Coleção pessoal de brunobarcellos

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Comece, recomece.
Se esforce, vai lá e se mexe.
Quem adia, perde um dia.
Quem faz, um dia cresce.

Se conseguirmos aceitar que desejamos aquilo que desejamos, por mais estranho que seja, conseguiremos suportar melhor as estranhas preferências dos outros.

Cuidado com a inveja.
Quem inveja faz das próprias bênçãos fardos.
E da alegria do outro, ofensa.
Invejar não é querer alcançar por méritos próprios o que o outro tem...
Invejar é querer que o outro não tenha, quem inveja se nivela pelo fracasso.

Poderia falar com o responsável?
É sobre a sua vida mesmo, mas gostaria de falar com o responsável.
Lembra quando te ofereci um trabalho, não ganharia muito no começo mas tinha potencial de melhorar, você me disse que não dava pra trocar o certo pelo duvidoso.
Aquele amigo que te apresentei, gente boa... Você disse que não dava pra se relacionar com um cara divorciado e com filhos.
Aquela vez que fomos à praia e te chamamos, você disse que tinha que limpar a casa.
E aquele dia lá no trabalho que surgiu uma vaga pra ganhar mais e você não se candidatou porque não acreditava que iriam te escolher.
Várias vezes te chamei pra tentar algo diferente e você fez as mesmas escolhas e sempre colocando a responsabilidade nos outros, ou não iriam te aceitar, ou a situação era muito arriscada, ou iria ser muito difícil.
Você sempre deu desculpas para não tentar.
Bom, vim aqui mais uma vez falar com você, será que está valendo a pena estas suas escolhas? Fazendo as mesmas escolhas já colheu algum resultado diferente? Será que não está na hora de tentar algo novo?
Pense nisso e quando puder me procure.
Ass: Sra. Oportunidade.

Sobre a importância de falhar para não falir.
Veja bem, a falência ocorre onde uma empresa ou sociedade comercial se omite em cumprir com determinada obrigação patrimonial e então tem seus bens alienados para satisfazer todos seus credores.
Trazendo para o campo mais subjetivo, falimos quando perdemos a capacidade de atuação no casamento, na relação profissional e também com os filhos, falimos quando perdemos a capacidade de atuação em relação ao outro.
Quando pensamos no campo comercial a falência se relaciona em especial com as finanças, mas a falência nas relações humanas se relaciona aos valores.
Quando um homem entra em falência para sua mulher, ele perdeu seu valor ou sua capacidade de representar algo para ela, e assim o contrário.
Quando um filho não considera mais o pai ou a mãe é porque eles perderam o valor para este filho.
Assim sendo, é preciso falhar, é fundamental atuar com o reconhecimento das vezes em que se erra, da impossibilidade tanto da perfeição como da satisfação plena.
Isto está campo do reconhecimento dos limites e acima de tudo, da possibilidade de dizer "não" para o outro.
De colocar um limite, tanto do que é possível, como do que é desejado.
Mesmo que isto traga desentendimentos e discussões, o outro não é obrigado a nos compreender e também nem sempre será capaz, assim como nós também não iremos compreendê-lo sempre.
Estas falhas, quando trabalhadas e reconhecidas na relação, e com o auto-respeito sobre suas vontades e limites possibilitam superar as crises e vivenciar uma relação mais feliz.
Senão, estará frequentemente colocando seus bens alienados ao outro, falindo relação após relação, em uma falência sem fim.

Bang Bang de final de ano.

Vem com a sidra e a rabanada
Chega e traz pra mim
O Chester do Natal requentado
Que eu to sem dindin
Aham, aham, aham...
Aham, aham, aham...

(Bang) O ano tá acabando para você
Sem dinheiro pra sobreviver
O arroz do Natal terá que multiplicar
Vai misturar
Então tem, a farofa e um salpicão
E o Tender não acabou não
Mas se quiser, tem que requentar
E desinfetar

E pra situação piorar
Tem a tia pra jantar
Que vem feliz perguntar, se você tá
namorando.

