Coleção pessoal de thaygimenes
Mas ela gosta de colecionar segredos. Coisas grandes, que ela guarda dentro de uma caixinha. É doce, doce, extremamente doce, tão doce. E ela fica ali, mastigando alegrias.
E lá vou eu, nas minhas tentativas, às vezes meio cegas, às vezes meio burras, tentar acertar os passos.
A gente tem que mirar no alvo e atirar, pronto, foi. A flecha não volta. Se acertamos ou erramos, não tem volta. Foi assim que levei a vida.
A vida é incontornável. A gente perde, leva porrada, é passado pra trás, cai. Dói, ai, dói demais. Mas passa.
Porque, pra viver de verdade, a gente tem que quebrar a cara. Tem que tentar e não conseguir. Achar que vai dar e ver que não deu.
Aprendi a não contar muito com os outros, fazer tudo sozinha dá mais certo. Tem também aquela dica de não ter medo de mudanças, a de encarar o erro como um caminho para encontrar soluções novas, aquela de ter a cara-de-pau de se testar coisas novas e a humildade para abandoná-los caso não dêem certo.
Sempre fui um pouco áspero, fechado, sempre tive dificuldade de receber amor. (…) Na verdade, eu sempre precisei de afeto, só que antes eu não admitia.
[...] Ele me toca, mexe comigo. Talvez eu esteja assim todo lisonjeado porque alguém parece prestar tanta atenção em mim.