Coleção pessoal de elciojosemartins

41 - 60 do total de 423 pensamentos na coleção de elciojosemartins

⁠NOSSAS ATITUDES

O desconhecido nos aflige, por vezes, nos faz sofrer por antecipação. A imaginação negativa de sofrimento, de que tudo vai dar errado, que o pior possa acontecer, deixa-nos apavorados.
Quem sofre por antecipação, sofre duas vezes ou sofreu sem necessidade.
Esconder algo de alguém, querendo, nesse ato, evitar que esse alguém sofra, é querer decidir pelo outro, sofrer pelo outro. Nesse quesito, quase sempre, a verdade ameniza o sofrimento, mas, se vai doer, evite!
Quantas vezes, por comodismo ou não, não temos vontade de ir a algum lugar, mas quando decidimos ir, gostamos. A imaginação negativa só nos prejudica.
É preciso pensar positivo, ter atitudes proativas.

Élcio José Martins

⁠A ÁRVORE DA VIDA

Família é a terra fértil que Deus nos presenteou,
É a semente fecundada que a mão do homem semeou.
É a relva molhada pela água benta, que o grande arquiteto preparou...
Família é preparar o futuro, reescrever o passado e contemplar o presente;

É o encontro de almas, de corpos e de vínculos permanentes.
É raiz de tradições humanas, afetivas, perenes e consistentes.
É o telhado de copas verdes, unindo entrantes e parentes...

Avô caule, esmerando postura e caráter persistente;
Avó doce fruto, jorrando afetividade e adoçando a sua gente;
Pais troncos, sustentando a confiança, os ensinamentos e a segurança prudente;
Mães sementes, produzindo amparo, amor e um novo ser vivente...

Filhos Galhos, alegres e frondosos externando ternuras e gentilezas;
Filhas flores, transcendendo o perfume carregado de nobreza;
Noras folhas, elegâncias, formosuras, encantamentos e belezas;
Genros pássaros, inebriam-se com as verdes folhas de pureza...

A árvore da vida é o amor contente,
A união sagrada ungida por Deus Onipotente.
Família é o berço, o lar e um teto de presente;
O consolo, o suporte, o aporte e um rumo diligente...

Élcio José Martins

⁠A MUDANÇA

O único lugar que a mudança é permanente é no dicionário. Mudar é abrir-se ao novo...

Élcio José Martins

⁠TAMANHO DO PROBLEMA

Não importa o tamanho do problema, porque Deus nos dá a força necessária para vencê-lo.

Élcio José Martins

⁠O SOL E AS NUVENS

O sol até pode reclamar das nuvens, mas nunca deixará de brilhar, esse é o seu feitio. Nascer e encontrar o nosso propósito na terra, assim como o brilho do sol, único e persistente, também é o nosso feitio...

Élcio José Martins

⁠BOM DIA e SORRISO FRANCO

Um Bom Dia feliz e um Sorriso franco são virtudes dos homens sábios. É de graça e agrada os dois lados...

Élcio José Martins

⁠CRESCER E EVOLUIR

Crescer é quantidade, evoluir é qualidade. Quantidade é sem limite e pode diminuir, qualidade não tem limite e só aumenta, nunca se retrai...