E não pode faltar
O tio que adora a sidra
Fazendo piadinha com o pavê
De morango

Vem com a sidra e a rabanada
Chega e traz pra mim
O Chester do Natal requentado
Que eu to sem dindin
Aham, aham, aham...
Aham, aham, aham...
Bruno Fernandes Barcellos

Férias e memória.
Produzimos memórias o tempo todo, algumas são registradas com maior intensidade que outras devido ao afeto despertado por estas vivências.
Nas férias, em geral, nos disponibilizamos para viver momentos mais surpreendentes, menos defendidos e mais agradáveis por serem da nossa escolha e não um dever de trabalho.
Então minhas propostas para as férias são:
1. Vá a um lugar diferente ou novo;
2. Reencontre amigos;
3. Tenha metas simples;
4. Lembre-se que trânsito, mudanças no clima ou nos planos podem acontecer e isso não é em si um problema, depende da sua criatividade e do seu bom humor;
5. Não deixe seus hábitos ou vícios determinar seu dia, beber uma cervejinha não é um problema, mas não precisa ir para um lugar diferente e passar o dia no bar, se permita conhecer outros espaços e ideias;
6. Seja responsável e não estrague as férias dos outros, então se beber não dirija, taxi sai mais barato que uma nova habilitação ou a vida das pessoas;
7. Antes de ficar exaltado, pense se no carro da frente possui crianças ou idosos, e se for gentil talvez resolva ao menos 50% do transtorno;
8. Se ficar pensando no trabalho ou nos problemas, você nunca sairá de férias!
9. Registre, esse momento é uma oportunidade de fazer histórias;
10. Divirta-se!

Aprender ou inventar?
Crescemos com a repetição de que precisamos aprender, e assim vamos à escola, cursos, consultas médicas ou esotéricas na busca pelo conhecimento.
Precisamos reconhecer que não nascemos sabendo, e que algo precisa ser apreendido. Fato.
Porém, quase ninguém ensina que algo também precisa ser inventado.
Não, não falo de ser um novo gênio da engenharia ou revolucionar a medicina... Falo em relação às coisas ordinárias, e me refiro ao significado de cotidiano, porquê em relação ao ordinário da sacanagem somos bem criativos...
Seja inventivo em relação ao ordinário, sem a meta de fazer algo extraordinário com a sua existência ou com a humanidade.
Portanto, aprender e inventar são ótimas opções, e funcionam melhor quando articuladas.
Mas entenda, inventar significa reconhecer que algo não se aprende e também não se ensina.
Não se queixe da sua faculdade, dos seus pais ou do cursinho que "não ensina" o que vivemos na prática, porquê a prática é em sua maior parte inventada.
Cada pessoa executa a mesma técnica ao seu modo, e isto é invenção.
Cada professor transmite uma aula ao seu estilo, e isso é invenção.
Cada pai e cada mãe educa seus filhos de forma singular e isso também é invenção.
Já temos muitas versões, e repetições do mesmo, o desafio é fazer "o mesmo" de maneira original.
Então, quando pensar no que vai fazer pessoalmente ou profissionalmente nos próximos dias da sua existência neste ano ou no ano novo, lembre-se de buscar conhecimentos, articular as informações e imprimir sua marca na execução, seja inventivo e reconheça sua singularidade como oportunidade de fazer algo de uma maneira que apenas você pode fazer.

Sobre dar o que não se tem.
Como é complexo ofertar ao outro aquilo de que somos para sempre deficitários e carentes.
E quão doloroso aguardar por isto com esforço e não receber o esperado.
Ser humano é um sobrevivente destas faltas, e de penhasco em penhasco vai costurando suas lutas.
Com dor, com medo e mesmo com raiva o desafio é prosseguir.
Algumas mágoas não tem reparo, e algumas dores não passarão, mas elas se aninham em nosso peito e caminhando conosco elas seguirão.
Entenda, não se trata de resultados ou retorno, de troca ou devolução, do amor que ressente hoje, amanhã e depois de amanhã ainda persistirá em seu coração.
Cada espaço que um dia foi ocupado, permanecerá guardado com emoção e novos espaços serão criados, com um amor renovado em outra razão.

