Coleção pessoal de helenagsr

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Infelizes aqueles que buscam uma estrada segura e asfaltada e que, desorientados, amedrontam-se com os caminhos sinuosos à beira do abismo. Seres moribundos que, incrustados em seus hábitos, evitam os arriscados itinerários por receio das terríveis emboscadas.

(Não há nada tão perturbador quanto a monotonia de determinados trajetos.)

Mal-aventurados aqueles que optam pela estabilidade e pelo conforto e que domesticados, seguem a vida em ritmo previsível. Criaturas em estado irreversível de torpor que com sanidade, atenuam os ávidos sentimentos capazes de estrangular a sua alma.

(Aprecio os desejos urgentes, as paixões desmedidas que nada respeitam.)

Você está certo. Talvez essa mania de tomar decisões com as vísceras seja a única constante no meio dessa bagunça. Mas chega! Eu não quero racionalizar tudo. Não vou criar uma versão equilibrada para as pessoas inexpressivas, essa gente medíocre que sorri sem vontade, chora baixinho e ama aos poucos - isso me dá náuseas!

Sempre há uma escolha, contudo, se você resolver ficar em cima do muro não terá o meu respeito. Porque sinceramente cansei dessa chatice toda! Cansei dos sentimentos superficiais que não te fazem arriscar. Amar dói, sim. Viver machuca também. Mas o esforço é recompensado. E quando não for devemos juntar os cacos, afinal, é inevitável que alguns corações se despedacem de vez em quando.

Então pare de ter medo da vida: investir em algo somente quando se tem a plena certeza do resultado deve ser muito entediante. E olha, eu não procuro nobreza de caráter de alguém invencível e perfeito, mas de carne e osso que demonstre suas fraquezas e más intenções - a parte desagradável porém a mais verdadeira. E apesar de tudo se você conseguir encontrar algum charme nisso fique ao meu lado. Caso contrário, fuja. Eu não vou impedir.

Cansei dos sentimentos superficiais que não te fazem arriscar. Amar dói, sim. Viver machuca também. Mas o esforço é recompensado. E quando não for devemos juntar os cacos, afinal, é inevitável que alguns corações se despedacem de vez em quando.

Eu cheguei à conclusão de que a vida me trata de forma muito canalha: afaga, porém, chuta o meu traseiro logo em seguida. Mas nessa relação de amor e ódio, entre carícias e bofetadas, eu consigo sobreviver nem que seja por teimosia.

Nunca deixarei o meu coração atrofiar. Ele pode se despedaçar um pouco mais a cada embate, porém, quero entregá-lo diariamente e por vontade própria. Sem medos. Sem pretextos. Sem desejos reprimidos. Não vou tolerar apenas uma fagulha, uma pequena centelha - quero explodir de paixão onde exista reciprocidade.

Às vezes penso que consigo odiar na mesma proporção em que amo, ou seja, em excesso. Dificilmente me arrependo de minhas escolhas, mas sempre estarei disposta à arcar com as consequências.

Descobri muito tarde que, quando pensamos demais, amamos de menos. Talvez a burrice seja pré-requisito.

- Como você pode rir disso?
- Chorar resolve? Se resolver, eu deixo todo o glamour de lado e encaro até alguns soluços. Se é para fazer, que seja bem feito.

Muita coisa mudou, admito.
Ainda seguindo por caminhos estranhos e meio tortos - mas hoje independente da velocidade ou direção. Ainda meio louca, um pouco fraca e tão errada - mas hoje sem a pretensão de fingir um equilíbrio inexistente. Ainda frustrando toda e qualquer expectativa - mas hoje sem esquecer de que nada é permanente.
Quer saber mesmo a verdade? Hoje estou à procura de novos erros, pois, os antigos.... Ah, esses eu já deixei no passado!

Não vou criar uma versão equilibrada para as pessoas inexpressivas: essa gente medíocre que sorri sem vontade, chora baixinho e ama aos poucos - isso me dá náuseas!

Não vou me desculpar se você me acha instável, ou apenas, fria e egoísta. A culpa é toda sua! É somente a prova de que você me olhou depressa demais.