Coleção pessoal de Lupaganini

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Quem muito analisa as pessoas,sabe bem o que é.

Não me venha com Abraços empoeirados de infidelidade
Isso me amassa o coração
Faz meu ar em falta
Já não tenho idade

Não tente calçar-me sapatos apertados
Sua dedicação que sufoca
Me finca uma cobrança diária
E me custa alto preço

Entenda a leveza que existe na doação
Ela é nuance
E se muito falta
ah ! É vida em remoção

Não me venha com nós
Arremates grosseiros em linha fraca
Que ao primeiro suspiro
Se arrebenta e me mata

E se ficar pesado
Pode ir estarei firme
Posto que a vida é pluma
E não um estado cansado

Não sou de reticências
Posso até usar vírgulas por quantos as renovacoes
Só se fazem com pontos finais e grandes saltos

Paixão


Engraçado como em nossas vidas transgredimos nossas próprias regras.
Temos valores arraigados em nosso psique que permeiam toda a nossa trajetória de vida.
Acontece que nosso cérebro é ardiloso e nossas imagens de pensamentos mudam.
No decorrer de nossas vidas vamos nos desenvolvendo sobre vários aspectos,entretanto existem evoluções que nos leva a uma consciência sofrida. Nesse decorrer, os valores mudam,as vontades mudam,assim, a análise muda , a utopia passa a fazer parte de um cognitivo distante.
Se não vivemos nossas vontades mais íntimas, transgredimos em um velado sofrimento. Tudo tem que ser averiguado dentro de uma tremenda responsabilidade porque uma vez vivida certas intenções, nos debatemos com o livre arbítrio e com consequências que permeiam essas atitudes. Impensadas ou não, existem seguelas irreparáveis em nossas mentes.
Analisemos a paixão: Sentimento extremamente prazeroso que segundo psiquiatras, passa .Desta forma,sendo um sentimento passageiro não podemos tomar nenhuma atitude estando sob o seu efeito . Entretanto, acabada a paixão , se existe persistência no sentimento temos o amor e esse basicamente é paltado pelo equilíbrio. Assim , só teremos a concepção correta se a paixão se transformar em amor e se estivermos plenamente envolvidos em una relação, ou seja,se estivermos livres para ela. Desta feita, só chegaremos ao amor se a paixão passar e,para que ela passe precisamos vive-la mesmo que em pensamento e ,se ela passar estaremos aptos ao amor .
Todos os conflitos da paixão terão sido vividos e suas cicatrizes desenvolvidas.
Assim o segredo para se viver bem tanto a paixão como o amor é saber distingui-los para distinguir suas limitações e os dissabores advindos de suas audácias.

Quero tudo devagar
Porque se meu tempo está pra acabar
Que eu o aproveite
Como deleite
De pouco passar

E que eu deixe a rapidez para os novos
Que não percebem
O que bebem
O que sentem
O que mentem
Que andam a navegar
Em terra solta

Quero tudo devagar
Porque se o fim chegar
Que seu intervalo seja passear
Pelas estrelas
Pela lua
Pela sabedoria

Quero tudo devagar
Porque a pressa de passar Se transformou
E se saúde faltou
Nada releva
Tudo se enerva

E uma brecada
Se dá em cada arrancar
Mostrando que a felicidade é devagar
E se dá somente
Na fortaleza do amar..



30.12.17

Têm pessoas que precisam adoecer para se sentirem cuidadas,
Se embebedarem para se sentirem faladas,
Ricas para serem respeitadas e,
Traídas para serem endeuzadas dai ,acabam se matando para serem valorizadas.

Rasga - me o peito porque é dor que se abunda
Em síntese a lua cheia me inunda
E perece meu peito feito noite escura
E como dura

Rasga meu peito porque fundo foi
E o inesperado a seda corrói
E um torpor dilacera as trevas
Já não aguento

E que me passe o tormento
Porque dilacerando de tanto tanto
Já não sei se levanto
É inundação meu pranto

E amanhã quando o dia levantar
Estaremos cheios de buracos
Fracos buracos a vagar
A procura sempre devagar

E assim serão muitos e corroi
Serão fontes inesgotáveis de lembranças
Saudades que trarão herancas
Traga ar meu peito dói

Mas depois saudades
E assim vazios e odores
Que serão preenchidos
Com perfumadas flores


16/01/18

Cai em buraco
Era tão fundo
Que nem cavaco
Dava conta de puxar

E lá era escuro
Mas tão escuro
Que por mais maduro
Não conseguia enxergar

Minhas roupas rasgadas
Meu corpo surrado
Mostrava mesmo
Que era fundo o danado

Nada cooperava para a saída
Nada gelava minha investida
Que quente ficou
Quando o desequilíbrio fincou

Debati daqui
Debati dali
E fui amolecendo meu couro
Que me falaram vale ouro

E não abra mão
Mas eu coração de peão
Força de leão
Subi num cavalo alto

Me vesti de virtudes
Não me enamorei de vissitudes
Olhei horizonte afora
E a bondade de quem me namora