Por quê ir ao Psicólogo?
- Como uma pessoa que nem me conhece vai me ajudar?
- Então, o cara ou a mulher vai me dizer o que fazer?
- Eu tenho um problema, mas todo mundo tem...
- Se não vai me dizer o que fazer de que adianta ir?
- Eu já sei os meus defeitos, e vou mudar, só uma questão de tempo e força de vontade.
- Eu já vou ao Psiquiatra.
- Meu Cardiologista já me receitou um calmantezinho.
- Minha terapia é o trabalho.
- Minha terapia é uma gelada.
- Eu sou bem resolvido, as pessoas que reclamam demais.
- Eu sou apenas ansioso.
Bom, se já pensou, disse ou ouviu alguma dessas frases, você talvez não tenha a menor ideia do que faz um Psicólogo, não é?
E também não está fazendo muito esforço para descobrir.
Então vou oferecer a minha humilde contribuição.
Sabe, você tem razão quando diz que todo mundo tem problema. Todos têm algum problema mesmo, seja no trabalho, nas finanças, na família, nos amores ou na falta deles...
Mas do seu problema quem tem cuidado? Você? Mas está cuidando bem? Realmente as estratégias que você tem usado estão alcançando um resultado de melhora?
Não? Hum... Será que você já tentou mudar a estratégia? Já, mas mudou para uma outra que um amigo do primo da sua esposa te sugeriu?
Sei... E essa estratégia funcionou com ele, mas não com você? Talvez porque ninguém seja igual, né?
Esse é o ponto inicial da nossa conversa. Lamento te informar, mas você é único. Isso significa que as melhores soluções do mundo podem não servir para você.
Isso que dizer que um Psicólogo vai me dar a solução especial?
Ah, não, não mesmo.
Isso seria ótimo se fosse possível, mas não é. Então de que adianta?!
Essa é a parte legal da história, você está pensando que existe uma resposta pronta e que alguém vai te oferecer essa resposta em troca de alguns trocados. E essa parte da sua tese que está equivocada. Não se trata de alguém saber o segredo e te contar, o que a psicologia te oferece é a possibilidade de construir, sim, construir uma nova posição, uma nova estratégia e uma nova compreensão da sua própria vida.
Mas como que um Psicólogo vai fazer isso?
Em primeiro lugar, te escutando, afinal não disse que você é único? Portanto é preciso conhecer este ser singular e junto com ele perceber e tomar ciência dos seus conflitos e desejos.
Tá, mas vou saber isso e daí?
Bom, conseguindo se perceber melhor, você terá a chance de reavaliar suas posições, sua forma de lidar com os acontecimentos e entender a causa dessa sua reação. Ou você acha que sua ansiedade não tem um porquê?
Ah, não, não adianta pôr a culpa no seu chefe, no relacionamento, nos filhos, no trânsito. Não.
Você mesmo não disse que todo mundo tem problema? Então, a pergunta é porque esses problemas deixam VOCÊ (ser único) nesse estado?
Tá bom... Aí eu vou ficar pensando nisso e?
Pensar nisso é mais que uma simples reflexão, é um processo de pesquisa, de analisar as causas, influências, origens dessa sua forma de reagir.
E se eu conseguir entender isso tudo aí?
Então você terá oferecido a você a chance de construir uma nova forma de agir e reagir.
E isso com a ajuda de um profissional.
Que poderá com pontuações, observações, questionamentos e técnicas específicas auxiliá-lo a fazer as alterações que deseja.
Você sabia que para se tornar Psicólogo são necessários 5 anos na faculdade?
E nesses 5 anos, são apresentados conhecimentos de filosofia, biologia, neurologia, história, psicologia entre outros?
Além dos estágios supervisionados em vários campos.
E sabe uma coisa bem legal que os Psicólogos NÃO fazem? Eles não te julgam. Eles te escutam, te acolhem e te ajudam, mas respeitando sempre as suas posições, crenças e escolhas.
Se ainda não se convenceu, vou te fazer uma proposta, marque algumas consultas e tire as suas próprias conclusões. Filmes, séries, Google ou amigos não são tão confiáveis quanto a sua própria vivência.

As unhas de uma mulher.
Dia desses ao encontrar uma hóspede em uma instituição que trabalho, brinquei com ela elogiando seus novos óculos e seu cabelo preso.
Ela sorriu, e me mostrou suas unhas.
Entendi que ela me mostrava a cor, e assim comentei que era um vermelho muito bonito.
Mas não era esta a sua intenção, esta hóspede não fala em consequências de AVC's, se alimenta por sonda e não anda.
Ela pegou seu caderno e escreveu com grande esforço utilizando sua mão esquerda, sendo ela destra: "não gosto unha curta sou mulher".
Eu ri e perguntei se eu havia compreendido o que li: "você não quer que cortem muito sua unha, quer deixar ela um pouco comprida porquê você é mulher?"
Ela abriu um grande sorriso, acompanhado de um sinal de