Élcio José Martins

⁠DO NADA CHEGOU
Do nada chegou, adentrou e ficou,
Sem dizer nada, apenas com um sorriso, me encantou!
Bem rápido, o meu coração roubou,
Este coitado, de cara, se apaixonou...
Abraçou-me, apertando em ritmos ritmados,
Gotejou-me de sua boca, o presente e o passado.
Matou-me de desejo, encheu-me de paixão,
Fisgou firme, flechou certeiro, fuzilou meu coração...
Embriaguei-me, tontinho, do seu amor,
Roubou-me, de mansinho, de alma e corpo inteiro,
Fez-me Beber e exagerar-me de sua bebida,
Entrou de sola, quase pênalti! Equilibrei-me na partida...
Era o seu propósito, embebedar-me,
De amor, carícias e aromas, sem disfarce e sem alarme.
Pernas, braços e sussurros brandos entrelaçados,
Encheu-me de meu ego, ganhei o prêmio premiado...
Voei alto, naufraguei, vi o mundo girar,
Meio tonto, deixei-me cambalear,
Suei frio, morno, quente, o sangue ferveu!
Até hoje ainda não sei, como isto aconteceu!...
Mas, como do nada chegou,
Fez-me feliz, contracenou, atuou, abusou!
Saiu de mansinho, sorridente e sem dizer nada,
Deixou-me de quatro, seguindo uma nova estrada...
Este pobre e sofrido coração, ainda a espera,
No inverno, outono ou no porvir da primavera,
Ou, quem sabe no fervor do calor de verão,
Recebe-la, de braços abertos, seu sorriso que se fez canção...
Deixastes-me, tu, agora, talvez para sempre,
A saudade, a lembrança, seu valor e a sua importância,
Exibindo ou não, sua simpatia e elegância,
Que, sozinha, distante ou acompanhada,
Serás, sempre e sempre, querida e amada!...
ÉLCIO JOSÉ MARTINS

⁠JUSTO E LEGAL

Nem sempre o que é justo é legal. Decida!

Élcio José Martins

⁠O MINEIRO E O DOUTOR
O Zé mineirinho tava dordói,
Despejano remela no zóio,
Uma quentura no corpo,
E os quarto dolorido um pouco.
O Jaquim quis ajudá,
Chamano o doutor pra oiá.
Doutor perguntô o que Zé tava sintino,
Até achô qui o zé tava mintino.
Zé mineirinho num consiguia levantá,
Inda mais podê andá!
Dissero qui era ispinhela quebrada,
Qui ele tinha caído nu buraco da istrada.
Dotô num intendeu nada,
Pediu pra leva o Zé por hospitar.
Lá chegano Jaquim tentou ixplicar:
Podi sê ispinhela quebrada;
Mas Tia Mariquinha falô
Qui até podi sê lumbriga.
Ele sempri foi de molera mole,
Teve tossi de cachorro,
Friera, cobreiro de pé,
Eli sempre foi um pereba.
Élcio José Martins

⁠O HOMEM NA ÁRVORE
O homem subiu na árvore,
A mais alta, entre todas.
Queria ver por cima,
A paisagem da floresta.
Galho por galho, ele venceu.
Logo, o chão se escondeu.
De suas folhas verdes exuberantes,
Formou-se um colchão verdejante.
A árvore cresce em busca do sol,
O crente reza em busca do céu.
O rio corre em busca do mar,
O coração bate mais forte naquele que sabe amar...
A árvore se fez paisagem,
O Santo se fez imagem.
A floresta se fez ninho e estalagem,
Vem de Deus o abrigo e hospedagem.
Quem mata o que a mata tem,
Não merece ser alguém.
Para o Mestre, esse alguém não é ninguém,
Não tem presente e nem futuro e não sabe o que é de quem...
Élcio José Martins

⁠PRIMAVERA
O SOL, A CHUVA, O VERDE!
É chegado o momento,
Do sol, dar lugar à chuva,
A abençoada chuva,
A água benta da vida.
A natureza lúdica, plácida e translúcida,
Faz reforçar a fé. É o criador que fomenta e cuida.
O verde retorna à mata mansa,
Como o porvir que traz luz e esperança.
A chuva molha a terra virgem ansiosa para o plantio,
Amenizando o calor até com um pouco de frio.
Fomenta a sede do rio,
Tira o vazio e faz navegar o navio.
A chuva traz o cheiro gostoso da relva molhada,
O barulhinho poético das goteiras na calçada.
Vem, com ela, a orquestra sinfônica das aves na alvorada.
É o crepúsculo matutino construindo sua morada.
Eis que surge o verde,
O verde da árvore da vida,
O verde do sorriso,
O verde da alegria sem aviso.
Eis que surge o verde.
Pássaros felizes e mais românticos,
À relva molhada um beijo amante,
O cheiro de perfume se faz brilhante.
O verde rejubila nas folhas livres, irradiante.
Um momento esplêndido, marcante.
É o céu que desceu, abençoando a terra,
É criador e criatura, unidos nesta obra poética.
Élcio José Martins