De longe a olhar minha vida
Não me dou audácia de meter
Falou calmamente
Estarei aqui quando você entender

Que o direito é direito
E não faz sofrer
Que o buraco fundo
Te faz tecer

Grandes correntes te amor
Grandes colchas de ternura
Enormes rotas para fugas de amarguras
E a gente vai e volta

Volta e vai
Até que com puxão continuo
Saímos da deflagração com mimo
E fortaleza de farol

Enxergando tudo de longe
Sem prejudicar
Sem se abalar
Sem vangloriar

E segue estrada
A certa não a errada
E vai na certeza que quem ama cuida
Nada esconde

Não arrepende
Não mente
Como demente a simular
Que o amor não gera tristezas

Gera a nobreza
A gentileza de entender o acabar
A ternura do formar
E a alegria do compartilhar

24/01/18

Outrora me debati em perdição
Como irmão
Lhe dediquei o mais puro amor
Era pouco não havia calor

Pouco depois em devaneio e prosa
Me esclareci em versos
E clara como verdade
Descobri meu amor

Perfeição
Em meio a tanta sinceridade
Eu amor de tenra idade
Me enamorei como menina

E em loucura e chacina
Fui aos poucos me tornando vazio
E perdida em concessões
Me vi sem vida

Tudo era você
Tudo era para você
Tudo em vida
Que em peleja só teve ida

Por enquanto em força quente
Eu ministra de vontades próprias
Me vi em rasteiro diário
Já não era eu

Era um trapo em aceite escancarado
Que um tudo um farrapo melindrado
Fui secando
De generosidades

Hoje sou pedaço
Fragmento de alegria à procura de um sorriso
Me exauri
Sou um ar viciado
Que balança calado
Prestes a cair
Me seguro em podre
Um amor magoado
Que nem em dia sem medida
Reza e deseja a despedida
Fruto de meu maior valor

“ Não sei se estou no início, meio ou no fim do caminho, só sei que se eu ainda tiver um segundo: É caminho!

433

Sem sono...
Talvez esteja escondido em um maço de flores ou em uma xícara de café quente que me espera pela manhã,
Desta feita , o medo pode ter consumido a minha coragem que o tempo levou junto a vontade de ser feliz.
Espantada colho meus últimos sonhos, a Europa me espera entre beijos e olhares esperançosos em uma conexão Italo-lusitana. A fusão é linda, nela existe esperança, ela que me agrada e me encoraja a olhar com fidelidade, delicadeza e carinho.
E uma pergunta calada, a espera de resposta que voa sem a razão duvidar :

Sim,olharei novamente!

434

Afrouxei minhas amarras,tão caras ao requinte do correr.
Afrouxei de obrigações, apelações, disparates de bem nascer.
Me afrouxei pra crescer me dando tempp de viver.

Lupaganini
04/02/18

Conchavos

Do centro uma luz passa pelas frestas
As paredes frias se confundem com o medo
Os arabescos do teto parecem zombar de quem passa
E lá em cima pareço forte

Sem corte
Escuto passos sobre a madeira brava
Ecoando como se xingassem os parados
E o assoalho que parece marcar o passo

Sem compasso
Descem as escadas em passo largo
E sucumbem-se em conchavos
Como se amenizassem diretrizes

É tempo de crise
Histórias são lidas e assimiladas
E como em parada
Traça destinos em obediência militar

Lá na frente paredes frias
Grandes pilares em pernas fortes
Como se carregassem toda estrutura
E a transparência de grandes arcos

Grandes momentos são lembrados
Ousados pensamentos traçados
E a pátria se torna um menino
E tudo decidido
Como segredo feminino.

Lupaganini
2318

E quando passarmos por nossa
terminalidade
Teremos nosso caminho prosseguido
Ou estampado em relíquias estaremos
Quem sabe triunfando seguiremos

Teremos nos embriagado de vitórias
Como nossos pais sonharam
Ou estaremos a tecer sonhos
Feito meninas

Estaremos amarradas a amores conhecidos (ou desconhecidos quem sabe)
Ao sonho de um beijo duradouro
Aos arrebates de futuros de vários talvez

Ou quem sabe na embriaguez de calouros

Em pensamentos ganharemos indulto.
Porque como insulto
Não negaremos o passado
Mas que o importante é o futuro

Em pausa não viemos a passeio
Mesmo que o turismo nos alegre
Os prazeres nos fascine
E a vida não se curve

Somos mulheres
Fazedoras
Que a muito não nos assentamos
(E quando acontece, ai que depressa levantamos)

Mães
Esposas
Construtoras
Escreventes
Mistas nos afazeres
Amigas
Duras
Amáveis
Frágeis que diante de tantos diantes
Nos amparamos quando o caminho é perdido, e nos procuramos e nos devolvemos ao rumo certo.
Por nossos filhos
Nossos companheiros
Nossos vespeiro
(Nossas teimosias que são cobertas de porquês intuitivos)
Por tudo e todos
Por nós mesmas.
Que todos os dias sejam para nossa evolução.

Lupaganini
Dia internacional da mulher
08/03/18

Em se morrer por amor, vivi intensamente minha morte.