Coleção pessoal de ROSANEFREITAS

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Demônios existem! Eles são aqueles inimigos que se passam por amigos.

Não há verdade alguma onde se permite mentiras.

NATAL
Chega o Natal e "a mortalha do amor" não se evita.

Não é um aumento da dor ou da saudade, é a reedição do quanto é dífícil a perda de quem se ama diante do mundo que celebra o nascimento daquele que nos amou como ninguém mais e pereceu das nossas mãos e por nós.

É Natal, ou será, se sempre não é; mas isso altera o tempo, porque o Natal é momento de luz e sob a luz a saudade se mostra, sangra desavergonhada, se confessa...Dói sem trégua na triste e pura verdade.

É Natal e sou órfã!

Eu sei que ainda vivo o sentimento que vivia no último dia das mães.
Sei que esse sentimento não vai me abandonar, nunca mais nesta vida.
Mas eu também sei que muitas vidas vivi e outras tantas me esperam, de outra forma só seria se eu não tivesse tanto a me acrescentar.
É isso que sou, um espírito caminhando em sua própria busca e aprendizado,
como você que lê, neste instante, o que escrevo sobre “quem sou”.
Então, se tenho algo a lhe dizer, não vou lhe faltar.
Somos filhos de Deus, espíritos imortais, imperfeitos, mas de uma capacidade infinita, na nossa bendita individualidade, prontos a tirar da vida a lição que viemos buscar.
Assim, não se atormente tanto com o mundo lá fora, ele está como deve estar,
o seu compromisso está dentro do seu coração. Ouça-o!
Deixe o mundo lá fora sob a vontade de Deus, aceite os desígnios divinos.
Não julgue tanto seus atos e os erros alheios, somos falhos, é assim mesmo.
Cada um, a seu tempo, descobrindo o que tolamente alguns chamam de verdade.
Porque a Verdade não é assim algo tão rígido, único, a Verdade talvez, eu disse talvez, seja o que cada um de nós é capaz de compreender.
Olhe ao redor: O tempo todo as coisas mudam, as pessoas se descobrem, se deixam, as crianças e os cães têm aquele olhar, os sonhos se refazem, o rio segue, o mar ondeia, as estrelas cintilam, o céu se movimenta.
Dentro do seu ser algo sempre lhe disse para seguir em frente.
Mesmo quando você se diz cansado, traído, desesperado, a sua voz interior avisa que ainda há muito a caminhar e você ouve:
-“Segue!”
Essa não é a voz de Deus, é só sua consciência espiritual relembrando os seus compromissos com essa vida.
-“Segue!”
Quando a agonia apontar busque a Paz, quando o mundo “doer” busque a Fé,
quando a escuridão se avizinhar seja sábio e não duvide que tudo passa, essa é a grande lição que a claridade do sol nos dá, derrubando a noite, diariamente, sem cessar.
Essa sim é a voz de Deus, avisando:
-“Estou aqui! Há sempre uma nova chance para você!”
Ninguém vai nos dizer por onde ir, mas cada um de nós sabe bem o que busca,
mesmo que nos sintamos tão confusos, tudo que queremos é um pouco de luz,
muita paz, alegria, amor e coragem.
Ah! ... CORAGEM!!!!
É só do que precisamos para começar, recomeçar e reconhecer a voz de Deus no sol:
-“Coragem!”
É quando ouvimos esse chamado que estamos em uníssono com Deus.
Então, meu visitante:
-Coragem!
Com a graça e a proteção de Deus!