⁠AMOR EM ÁGUAS TURVAS
Seu amor era rio de água corrente,
Amainava o calor no dia mais quente.
Era piscoso e atraente...
Era navegável, límpido e perene.
Suas águas eram abençoadas,
Calmas e cristalinas.
Tinha desenvoltura,
Sorriso e postura.
Samambaias à margem, alegravam o passageiro,
Cascatas, ao som de cristal
Desfilavam elegantemente no desfiladeiro.
Suas cores variavam conforme a luz do sol,
Seu olhar marcante, belo como o girassol,
Dava guarida ao amor do amante.
Pena que tudo acabou!
Suas águas não são mais perenes,
Pede socorro ao som de sirenes.
O que era piscoso ficou viscoso,
O que era doce se acabou...
Suas águas cristalinas ficaram turvas,
Seu leito foi desfeito,
Seus meandros não têm mais curvas.
Seu perfume não cheira mais jasmim,
De seu verde, não sobraram nem relva e nem capim.
A culpa pode ser minha, pode reclamar de mim,
Não cuidei do jardim, como cuida o jardineiro,
Não semeei o verde, apenas colhi o maduro.
Não cuidei das formigas, abandonei o formigueiro,
Achando que não tinha culpa, pequei pela omissão.
Élcio José Martins

⁠AS CORDAS AFINADAS DA VIDA
As cordas afinadas da vida,
São livres, íntegras e às vezes distraídas.
A harmonia de suas batidas faz a alma mais atrevida,
Enche de sorriso e graça o coração da ESCOLHIDA.
A nota DÓ trouxe a paz na construção da arca de Noé,
A nota RÉ driblou a dor com a maestria de Pelé.
A nota MI representa DEUS e eleva o poder da fé,
É o fogão caipira que mantém aquecido o bule de café...
A nota FÁ vem de Belém ou do além,
A nota SOL faz renascer a saudade de alguém.
A nota LÁ traz à tona a lembrança do amor que senti,
A sonoridade da nota Si relembra as lágrimas que um dia derramei por ti.
O romantismo afinado em suas cordas dedilhadas,
Aguça e coração e deixa a alma confortada.
Não há tempo nem espaço no palco da jornada,
Sob as luzes da ribalta o amor constrói morada.
Oh! Viola destemida que canta a alegria e a tristeza!
Foste tu a lembrança de minha aventura e maior proeza...
Do tilintar de suas cordas veio a verdade e a certeza,
Que o homem veio ao mundo apenas para amar.
Essa é a sua natureza!
Élcio José Martins

⁠A BALA E A CANETA
A bala e a caneta tiveram uma treta.
Queriam saber:
Qual seria a perfeita e qual seria a careta.
- A caneta fez sua graça, mostrando sua raça,
Como espingarda na caça, nenhum bicho faz pirraça.
A CANETA:
“Assino cartas e ofícios, faço prédios e edifícios.
Registro nascimentos, diplomas e casamentos.
Solto e prendo e nunca me arrependo.
Receito, referendo, sei de cor o que estou fazendo.
Já assinei casamentos e divórcios secretos,
Centenas de medidas provisórias e decretos.
Faço a paz e a guerra!
É Deus no céu e eu aqui na terra...
Não importa a minha cor, mas a azul é a predileta.
Não importa a roupagem, o que importa é a mensagem.
Já escrevi o amor, já relatei o terror.
Estou na mão do padre e do professor,
Mas, muitas vezes, na mão do facínora, do delator e do Ditador.
Oh! Bala melosa, não venha com chorumelas,
Nem precisa acender velas.
É pudica, atrapalhada e vive sempre embrulhada, ”
A BALA DOCE:
A caneta, calma até agora, resolve falar:
“Até agora fiquei calada, aguardei quieta, sem dizer nada.
Sou bala doce, desejada e só ando na cor da moda.
Meus sabores se multiplicam, derreto-me toda por quem me quer.
Todos gostam de mim, sabor café, hortelã, cereja, mel, como quiser!...
Entenda! Sou diferente!
Minha única exigência, após saboreá-la, é escovar o dente.
A BALA DO MAL:
A bala que sai da sua ponta é certeira
Sua bala pode até cumprir a Lei, até cumprir a ordem de alguém,
Sua bala carrega em seus rastros, máculas irreparáveis.
Cumpre o seu dever, mas, por vezes, é danosa.
Prende o moço, aposenta o velho e tira o futuro da criança...
Destrói a paz e a esperança, o seu crime não tem fiança...
Sua bala é certeira, pode dissipar uma família inteira.
A mão que dispara o gatilho do desamor, tem por trás,
Uma alma e um coração sem amor.”
Élcio José Martins

