Coleção pessoal de FilipaGalante

41 - 60 do total de 56 pensamentos na coleção de FilipaGalante

O poeta e a solidão são grandes amigos, pois somente na presença da solidão é que o poeta consegue falar com o coração...

SER QUE NÃO É!

Penso que penso,
quando na realidade não existo.
Penso que sou,
daquilo que desejaria ser.
Penso que amo,
enquanto a mim não me amo,
Penso que dou,
do que não consigo ter.

Existo, quando não penso,
Que sou, quem não preciso ser.
Amo, porque amo
Sem desejar receber.

SORRISOS ALCALINOS, ALMAS OXIDADAS

Quando o nosso corpo gasta demasiada energia, consumimos electrões (carga elétrica negativa) do nosso organismo, ficando com excesso de protões (carga elétrica positiva). Isto leva à diminuição do PH e assim o nosso organismo acidifica. Oxidamos.

É preciso SABER encontrar o equilíbrio...

Euforias sorridentes, com interesses comerciais, produzem almas metalico-alcalinas, facilmente oxidaveis (perdem electrões).

É que o excesso de oxigênio combinado com outros elementos não-físicos, oxidam a essência, acidificando a alma, luzindo apenas o esmalte dos dentes, apagando o brilho dos olhos, único canal visível ao comum da beleza que resplende (ou não) a alma. Por isso se fazem vários diagnósticos, a partir do que emanam os olhos e não pelo que brilham os dentes.

Euforias sorridentes, aumentam os níveis de oxigênio sim, provocam alegres combustões, mas colidem com os diferentes circuitos da essência de cada indivíduo podendo promover, a posteriori, profundas consequências nefastas ao brilho que deixa de existir no olhar.

.... entre outras coisas mais...
(IN) SONIAS

O que sente o olhar, perante o silêncio das palavras, revela o som dos pensamentos

Quando somos muito exigentes com a vida, a vida tira-nos o que temos. E só depois de perdermos tudo, é que percebemos o que amamos!

"Um curioso pela dinâmica da vida, nem sempre tem que ser ou se tornar um cientista"

NINGUÉM SALVA NINGUÉM
Por vezes acordamos perante uma angústia pela constatação de que não podemos ajudar nem salvar todo o mundo.

Ajudar o próximo, é um dos pontos enraizados na cartilha da vida com que nascemos e somos criados. Fazer bem ao outro, camuflando a sensação de prazer que nos move nesse sentido.

Conheci um mendigo, o “Menthos”, que me deu a primeira de várias grandes lições sobre ajudar o próximo, depois de lhe querer retribuir a sua acção em me salvar de uma previsível história que poderia ter acabado mal para o meu lado.

” Eu não quero sair da rua”- Disse-me.

“Quando quiser, sei como o fazer. Agradeço todo este tempo em que ficaste a falar comigo. Não falo com alguém há algum tempo! As pessoas passam por aqui para deixar comida e roupa, para se sentirem bem com elas próprias ao acharem que estão a fazer uma boa acção, mas não conseguem parar para falar um bocadinho!”

Mais tarde, um vendedor de rua num país africano, voltou a agradecer-me o mesmo e de seguida, quando andava desenfreada a “tentar salvar” aquele pequeno mundo que me rodeava, um maduro senhor sábio disse-me: ninguém salva ninguém senão quando se salva a si próprio!

Desisti dos outros e comecei a olhar para mim. Percebi que aqueles que julgava eu que salvava, davam-me daquilo que eu precisava para a minha própria salvação. E passei humildemente a agradecer, colocar-me ao mesmo nível da condição humana que todos somos, distanciados apenas pela (in)capacidade de sermos felizes e vivermos tranquilamente no papel da vida que desempenhamos, de acordo com o contexto em que estamos inseridos.

Ninguém pode salvar ninguém, mas sim ajudar-se a si próprio, sem mendigar amor, família, filhos, nem companheiros. Independência emocional, independência financeira. Largar o estado de “vitima-auto manipuladora” (des)responsabilizando os acontecimentos externos como causa da “sua vítima” que não evolui.

Aquilo que atraímos na vida é fruto da forma como vibramos, enquanto campo electromagnético que somos, nomeadamente através dos meios onde decidimos estar inseridos.

“90% da nossa mente é subconsciente. As situações aparecem para revelar o que não está acessível à mente consciente e que no fundo determina 90% das nossas vidas.”

Ninguém pode salvar ninguém senão a si próprio.
Medo da mudança? Medo do compromisso? Medo do fracasso? Medo de arriscar? Pois quando se arrisca com o coração, descobre-se a secreta e fabulosa sensação de se estar vivo. O que está certo de acordo com aquilo que é para nós, vem a seguir!

O dinheiro nunca é a verdadeira causa de não fazermos aquilo que queremos. Ninguém salva ninguém senão se salvar a si próprio primeiro!

NOVO CAMINHO

Saudades, disse-me.
A vida é assim.

