Coleção pessoal de RoseCunha

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O Impossível Carinho

Escuta, eu não quero contar-te o meu desejo
Quero apenas contar-te a minha ternura
Ah se em troca de tanta felicidade que me dás
Eu te pudesse repor
-Eu soubesse repor_
No coração despedaçado
As mais puras alegrias de tua infância!

Não quero amar,
Não quero ser amado.
Não quero combater,
Não quero ser soldado.

— Quero a delícia de poder sentir as coisas mais simples!

ARTE DE AMAR

Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus - ou fora do mundo.

As almas são incomunicáveis.

Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.

Porque os corpos se entendem, mas as almas não.

⁠As crianças são o bálsamo do mundo.
Estão ávidas em evoluir.
Quando as ensinamos e corrigimos suas falas, elas nos repetem, às vezes repetem sozinhas em frente ao espelho, se divertem com o erro e batem palmas pra si mesmas quando acertam.
Correm para nos mostrar que aprenderam, para que comemoremos juntos...
Ah... As crianças
Não chamam evolução de mi mi mi
Não se dobram aos vícios, riem de terem errado antes, adoram estar evoluindo...
Quem corta esse cordão, quem tira essa pilha...
Aquelas pequenas criaturas andam pelas ruas refazendo seus passinhos de balé... Batem bola qualquer hora, transformam brinquedos, qualquer hora do dia, em qualquer lugar se orgulham em estar aprendendo.
Quem desliga essa energia que move ao alto a alma humana, e os transforma em rabugentos reclamantes quando são convidados a refletir sobre seu comportamento e linguagem opressivos, inadequados, assediosos?
Qual é defeito do equipamento humano que nos faz empacar na justificativa de não termos intenção ora em magoar, ora oprimir, ora cometer racismo ou sexismo?
Qual é a peça que desgasta e some?
Qual seria o elixir?
Em qual fonte beberemos a dádiva de evoluir sem reclamar?

⁠Estamos tentando chegar a um ponto onde não precisemos nos preocupar em sermos vítimas, e a um amadurecimento no sentido de respeitar o outro não havendo necessidade de que ele seja respeitável, mas que sejamos sempre respeitosos.

⁠Gregos escravizavam até gregos, romanos escravizavam até romanos, conquistadores escravizavam conquistados (melhor dizendo: invasores escravizavam invadidos)
E negros escravizavam negros...
Até hoje há escravidão...
Mas nada diminui o fato de que o povo negro “ou quase negro, ou quase branco" ainda não está livre. Nem no Brasil e em nenhum lugar.