⁠A ESCOLHA
A luz provisória está quase apagando,
Um novo sonho vai se instalando.
A escolha da vida exige talento e não pede ensaio,
A vasilha que carrega a água não pode ser balaio.
Como espinhos protegendo as rosas,
Só a boa escolha evitará soluços e faces chorosas.
A esperança de noites com o brilho das estrelas,
Famílias felizes distantes das querelas.
Como a fartura do mel produzido pelo trabalho das abelhas,
É sapiente o homem que apoia o lápis na orelha.
Levar à morte a angústia e o sofrimento pandêmico,
Florescer e fazer brilhar o lúdico espaço acadêmico,
O tempo dirá se é endêmico,
O discurso não pode ser único, mesmo que seja polêmico.
Escolher sempre certo é o caminho da paz e da luz,
Em terra fértil toda semeadura produz.
A cidadania consciente fortifica e engrandece,
Transferir a responsabilidade, nada soma e nada floresce...
Élcio José Martins

⁠INTERPRETANDO COMPORTAMENTOS
Num belo jardim de rainhas
Também tem ervas daninhas.
Aprendemos a conviver com a segunda
Pra não perder a beleza da primeira.
No trato com a beleza das flores
Os espinhos trazem as dores.
No jogo da vida não existem vencidos e vencedores,
Pois só pelo direito à vida já somos ganhadores.
No comportamento humano não existe igualdade,
Uns pedem liberdade, outros pedem humanidade,
Uns cultivam o bom convívio e boas amizades,
Outros usam máscaras e só criam inimizades.
Uns são bravos, mas de corações puros,
Outros, calmos, ferem fundo. Ai encaixe o dedo duro.
Há aquele carregado de perjuro,
Destruindo amizades, prejudicando o futuro.
Há o manso e camarada, com perfil enganador,
Há o folgado e o garboso galanteador.
O agradável de abraço leve,
Com três tapinhas nas costas, o troco virá em breve!
Sorte que ainda existem os bons e respeitadores,
Aqueles de fé que ajudam ao próximo. Estes são amados de Deus.
Somos presas fáceis nesse mundo de desalmados,
No palco de maldades, cantamos desafinados.
O homem é mau e de natureza leviana,
Assim dizia Thomas Hobbes sobre a natureza humana.
Sua obra “Leviatã”, inspirada em uma figura mitológica,
Usa a força da serpente para comprovar a sua lógica.
É o corrupto que mata o doente nos hospitais,
É o corrupto que sangra o aposentado em seus dias finais.
É o corrupto que tira o direito dos cidadãos,
É o corrupto que elimina a esperança, só com o poder das suas mãos.
O respeito foi pro vinagre,
Muito obrigado, é um milagre!
Bom dia perdeu destaque,
A gratidão, virou palavra de araque...
Élcio José Martins

