Coleção pessoal de chiobatto

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Lobo.

Rendo-te meu respeito! mau fadado amigo...
Por tua audácia e bravura, aos fracos cabe: unir-sem, aos cordeiros.
Defendendo um interessante conceito de que fraqueza, temeridade e angústia são as virtudes do bom. Nada!!!!!

Em tua defesa, não
necessitas de mim...
Tua existência, tua co-existência com teus pares fala mais alto!
O respeito pela força: Sim!! tu ensinas... mas vai além, muito além
Quando provas em teu universo, que tens a consciência de que SOZINHO: enfraquece!
SOZINHO: estará, ainda que vivo - Jamais completo!
Sabes o valor de teus parentes, e a cada um demandas função única, de acordo com seu potencial, cada qual em sua trincheira
Fazendo o todo funcionar.
Cada um, em seu papel: simples, mas fundamental...
Aprendo contigo, a CAÇAR meus sonhos
Respeitando quem esta a meu lado;
Impondo-me a quem me tenta bloquear;
Sabendo que existirão momentos sim, em que a balburdia, a corrida e a sensação de derrota virá!
Entendendo que em algumas vezes a preza levará vantagem
Mas que meu conjunto se reorganizará.
Reagrupando-se para uma nova investida, mais maduro!
Ensina-me a entender que cada um é vital, até mesmo os mais fracos.
A respeitar as limitações, mas sempre incentivá-los a me desafiar!
A união de tua matilha me serve de norte, teu olhar me traz inspiração.
E tua vitória me ajuda a decidir de que lado estou...

Morena da pele de cuia
Tens sangue farrapo e tapuia
Na mistura de teu cerne
Teu olhar negro de noite
Por vezes afago, por vezes açoite
Que busco sem encontrar
Pra revelar o que sinto...
Meu desejo de lobo faminto
Em ti, encontra sossego
Minha alma de andarengo
Busca em ti repousar.

Sabia que um dia te encontraria novamente...
Não esperava tão de repente
Não esperava tanto embaraço
Perdi no tempo teus passos
Mas voltastes enfim!
Embora não tenha sido pra mim
Fico feliz deste jeito
Não te coloco defeito
És preciosa pra mim...

Beijo gostoso, beijo molhado
Pode ser roubado ou concedido
O beijo mais decidido
Ou até encabulado
Beijo descarado, na frente do povo
Ou beijo em segredo...
Só quero beijar de novo!

Agora!!
Vá la na rua...
Admire comigo esta Lua
Mesmo distante...
O mesmo brilho, a mesma intensidade
Te sinto aqui, de verdade!!

Meu coração, agora desperto
Une-se a trilogia
Um momento só nosso
Eu, tu e a magia

A Lua que vejo
Só faz aumentar o desejo
De te ver bem de pertinho
Te receber em meus braços
Acolher, dar carinho

Tirar todo rancor
Amor se paga com amor
Sem cárcere ou sofridão
Tem que ser leve!
Trazer conforto e paixão

Assim como a noite de Lua
Que traz luz a escuridão
Assim como sinto tua falta
E sempre te guardo em meu coração.

Num tranquito de tarde
Mateando com a solidão
No silêncio do meu rancho
Tive a confirmação!
O que é bom, nasce pronto... não carece instrução
Pealado pela vida
Andando sem pai, sem patrão
Desde cedo valorizando
Os costumes e a tradição!

Saber o valor da doma
Aos velhos pedir benção
Respeitar moça e família
Cuidar bem da criação
Saltar cedo do poso
Aproveitar a ocasião
São verdades que o tempo ensina
O melhor mestre p'rum peão

O tempo passa depressa
Sem se importar com lamento
Se te prenderes no tento, da verdade e da razão
Ou mesmo que vivas em vão
Alcaide e desprestigiado
Carregamos o mesmo fado
Que valha a peleia então!

Fica o conselho ...
Daquele que já foi moço
Sendo Dr. Ou índio grosso
O que vale, é a virtude
Alma doce ou sistema rude
Todos tem algum valor
Aos olhos de quem compreende
Deixo guardada a semente
Pra não fazer sangrador...

