o coração ta apertado
venha logo, tenho pressa

Acordo de manhã, a sexta custou a chegar
Conto as horas e os minutos
Quero tanto te encontrar

A semana acaba e o fim de semana promete
quero curtir cada momento, a saudade não aguento
o coração se cala e o nosso amor acontece

Sábado e domingo fico sonhando acordado
É tanta felicidade, é amor de verdade
sou feliz, eu sinto, tenho você do meu lado

Quando tudo passar e o fim de semana acabar
Outra semana que vem e de novo fico refém
eu não paro de pensar, vem de novo, vem me amar

Inserida por thaiscritocomamor

Sabe qual é a melhor Sexta-feira de todas?
É a de hoje, simplesmente porque é hoje!

Prefiro uma sexta-feira 13 do que uma segunda-feira de qualquer número! ;)

Que seja segunda-feira ou sexta-feira.
Já não importa, estou vivendo os dias,
como se todos fossem domingo.

Que o tédio fique longe da minha sexta-feira
esticada de segunda a segunda.

Comece a segunda-feira com um belo sorriso, e termine a sexta-feira, com um belo homem! Você é mulher, você pode!

Sexta feira, prometo te amar, te respeitar, te honrar, na riqueza e na pobreza até que a Segunda feira nos separe.

Não trate como noite de sexta quem te trata como segunda de manhã!!!

⁠Poema do ésse

Segunda
e eu já pensando
na sexta
com segundas intenções.

E é de segunda à sexta-feira que meu número é lembrado, que chegam os convites e as declarações de saudade. Como num passe de mágica, à meia noite de sábado o encanto passa, e chega mais um final de semana vazio para eu aprender a me amar.

A SEMANA

Segunda, me inflamo.
Terça, te amo.
Quarta, te vejo.
Quinta, te desejo.
Sexta, te quero.
Sábado, te espero.
Domingo, te sonho.
......................................

E quando longe de ti,
só para ti, componho.

to com saudade da praia dia de segunda ,terça ,quarta,quinta ,sexta,sabado ,domingo .verão cade você amigo volta de ferias que o inverno venho rigorosso.rsrsrsrsrs

Inserida por cleytonng

Levanto cedo para trabalhar: segunda, terça, quarta, quinta e sexta... Sábado e domingo novamente. Mas pensando bem, eu devo ter cuidado! Um dia dirão que foi sorte. Ninguém observa meu esforço, aos olhos da inveja só conseguem enxergar o que eu adquiri.

Inserida por george_cabral