⁠A PEDRA BRUTA PARA SER PRECIOSA PRECISA SER POLIDA.
Rocha mãe, matriz milenar e inconsciente, bruta na nascente, solida e permanente, busca na escuridão das trevas, da subserviência, extirpar-se da rudeza de suas arestas, flechas incandescentes, pontiagudas e inconsequentes. Essa pedra bruta precisa, solenemente, receber de presente, o afeto, o ensinamento, o aparo, o amparo e o burilar, tornando-a pura e bela.
Desejosa em embelezar uma dama contente, na preciosidade do colar e do brinco envolvente, rola ribanceira abaixo ao encontro do seu Eu renovado.
Haverão pedras cúbicas, retangulares, angulares, quadradas, triangulares e redondas, irregulares e desniveladas, perfeitas e imperfeitas, simples ou em camadas, em pisos, muros, pontes e alicerces, que, ainda na aspereza original tem o seu jeito, a sua razão e o seu valor.
- O destino depende de sua escolha, da família rocha matriz, e do seu veio.
A aspereza pode ser a autodefesa, a insegurança e a falta de vontade em mudar-se, que, depois de burilada, perderá a sua essência e originalidade. Nada quer perder, nem que seja para encontrar o seu lugar, um novo, um belo, uma arte, um designer, um modelo, um desejo.
Perder pode ser ganhar um pouco, ou tudo.
O bruto pode ser suave, o áspero burilado pode ser uma joia rara.
Perder as asperezas tornar-se-á pequeno, mas notável.
A antes pedra bruta, através do pequeno cinzel, tornou-se polida, e, ainda mais diminuída, um diamante, uma esmeralda, ouro.
Quem conhece apenas o belo, não consegue imaginar quão duro e áspero foi a sua origem e a sua caminhada até o seu destino.
A PEDRA cúbica, outrora pedra bruta, enfeita e é cobiçada. Não é possível conhecê-la e entendê-la se não tiver a percepção do quanto foi maltratada, sofrendo todas as humilhações e as dores da transformação. O talentoso maestro não nasceu maestro, o grande médico não nasceu médico. Mudar para melhor é penoso, dolorido e demorado, e é preciso de uma persistência inabalável.
Elcio José Martins

⁠SOFRÊNCIA...
A noite calma e bela,
Feixe de luz pela janela,
Transcende o júbilo em tela,
O sonho utópico, desnuda ela...
Veio de mansinho e ocupou lugar,
Primeiro passo, primeiro andar.
A roda que faz rodar,
Leva ao trono bem longínquo do altar...
Carícias e soluçar,
Trombetas melódicas ao luar.
Aos ouvidos balbuciar,
Brados em silêncio a auscultar.
A declaração se fez ouvida,
Já é saudade o que é partida.
Indaga a alma que se faz sofrida,
É pecado amar no amor que fica...
A conquista exige permanência,
É pecador quem não dá sequência.
Conquistar o amor e fazer sofrência,
É crime hediondo, diz a jurisprudência...
ÉLCIO JOSÉ MARTINS

⁠MEU SURRADO CHAPÉU.
Meu amigo inseparável,
Suado, surrado, cansado, maltratado,
Companheiro inquestionável...
Fez-me companhia no lombo do alazão,
Meu confidente fiel, nas cavalgadas com amigos e nas festas do peão.
Protegeu-me do sol escaldante,
Confortou-me quando eu estava triste e distante.
Chorou comigo minhas mágoas de amor e paixão,
Abraçou-me forte, quando minh'alma chorou de dor e desolação.
Sabe tudo do meu presente e do meu passado,
Das vezes que sofri por amor e das vezes que fui amado.
Às vezes ficava meio enciumado,
Bebia e sofria comigo, quando eu estava triste e magoado.
Acompanhou-me no plantio e na colheita,
Antecipava-me do perigo, por menor que fosse a suspeita;
Nossa amizade foi sincera, justa e perfeita.
Foi meu parceiro, meu companheiro, meu amigo e meu sombreiro.
Um dia morrerá comigo! Não o disponho por nada, nem por muito dinheiro...
Élcio José Martins