Amor eterno? sera possível?? sera? hoje em dia fico contente com amor sincero... que seja por ummm dia, que dure poucas horas... mas que seja: o beijo pelo beijo! aquele olhar dentro do olho... que abraça a alma, respiração com desejo!beijo com mordida; forte, justo!!! como querendo devorar, amor com gosto de urgência... e que termine com honra, com sinceridade!!! Não com ponto final! talvez com reticências.

Hoje estou triste. Fico triste, somente por crer que na tristeza posso pensar melhor.
Minha culpa sempre! Já parto deste princípio; pois minha é a responsabilidade de permitir que ela, a tristeza, entre em meu coração. Sim, eu confio demais... Me entrego demais, participo demais, me exponho demais;
Mas se não fosse assim, talvez não fosse natural, é de minha índole a invasão, e de meu caráter ser permissivo
É natural pra mim sofrer por empatia, me envolver por amizade
Me importar, mas na maioria das vezes sofro, não por ser enganado, não por descobrir uma traição, não por saber de uma verdade, não por descobrir um sentimento
Na maioria das vezes, fico assim quando me convenço de que sabia da verdade mesmo antes dela se mostrar, tinha capacidade cognitiva de perceber a dissimulação no princípio, mas não o fiz... E só não o fiz, por achar que no meio do caminho o mau feito poderia ser remendado, o amor poderia surgir de verdade, o respeito e a amizade poderiam, se eu desse uma oportunidade, se afirmar diante da convivência!
Aquele que me dizia respeitar e admirar, sabendo eu, que não vira do coração, quem sabe, tendo oportunidade de me conhecer pudesse sim arrepender-se de um dia tripudiar de minha lealdade;
Aquela que um dia me olhou nos olhos e disse que seria pra sempre, mesmo sabendo eu, que pra sempre dura muito...
Eu sofro mais, não pela maldade pura e simples, não pela verdade dita com convicção, não pelo confronto direto, não pela ofensa!!
Sofro com a mão escondida, fico triste por querer acreditar na bondade e no amor alheio, fico triste por muitos falsos sentimentos, pela falta de coragem do enfrentamento daqueles que discordam...
Fico triste com as contracapas que escondem o verdadeiro interesse, e fico mais triste ainda: Quando fico triste, sabendo que estou sendo enganado.
Queria saber em quem acreditar, queria um banho de verdade!

Me criei, assim, baldoso.
Meu pêlo, nunca viu tôso.
Meu lombo, não prova de arreio...
Na boca, sem gosto de freio;
Trago por recordação:
Relinchos do meu rincão
Que quase parto no meio!
Ecoados pelo vento...
Andarengo e pacholento
Que mistura o cabelo da china
E faz chorar a retina
Empoeirado e cinzento
Não me enganas com teu pranto!
O vento, nunca foi santo
Sempre espalhou pelos canto
Agouros e maldições
Histórias velhas e canções
Que eram parte de segredo
E me fez desde cedo
Valorizar um estouro;
Endurecer bem o couro
E da vida não ter medo.
Andei recorrendo a pampa
Sem rumo e sem parador
Como abelha sem achar flor
Como sarna que não tem cusco
E de tanto pialo e susto
Hoje, já falquejado das voltas
Anseio um pago repouso
Não há de faltar... a mim, um poso
Mas que fique salientado
Que mesmo cansado e maduro
Sou o mesmo queixo duro!
Sou o mesmo APORREADO!!!...

Me ponho, sem atrapalho
A frente da situação
Com o pensamento em frangalhos;
Com a alma feita retalhos
Te defendo com compaixão
Sofro quieto, e com olhar manso...
Aceito o fado por ser pagão
Que em mim doa mais forte!
Prefiro enfrentar a morte
A te ver sofrer em vão.

Saudade, pura verdade...
Sentida por quem esta longe;
Vivida por quem ficou
Mas quem se foi, pode voltar
Aqui estou, a te esperar...

Mas não sofra no caminho
Viva, cante, amadureça
E só volte, pra que permaneça
Fazendo de meus braços teu ninho!

Não vivamos no passado
Pra que um dia: lado a lado
Possamos nos orgulhar
Ir e regressar faz parte de nossa vida
Uma estrada bem percorrida
Vai mas volta, pro mesmo lugar.

