Coleção pessoal de portalraizes

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Nenhum ser humano pode ver e entender em outro o que ele mesmo não viveu.

(do livro em PDF: Hermann Hesse para desorientados [recurso eletrônico])

O fascínio da procura de uma rosa sem espinhos nunca está muito longe, e é sempre difícil de resistir.

A vida não é uma sonata que, para realizar a sua beleza, tem de ser tocada até o fim. Dei-me conta, ao contrário, de que a vida é um álbum de minissonatas. Cada momento de beleza vivido e amado, por efêmero que seja, é uma experiência completa que está destinada à
Eternidade”.

(Trecho do livro em PDF: do universo à jabuticaba)

“Meu Deus, e eu que não sei rezar? Como viver então? Não é só para pedir por mim e por outros, mas para sentir, para agradecer, para de algum modo entrar num convento, logo eu que sou tão colérica e feroz”.

(Trecho do livro em PDF: Aprendendo a viver)

Sem vaidade
Quando amamos, queremos que nossos defeitos permaneçam ocultos — não por vaidade, mas para que o ser amado não sofra. Sim, aquele que ama gostaria de parecer um deus — e também isso não por vaidade.


( do livro em PDF:100 aforismos sobre o amor e a morte )

A dor do amor tem de repente uma doçura, um instante de sonho que mesmo sabendo que não se tem esperança alguma a gente fica sonhando.
(em "Amor e outros males".)

"Cada coisa tem sua hora e cada hora o seu cuidado".

( "Formosa Lindomar" in: "Rachel de Queiroz". Agir Editora.)

“O que mais dói na miséria é a ignorância
que ela tem de si mesma. Confrontados com a ausência
de tudo, os homens abstêm-se do sonho, desarmando-se
do desejo de serem outros. Existe no nada essa ilusão
de plenitude que faz parar a vida e anoitecer as
vozes”.

( na apresentação do livro "Vozes anoitecidas". São Paulo: Companhia das Letras, 2013.)

“Em Goiânia, o farol do dia,
clareia a noite interminável”.

( em "Aldeia absurda". Goiânia GO: Editora Kelps, 1999.)

Amizade

O amigo que se torna inimigo fica incompreensível;
o inimigo que se torna amigo é um cofre aberto.

Um amigo íntimo – de si mesmo.

Saudades
De quem é esta saudade
que meus silêncios invade,
que de tão longe me vem?

(trecho in "Velha poesia", 1965.)

Ser mulher, e, oh! atroz, tantálica tristeza!
ficar na vida qual uma águia inerte, presa
nos pesados grilhões dos preceitos sociais!

(in “Cristais Partidos” 1915.)

"Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite."

No meio do meu silêncio e do silêncio da rosa, havia o meu desejo de possuí-la como uma coisa só minha. Eu queria poder pegar nela. Queria cheirá-la até sentir a vista escura de tanta tonteira de perfume. (...) Até chegar à rosa foi um século de coração batendo. (...)
O que é que fazia eu com a rosa? Fazia isso: ela era minha.

Mas há a espera. A espera é sentir-me voraz em relação ao futuro. Um dia disseste que me amavas. Finjo acreditar e vivo, de ontem pra hoje, em amor alegre. Mas lembrar-se com saudade é como se despedir de novo.

" Porque o amor é esquivadiço. A gente lhe monta casa, ele nasce no quintal". (in " Terra Sonâmbula ")

"Eis o que descobri: as aranhas que observei sobre a mesa estiveram sempre dentro de mim. E dentro de mim fabricaram uma teia que me tolda não apenas os movimentos, mas toda a minha vida".
(in "Mulheres de Cinzas" página 236)

O que dói na morte é a falsidade. A morte apenas existe por uma brevíssima troca de ausências.

" As pálpebras limpam os olhos das poeiras. Que pálpebras limpam as poeiras do coração?
(In " Na berma de nenhuma estrada " - página 175)

" O amor é deitar o fogo para apagar a água?"
(in " Na berma de nenhuma estrada " - página176)