Coleção pessoal de OswaldoWendell

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Só conheci do amor, que imaginei tão lindo, o mal que ele me fez”.

Somente ao tronco que devassa os ares, o raio ofende”.

“Não só a morte, mas também a vida é inexplicável”.

A alternância de opostos torna o universo belo e o sustenta, e nos hábitos humanos causa uma harmonia ainda maior do que na natureza.

Que aquele que é decidido se junte ao indeciso, e da mesma forma os demais tipos de temperamento. Assim se conseguirá o equilíbrio sem violência.

A cautela é sempre útil, seja para promover bons desfechos, seja para nos consolar quando estes se revelam maus. Nenhum revés surpreenderá se for temido e analisado de antemão.

Seja objetivo e conciso no falar e será bem ouvido.

O homem prolixo raramente é inteligente, mas antes ser alto em estatura do que extenso na conversa.

As coisas boas, se de curta duração, são duplamente boas.

A brevidade é agradável e lisonjeira, além de dar mais resultado. Ganha em cortesia o que se perde em concisão.

As piores ocupações são as que, ao final, ao prestar contas, nos fazem suar, tanto na casa humana e ainda mais na divina.

As ocupações mais respeitadas são as que têm menos grau de dependência e mantém esta o mais distante possível.

Bem melhores são os trabalhos com que não nos entediamos, em que a variedade se junta à gravidade, porque a quebra da rotina restaura o ânimo.

Trabalho insuportável é aquele que requer todo o tempo, com horário fixo e sempre da mesma maneira.

É preciso assemelhar-se a um rei em mérito, mesmo não sendo, pois a verdadeira soberania está na integridade.

Nem todo mundo é rei, mas seus atos devem ser dignos de um, dentro dos limites de sua classe e condição. A cada um a dignidade que lhe compete.

O que é excesso para uns é fome para outros.

Quem é grande mostre que ainda tem lugar para coisas melhores, e cautelosamente evite tudo o que pode revelar um coração mesquinho.

É preciso ter estômago para digerir grandes bocados de sorte.
Alguns desperdiçam alimentos finos porque não têm estômago apropriado para digeri-los. Não nasceram para ocupações elevadas e não estão acostumados a elas. O envolvimento com tais ocupações não tarda em se transformar em aborrecimento. E os humores que emanam da imerecida honra perturbam a cabeça e fazem com que a percam.

Se durante a chamada ditadura não havia liberdade de expressão, devemos concluir que a voz do povo era ouvida e reprimida. Nos dias de hoje, diz-se que temos liberdade de expressão, mas a voz do povo não é ouvida ou fingem que não ouvem. De certa forma, no primeiro caso, o povo podia ter certeza de que sua voz era ouvida, embora não atendida.