Aprendi a festejar as dificuldades, pq nelas que dei valor a uma coisa chamada TALENTO

Ao Patrão

Te fostes patrão velho
Te fostes meu velho pai
Em todos os dias te lembro
Em cada lembrança, sinto mais
Sempre que lembro; lamento...
Mas confio que ele sabe o que faz
Quando morre um gaúcho
Se diz que no campo nasce uma flor
Quando te fostes, assim como eu
A pampa sentida: chorou
E brotou fertilizada pelo lamento
Orvalhada pela esperança
Assim é a vida;
A peleia nunca tem fim
Se ele te solicitou la em cima
Sabendo que faria falta pra mim
É porque decerto precisava
Prefiro pensar assim...
És agora peão na estância grande
Ou talvez , o capataz do céu
Contando causo pra aqueles que também se foram
Pra gauchadas eternas
E mateiam unidos nos rincões e taperas.
- Ceva o mate, meu patrão!!
Nos encontraremos um dia
Pra orgulho deste peão
Deixaste aqui muita saudade
Ficaram poucos dos bons
Te digo por verdade
Poucos da tua Qualidade!!!

Saudade meu pai.

Hoje perdi muitos amigos.

Começou bem cedo, logo que sai de casa... um vizinho me olhou e abriu um sorriso, ainda que tímido, eu senti que la vinha um bom dia! Fiz que não percebi, ascendi um cigarro de cabeça baixa e... lá se foi;
Logo depois, quando fui tomar o ônibus, uma senhora teve dificuldade em subir; quando percebi que ia "sobrar pra mim": demorei mais alguns segundos pra me aproximar da porta, calculei exatamente em quanto tempo outra pessoa poderia fazer a gentileza que EU poderia ter feito!
Ao chegar no trabalho, um colega iniciante, tentou tirar uma dúvida comigo; mais uma vez... perdi a oportunidade!!! Disse que não sabia, que não podia ajudá-lo;
- Mas EU sabia!!! tinha passado pelo mesmo perrengue!!! e mesmo assim: perdi mais um!!
Ao voltar pra casa, uma moça, do outro lado da calçada; pensou ter me reconhecido e abanou... Senti que era comigo, mas nunca tinha visto aquela mulher antes!!! Ela ficou com vergonha, deu um sorriso amarelo, disfarçou... E se foi!
Agora tendo tempo suficiente, com minha solidão...
Penso: Um bom dia!!! faz SIM diferença;
Ajudar alguém, olhando em seus olhos, pode dar o carinho que lhe faltava... e acalentar seu coração;
Um colega, que esta a seu lado todos os dias, pode tornar-se um grande amigo para todas as horas!
E dar um "tchau" ainda que sem conhecer ... que EU saiba, ainda não matou ninguém... a não ser que: Morrer de rir conte!!! porque é muito engraçado.
Rir!!!! isso R I R ... isso desarma seu oponente;
Ameniza o corre-corre do dia;
Faz bem pra pele;
Benefícios pra quem sorri, e um baita estímulo pra quem ta com cara de BUN... nanananana não vou estragar no final, tava indo tão bem!!!
Mas talvez AGORA tu estejas sorrindo...
E pra mim o que importa é ganhar ao menos um sorriso sincero;
Um amigo, nem que seja aquele amigo de bom dia, boa tarde... mas eu sei que ele me conhece, e sei também que nada somos SOZINHOS.
E quando precisar de alguém...
Mais vale um: - Acho que conheço;
Do que um: - Nem sei quem é...

O que escrevo, quase nunca intitulo
Não sei porque, mas encabulo
Acho que não tenho razão
Estudo ou aptidão, pra botar título em texto

O que escrevo, é pretexto
Pra falar do que sinto
E falo de verdade
Em verso ou proza, Não minto!

O título que me inspira
O que sempre encaixa e combina
Com tudo que vem a mente
Com tudo que guardo na retina

Não foi escrito por mim
Mas por minha mestra nascente
A primeira das docentes
Que me ensinou a escrever
Mesmo que fora sem querer

A primeira inspiração
Colocou no quadro, a provocação!
Pra me fazer começar...
E pediu-me pra contar:

A HISTÓRIA DE MINHA VIDA.

Em um país onde os valores estão invertidos o que é certo parece fora do comum, o que é insano e cruel; parece trivial... a falta de caráter é corriqueira e apoiável, a hombridade é confundida com babaquice e o que é simples e correto nos da um orgulho danado como se fosse extraordinário!!