Coleção pessoal de LEandRO_ALissON

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Sou uma existência encarnada. Por isso, não estou no mundo isento de dores e de sofrimentos. Vivo entre angústias.

Não posso afirmar nada sobre mim que seja autenticamente eu-mesmo, nada que seja permanente, nada que esteja fora da crítica e da duração.

O outro é como uma caixa de ressonância e como um amplificador; o Eu é como um centro de imantação.

O sujeito, o Eu, não é corpo biológico, mas, sim, uma presença total diante do outro.

Eu me afirmo como pessoa na medida em que acredito na existência dos outros.

A abstração universalizadora é alienação porque faz o homem perder o contato com si-mesmo.

A esperança funda-se no invisível.

A esperança é essencialmente a disponibilidade de um espírito que se engaja o bastante intimamente em uma experiência de comunhão para realizar, apesar de toda vontade e do conhecimento, um transcendental, o ato que estabelece a regeneração vital de que esta experiência é, ao mesmo tempo, razão e primícias.

A verdade é que só pode haver, propriamente falando, esperança onde intervém a tentação de desesperar. A esperança é o ato pelo qual esta tentação é ativa ou vitoriosamente superada.

O indisponível está sempre inquieto, e isto o põe em insegurança, medo e cuidado. Na indisponibilidade estão as raízes metafísicas do pessimismo. O Ser verdadeiro é participação, disponibilidade, júbilo, esperança, amor e fidelidade.

"O mistério do ser é algo a que estou ligado, não parcialmente, por algum aspecto determinado e especializado, mas, inteiramente, enquanto realizo uma unidade que, por definição, nunca poderá se apreender a si própria, podendo somente ser objeto de criação e de fé."

Amar alguém é dizer-lhe:
Tu não morrerás jamais!

Descartes já o tinha percebido com uma admirável clareza: a liberdade da indiferença é o grau mais baixo da liberdade.

A solidão é essencial à fraternidade.

O apóstolo matou a charada:
N’Ele vivemos, nos movemos e somos.

"A realidade nos transcende e abarca, contém tudo e não se reduzirá jamais a nada que possamos 'pensar'."

Conhecer a realidade não é espremê-la no pensável: é integrar-se nela conscientemente e de todo o coração, como o nadador que conhece o mar jogando-se nele sem medo das ondas.

"Você não CONHECE sua mãe, sua namorada, seu pai, seu irmão, seus amigos? Conhece. Agora diga: pode PENSÁ-LOS, abrangê-los mentalmente como abrange o conceito de triângulo e defini-los como se define uma palavra no dicionário? Não, não pode. Mutatis mutandis, isso se aplica mais ainda à REALIDADE. Você pode conhecê-la, mas não pensá-la. Por isso mesmo não pode reduzi-la a nada que se consiga 'pensar'. De tentar morreu um burro."

"O problema do ultramoderno é a velocidade com que se torna ultra-passado."

Uma contradição bem determinada tem uma forma, uma identidade portanto, a identidade de uma tensão. Fenômenos socioculturais inteiros definem-se, às vezes, mais pela contradição constitutiva que trazem em si do que pela sua identidade nominal.