Coleção pessoal de NaraMinervino

81 - 100 do total de 339 pensamentos na coleção de NaraMinervino

SER FELIZ

Não se pede para ser feliz.
Escolhe-se!

Nara Minervino

PRÍNCIPE, SAPO E REI

Era um príncipe que virou sapo,
E um sapo que virou rei.
Já contei minha mentira.
Agora contem as de vocês?

Nara Minervino

INSTINTOS

Eu não sigo os meus instintos.
Eles é que me perseguem.

Nara Minervino

SONHOS

Os sonhos não são inteiros,
se o sonhador não é pleno.

Nara Minervino

EMOÇÕES

As emoções precisam ser expressadas,
porque a vida é muito curta para ser adiada.

Nara Minervino

VOCÊ E OS OUTROS

Nem sempre você é
aquilo que os outros pensam ao seu respeito,
mas viva de tal modo que os leve sempre
a pensarem em você.

Nara Minervino

SOBRE O APRENDER E O ENSINAR

Ou se dedica tempo para ensinar a alguém que precisa dos nossos conhecimentos, ou não há razões por que se exigir nada depois.

Nara Minervino

CONSELHO I

Não se preocupe:
quem é feliz chora também!

Nara Minervino

CONSELHO II

Se não é
para voar,
nem tente
bater as asas.

Nara Minervino

MEUS LIMITES

Os limites em mim
encontram fronteiras
que nem eu mesma enxergo.

Nara Minervino

EU

Não me aborreço facilmente,
mas a raiva que me alcança
eu domino fácil demais,
porque meu coração,
que é amor,
não abre precedentes
pro rancor.

Nara Minervino

SOU AVE. SOU PASSARINHO.

Sou ave.
Sou passarinho.
Meu voo é bem de mansinho.
Mas se estou apressado,
Faço um voo descuidado:
Voo alto ou dou rasantes,
Nunca voo como antes.

Não ligo pro que dizem as gentes:
"Se quer voar, nem tente"!
Acredito nas minhas asas
E na força que elas têm,
Porque, quando eu sinto a pressão,
Vou de pássaro a gavião.

As asas as quais eu tenho
São as melhores de voar:
Conduzem-me em meu caminho
E não me deixam perder o ar!

Sou ave.
Sou passarinho.
Sou bicho solto que voa,
Mas, se encontro bom ninho,
Do meu voo as asas pousam.

Me perco no aconchego
De um afago acolhedor
Que não corta minhas asas,
Porque sabe quem eu sou:
Um pássaro, um gavião
Que precisa sempre voar,
Mas que alegra o coração,
Quando tem onde pousar.

Nara Minervino

POR QUE ESCREVO?

Eu não escrevo a esmo,
sem motivo ou sem razão.
Escrevo porque tenho desejos,
fantasias, inspiração.
Escrevo porque tenho planos
que não cabem no coração.

Nara Minervino

EU ME NEGO À MALDADE

Não vejo um palmo diante do meu nariz,
Porque a minha visão eu refiz.
Escureci para esse mundo que não quis
Desfazer-se da agonia
De fazer o mal todo dia.

Eu me nego à maldade,
Ao egoísmo ou à falsidade.
Me nego ao que me incomoda,
Mas que a tantos engorda:
Regozijar-se sobre quem
Vive sem um vintém;
Sobre quem é fraco de verdade
Porque é vítima da crueldade.

Eu enxergo distante.
Enxergo longe.
Enxergo grande.
Busco o amor que se esconde
No coração de quem
Só pensa em fazer o bem,
Sem mesmo olhar a quem.
Espero pela cumplicidade
De quem só quer a igualdade.

Acredito na bondade,
Na partilha e na irmandade.
Acredito nas almas boas
Que habitam em algumas pessoas.
Acredito no que duvido:
Que não haja amor entre os humanos
E que todos os homens são tiranos.

O mundo só é mau para quem se nega
A amar uns aos outros sem distinção
E sem fazer sobreposição.
O mundo pode o bem dividir,
Se cada um, que sabe de si,
Reconhecer que amando o outro
É que se pode ser feliz.

Nara Minervino

TUA VIDA

Se tua vida fosse um rio, eu queria ser a correnteza; se fosse um navio, eu queria ser o mar; se fosse um trem, eu queria ser os trilhos; se fosse nuvens, eu queria ser o ar.

Se tua vida pudesse ser dividida, eu queria ser a parte forte que a impulsiona para o horizonte da felicidade.

Como tua vida é apenas tua, eu te ofereço a minha para cruzar esse trajeto difícil, que é viver.

POR QUE MEDO DA SOLIDÃO?

A SOLIDÃO que apavora alguns,
faz outros tão respeitados!

Não se deve sofrer, então,
por nem sempre se ter alguém ao lado.

O SOL, por exemplo,
brilha tão forte e tão alto,
mesmo sozinho e isolado!

Nara Minervino

INFINITUDE DO "OITO"

O OITO é um número complexo:
não tem começo nem fim.
O OITO volteia e passa sempre no mesmo ponto.
Onde o OITO termina é, exatamente, onde ele recomeça.
Quem tem um OITO tem o infinito!

Nara Minervino

SOLIDÃO

Sem você, tudo é
Opaco. Minha
Liberdade sente-se
Inundada de uma
Decisão (in)voluntária de estar
Agarrada e presa à saudade do teu
Ostentoso abraço.

Nara Minervino

REENCONTRO

Quis escrever sobre mim. Não me achei.
Fui me procurar. Não me encontrei.
Eu estava perdida entre as minhas ilusões.
Entre os sonhos e devaneios deixei minhas sensações.
E, na ausência de quem fui, fui, de mim, um divã.
Meu afã.
Eu fui minha própria vilã.

Não!
Não foi possível ser eu!
Tão longe de mim eu estava,
Que aos poucos eu não me encontrava.
Alucinei. Gritei. Esbravejei.
Fiz baderna, algazarra.
Eu chorei.
Ganhei forças, reagi, resisti.
Voltei à tona.
A mim reencontrei.
E eu me amei.
E no amor entre mim e quem sou,
Descobri que só sabe de si
Quem verdadeiramente amou.

Nara Minervino

EU ASSIM

Fiz pedaços de mim e me distribuí inteira.
Já não sou mais sozinha.
Em cada canto da cidade eu existo,
Eu resido,
Eu vivo.
Sou assim:
Metade inteira e metade completa.
Não sou por acaso.
Sou o meu próprio suado.
Sou o meu intenso,
O meu avesso e o meu relento.
Em cada parte que me dou,
Eu penso
Em ser um pouco do que sou
E do quem já não estou.
A quem me entrego inteira
Sou a história primeira.
Sim!
Sou essa mesmo, assim:
Assim meio eu,
Assim meio outra,
Mas verdadeira,
Faceira
E louca!

Nara Minervino