Eu não me apiedo de quem não tem o que falar. O vazio é o resultado fosco do desrespeito ao grande valor da vida:
- O aprendizado!
Todas as fórmulas que desenhariam a vida ideal são de certa forma falsas.
Parece que vivemos entre marcos de um destino que não nos pertence, mas ao qual pertencemos.
Existem estrelas no céu que talvez não mais existam.
Quem duvidaria que nossas vidas espelhem uma realidade que já não mais existe?
Hoje sou, talvez, o que o ontem desenhou, resta então o que serei amanha...
Como é difícil tornar o tempo ideal, achar a base exata e fazer as escolhas certas para esculpir quem queremos ser...
O agora, o que nos espera, o que temos a obrigação de ser nesse exato momento, talvez nos roube o que queríamos de fato....
Ser, viver, alcançar.... tudo foge de nosso controle, ou não?
Sou então quem tem buscado essa fórmula. A fórmula que me permita ser amanhã quem sonhei ser ontem e quem eu deveria esculpir hoje.
Complicado?
Nem tanto!
Para tudo sempre falta a mesma coisa:
Sabedoria!
Sim...sabedoria... Essa palavra sempre me intrigou pelo som que desperta... saber/doria... saber/dor... saber/doeria...?
Acredito que no fundo buscamos tudo conhecer, mas desconfio que a minha busca pessoal pode se encerrar quando eu me encontrar ...
Ah! Então tá bom!
Deixem-me perdida!
To precisando relaxar...
Quero ir ao fim tão rápido não!!!
Deixem-me buscando...por favor!
Quero aprender mais do mundo, ou desaprender o que até hoje creio saber a respeito de tudo...
Quem sabe consiga renovar nosso mundo por dentro de mim e permanecer assim, ignorando completamente quem sou, onde estou e para onde caminho...
Aliás, para onde estamos mesmo indo com tanta pressa?
Alguém pode me responder?
NÃO?
Então, por favor, corram menos.
Vocês sabem muito bem que eu sei que sou muito mais que esse corpo e que essa é, apenas, a minha vida atual... muitas outras se foram, muitas outras podem vir... Com muita coisa ainda é para mim um sofrimento conviver...
Então é isso...
Deixem-me chegar...
Deixem-me partir...
Sem pressa...

EU?
Eu sou alguém que sabe que o mundo adoeceu...
E a cada dia me convenço mais dessa nossa loucura,
porque não me excluo.
Quantas vezes me vi concordando com absurdos inconfessáveis?
Quantas vezes acreditei na verdade comercializada,
como se o valor da verdade correspondesse a preço?
Somos esse mundo louco que não se encara,
que teme ver no espelho a cara feia da decepção,
a horrenda mas infantil imagem de seus próprios passos,
as tortuosas curvas dos nossos caminhos
encantados e consequentemente falsos.
que prodigiosamente nos levam a lugar nenhum.
As pessoas boas estão sozinhas e desprezadas.
As pessoas simples frequentemente são subjugadas.
Os inocentes morrem cedo.
As qualidades são dia a dia questionadas,
mas os defeitos podem ser revisados,
revisitados, compreendidos, perdoados.
Queremos matar um leão por dia
e ainda assim temos uma voraz fome de paz.
Suplicamos aos céus fagulhas de luz
mas ignoramos olhos que brilham ao nos ver.
Perdemos horas decifrando os que nos magoaramm
e minutos rindo dos que dizem nos amar.
Clamamos contra a solidão, mas não permitimos que alguém nos ame de verdade.
Tememos a sinceridade, mas permitimos
que nos enganem sem cerimônia .
Julgamos tolos os que nunca nos fariam sofrer
e atraentes os que nos fizeram chorar.
Já não sabemos distinguir o riso do deboche,
o apaixonado do idiota, o sofrimento do sofredor,
o carinho do desejo, a inocência da dissimulação,
a fé da ignorância, o amor da possessividade.
O mundo está doente...
Nós estamos doentes...
Estamos viciados em dor.
Vivemos um eterno doping emocional,
social, canibal, insano,
digerindo as pílulas amargas da desilusão
e transpirando com pressa nossa capacidade de amar.
Diante de pessoas dignas nos apiedamos.
Com quem não tem valor nos aventuramos.
Somos a antítese do que sonhamos ser na infância.
Ou nem sabemos quem somos.
Louco mundo dos "sem noção"!
Perdemos a capacidade de amar sem medo,
mas temos a coragem de nos entregar por nada.
O mundo está doente!
Somos o mundo!
E eu,
faz tempo,
nem sei quem sou.

Com dois passos a frente sente-se dono do mundo quem vivia na total miséria.

Cair na real é melhor que sorrir na ilusão!