Sem querer somos abençoados, com uma dança na rua. Um estranho que nos toma e nos leva por sua mão ...
Não há poesia, mas há magia. E assim as
saudades vão.

Simples sentimentos, parte das opções que fazemos na vida, dos novos caminhos que escolhemos percorrer.

Saudades, disse-me.

Também já as tive e usei-as para pensar honestamente, sobre quem sou e o que ando por aqui a fazer.

Que não me tome por vulgar passado, nem tão pouco esquizofrênico presente.
Dei o melhor de mim, até de "mins" que desconhecia.
Mas quando o caminho escolhido é outro, por favor, que me deixe seguir no meu.
Gosto de te ver, disse-me.
Mas teus olhos a mim já não são foco de luz.
O meu caminho está feito. Gosto de mim e respeito-me.
Enfrentei os meus “fantasmas” pois, quem não enfrenta os seus, dificilmente se encontra. Saltita entre soluções desenfreadas, por caminhos de sol ateu, para tentar descobrir uma essência num percurso de vida que é apenas seu.
Deixei que a dor me consumisse até que me faltasse o ar e que todas as lágrimas de tristeza e mágoa criassem um lago chamado passado. Um passado que deixei para trás, longe da felicidade que merecemos viver e do amor que merecemos receber.
Às vezes temos tudo nas mãos e por incapacidade, deitamos tudo a perder. Não há culpas nem culpados. Apenas caminhos a percorrer.
Quando os meus olhos se encontram com os teus e me confronto com a minha própria ilusão, cresço por dentro e desafio-me, a manter um sentimento de amor digno, integro e incondicional e que não sirva de alimento a qualquer vazio que ainda exista dentro de mim. Talvez por isso, agora não te queira eu ver.

Felicidade só se pode desejar, a quem escolhe exacerbada realidade, de densa energia satisfatória acompanhada de uma verdade tão igual, a sua própria ilusão.

"... e que os filhos não são nossos são do mundo. E o mundo receberá deles o que lhes dermos agora, no desafio que é ser mãe, pai, homem e mulher...

MEMÓRIAS
Tiro estas memórias de uma gaveta
memórias estas que me atormentam.
Posso limpar a gaveta?
Mudar a ordem do que me atormenta?
Encontrar nova ordem para as arrumar?

Deitá-las ao lixo, uma opção
rasgá-las, uma boa razão
Mas será que vão para sempre?
Nunca terei a certeza.
Talvez o melhor seja,
olhar de novo para elas,
tentar dar-lhes outra solução.

Vou limpar a gaveta,
dar-lhe alguma beleza.
Tirar o pó que a contamina,
dar-lhe uma certa leveza.

O que fazer às memórias?
Não tenho previsão,
mas vou confiar na vida,
e tratá-las com o coração.

Tanto mal, talvez não me fizeram
pois se aqui escrevo, sobrevivi.
Por mais que isso me custe,
(vou ter que admitir),
fazem parte da minha vida,
com elas, também cresci.

Aceito a nova decisão,
sobre a forma como as vou tratar.

Entranho-as nestas páginas,
agora com uma nova visão,
de que, para crescermos na vida,
é também preciso, sentir a desilusão.

Bem arrumadas na gaveta,
já sem o pó que as contamina,
fico mais leve,consciente.
São apenas alguns momentos,
alguns instantes da minha vida.

ADEUS
Enches-me de amor.
Agora puro e sem perspectivas,
Sem medos nem ansiedades.
Tranquilo,
Mesmo com todas as verdades.
Enches-me de amor,
A alma que deseja partir.

Que agora por amor,
te irá deixar.

Não te surpreendas quando te superas.
É porque tinha que ser assim mesmo!

"Um dia acreditei em princesas, sendo que me revia sempre, em cima de um cavalo, com um escudo e uma espada na mão!
Princesas com escudos e espadas na mão, até podem ter vestidos compridos e bonitos, mas o seu brilho não reluz pelos adornos que as "embrulham".
Princesas com escudos e espadas na mão, acreditam em causas e lutam ao lado dos seus príncipes e cavaleiros. Nem sempre se casam nem constroem tradicionais famílias, mas podem ter filhos e acreditar na felicidade.
Princesas com escudos e espadas na mão, tem sentimentos e por vezes deixam que um verdadeiro amor as invadam.
Princesas com escudos e espadas na mão, um dia percebem que para além das ferramentas de defesa e ataque, há uma misteriosa arma eloquente: o som do amor.
E o som do amor é o maior mistério da natureza, uma arma usada apenas por sábia nobreza. Não se pode racionalizar, apenas sentir.
Princesa de escudo e espada na mão, baixa a guarda e deixa-te ir".

Os adultos de hoje são os jovens de ontem. Os jovens de hoje, os adultos de amanhã.

QUEM ÉS TU?
- Sou o que os teus olhos querem ver e o teu coração sentir. Sou um pouco daquilo que és e daquilo de que te estiveres a mentir!

As mudanças que queres na tua vida, estão nas decisões que não tomas"