Coleção pessoal de JBP2023

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⁠Tenho ojeriza de gente hipócrita; aquele que se apresenta com o dom da dissimulação; mestre em enganar, mentir e disfarçar; joga pedras e esconde a mão; atropela princípios, agride valores éticos; destrói sua própria alma para alcançar poderes; gente ardil; vendedor de bazófias; o ninho das falcatruas reside no projeto de poder dessa gente desalmada.

⁠E agora Narciso?

O jogo acabou
O fogo apagou
A lenha acabou
O gás acabou
O rio secou
O estrelismo ofuscou
O leite derramou
A máscara caiu
A maquiagem saiu
A farsa acabou
O circo acabou
Não tem mais público
O sonho do palhaço acabou
A bajulação terminou
As luzes apagaram
A boçalidade acabou
E agora você?
Está sem mulher
Está sem carinho
A farra terminou
Quer andar de helicóptero
Mas não tem piloto
Quer luzes dos holofotes
Mas as luzes queimaram
Quer mordomia que apraz
Mas tudo acabou
Quer vender seus sonhos
Os sonhadores acordaram
Não existe mais plateia
A base facial saiu
O narcisista se afogou
Sua imagem desabou

E agora Narciso?

⁠Violações, sonegações, mentiras, falsas promessas, estelionato eleitoral, desvios de condutas, e outras mazelas; essa é a marca impregnada em todos os que disputam o jogo espúrio do poder; não existe santo nessas relações oriundas da teoria do jogo; o melhor competidor do pedaço é aquele sujeito safo que consegue enganar parte do povo e das autoridades constituídas, por certo tempo, até que um dia a máscara cai e o mundo desaba.

⁠Deixar de assegurar a revisão geral anual da remuneração dos servidores públicos configura ato de improbidade administrativa por frontal ofensa ao princípio da legalidade. Deixar de tomar providências contra o transgressor também configura ato de improbidade, a teor do artigo 37, X, da CF/88 c/c artigo 11 da Lei nº 8.429/92.

⁠A política é como gatuno serelepe correndo a pé dos homens da lei; se ele parar inexoravelmente será alcançado e preso; se ele continuar perseverando na sua insistente trajetória de afanar bens alheios, logo estará envolvido num emaranhado em concurso material ou continuidade supressiva; seu recolhimento à enxovia ou ergástulo público será o alto preço de suas ações deletérias.

⁠Aquele que vive buscando galgar poderes a todo o custo, de forma insaciável, se utilizando de manobras obscuras com recheio de falsidades, mentiras, e falsas promessas, seguramente não terá nenhuma dificuldade em conviver num ambiente de imperfeições, inundado pelo poder da imundície.

⁠Onde tem pessoas reunidas, quase sempre não há consenso; prefiro escrever livros a mexer com atividades onde prosperam a vaidade e ganância pelo poder; por meio dos livros, expõem-se ideias e pensamentos; durante a produção do livro, o teclado pode até nos trair; digitações sobrepostas; erro na construção de frase; deslizes ortográficos. Mas logo, inevitavelmente, a falha será descoberta; o próprio corretor automático pode nos ajudar, e antes do ENTER, é possível corrigir.

⁠No jogo do poder ninguém reina sozinho. Quase sempre é preciso fazer alianças com outros jogadores, às vezes, antagônicos. Todos devem confiar na tarefa de cada um para o pleno êxito da empreitada assumida. Talvez seja esse o motivo maior das pessoas sérias não se envolverem com a teoria dos jogos.

⁠A história da garça branquinha que entra num rio imundo e sai limpinha não serve de paradigma para o jogo do poder. No meio ambiente a garça é pura e inocente; no projeto de poder, o homem é feroz, falso, mentiroso; a perfídia e o engodo são sempre a regra.

⁠Bater palmas para um aloprado midiático é fácil; difícil é aplaudir a honradez de homens bons; o aloprado faz muito barulho; o homem honrado silencioso faz do seu equilíbrio a sabedoria para a vida inteira


O ventilador do comércio de sonhos continua assoprando para todos os lados; depois da pane aparecerão os pesadelos do lixo que ficou acumulado debaixo do tapete; todos correrão sem direção à procura de abrigo seguro.

⁠Daqui a pouco tudo serão reminiscências; o circo vai fechar as cortinas; o palhaço vai descansar nas trincheiras do ostracismo e os bajuladores ficarão órfãos; sobrarão tão somente as tatuagens da hipocrisia e da arbitrariedade

⁠O tempo nos mostra o lado corrosivo do poder político; vivemos um choque séptico em todos os setores do poder, sem exceção; muita propaganda institucional e pouca efetividade; os homens bons são sucumbidos; prosperam arrogância, vaidade e hipocrisia; a enfermidade é gravíssima; a cura improvável; todos vão morrer e serão inumados na necrópole do descaso

⁠O tempo firme e incandescente se desenha na atmosfera; as folhas balançam levemente num ipê roxo, forrando o chão de flores, anunciando um novo tempo de amor e fraternidade

⁠Um novo despertar descortina no Alto do Iracema; o firmamento aberto; tempo firme e ensolarado; daqui a pouco será passado; amanhã será um novo tempo mesmo contra a vontade de amantes do poder avassalador, medíocre, aviltante e corrosivo dos valores morais

⁠Olho no espelho e vejo as marcas deixadas pelo tempo; marcas de expressões que o tempo desenhou gradativamente.

⁠Hoje tenho mais retrospectiva que prospectivas; mais experiência que ilusões futuras; o momento exato de se viver é o agora; a bagagem está pronta para a partida; levarei saudades e sentimentos bons, que muitos conhecem pelo nome de felicidade; deixo marcas indeléveis impregnadas nos portais do tempo; deixo no Mucuri lembranças boas de uma época épica de amor na construção de uma trajetória de sucesso.

⁠A verdadeira sabedoria vem da maturidade adquirida com o transcorrer do tempo; a ilusão ficou para trás; a hipocrisia cede lugar para a realidade; a vaidade pelo poder logo se torna algo vazio e ridículo; ninguém consegue esconder mais a maquiagem do narcisismo pela imundície do poder; o tempo passa e com ele as novas descobertas de um mundo imaginário e surreal

⁠Um dos mais importantes postulados do gestor público reside no fato de ele fazer somente aquilo que a lei manda; portanto, a chamada legalidade estrita é o princípio reitor de suas decisões. Nas relações jurídicas, a lei sempre busca atender a supremacia do interesse público, com base na plena satisfação da prestação dos serviços públicos.

⁠O silêncio da madrugada nos inspira; a sabedoria logo aflora; a fluidez das ideias logo aparece; e assim, posso deixar nos umbrais do mundo como presente universal a essência de um homem sério e comprometido com a justiça e paz entre os homens.