As unhas de uma mulher.
Dia desses ao encontrar uma hóspede em uma instituição que trabalho, brinquei com ela elogiando seus novos óculos e seu cabelo preso.
Ela sorriu, e me mostrou suas unhas.
Entendi que ela me mostrava a cor, e assim comentei que era um vermelho muito bonito.
Mas não era esta a sua intenção, esta hóspede não fala em consequências de AVC's, se alimenta por sonda e não anda.
Ela pegou seu caderno e escreveu com grande esforço utilizando sua mão esquerda, sendo ela destra: "não gosto unha curta sou mulher".
Eu ri e perguntei se eu havia compreendido o que li: "você não quer que cortem muito sua unha, quer deixar ela um pouco comprida porquê você é mulher?"
Ela abriu um grande sorriso, acompanhado de um sinal de

Viajar para quê?
Viajar é sair de si e ao mesmo tempo se encontrar.
Enquanto sujeitos da rotina, por vezes nos cristalizamos em pequenas certezas.
Certezas sobre preferências, capacidades, e limitações.
Criamos verdades sobre quem somos quando engaiolados no nosso cotidiano.
No ir e vir do trabalho, dos estudos, na programação da tv, na vida doméstica.
Mas alguma ruptura se faz necessária, para que possamos nos ver em outros olhares.
Para que possamos enfrentar outros desafios, como estar em um ambiente completamente estranho, com estilos diferente, sons, tons e sotaques específicos, com cores e aromas marcantes.
E neste espaço diferente, podemos nos reinventar, confirmar algumas ideias ou descobrir novas possibilidades.
Viajar é di-ver-gente, com seus hábitos, prazeres e angústias.
É desconstruir o mundo confortável das convicções medianas da nossa rotina.
Para quando voltarmos a ela a percebermos em sua singularidade.
Pois nenhum dia é igual, nenhuma paisagem é fixa, e os climas são variáveis.
E acima de tudo, nada está sob total controle.
Vamos rever o ambiente ao nosso rodor, pois o ambiente é a gente.
Somos a ambiência que queremos ou deixamos ser.
Suportar o imprevisto, inventar saidas criativas, rir dos desencontros e apreciar as surpresas do desconhecido.
Então viaje-se para o íntimo que ainda não sabe que existe fora de você.

Planos ou desculpas?
Com frequência recebo pessoas que falam de prazos, metas e limites.
Prazo para mudar de um trabalho.
Prazo para um relacionamento "funcionar".
Comparando com relações de conhecidos, e mais ainda com as relações dos desconhecidos.
Muitos se colocam em testes e com um limite de tempo:
-"Se não melhorar até tal data eu vou embora."
Quase sempre passamos da data, do limite pré-estabelecido, com a constatação de que ainda não foi suficiente e um novo prazo e uma nova meta são estabelecidos.
E ficamos anos nessa brincadeira de criar desculpas disfarçada de planos.
Planejar é bom, ter metas é excelente, mas elas só servem se estão relacionadas ao que você quer.
Muitas pessoas criam metas sobre o que não querem:
-"Se acontecer outra vez eu me demito."
-"Se falar assim comigo mais uma vez eu vou embora."
Então o plano está em torno do dano, do acontecer de novo. Mas o que você quer?
-"Ué, eu quero que me respeite, que me trate com dignidade."
Então, isso não deveria depender do acontecer de novo. Respeito e dignidade deveriam ser cosntantes e não momentâneo.
Me pergunto, por quê você deixa que façam isso com você?
E se o que você quer não acontece agora, o que está esperando?
Os ciumentos não querem ser traídos, e aí perseguem.
Os medrosos não querem perder, e aí não vivem.
Os valentões não querem ser agredidos, e aí agridem.
Os dedicados, não querem ser desrepeitados, mas se submetem a tudo.
Os preguiçosos não querem ter trabalho, mas dão trabalho aos outros.
Os perfeccionistas não querem ser criticados, mas criticam os outros.
Quando vivemos focasos no que não queremos, nos tornamos mais algozes do que mocinhos em nossa própria história.
Aproveita hoje para se dedicar ao que você quer e a planejar atentamente o que precisa mudar para conseguir.
Não adianta sonhar com um carro sem carteira de motorista.
Com casamento sem relacionamento.
Com trabalho, sem dedicação.
Com conhecimento sem estudo.
Com amor, sem dor.
Com a vida, sem riscos.

O medo.
Qual a forma do medo?
Nenhuma e todas.
Por não possuir uma forma definida, pode assumir qualquer forma.
Já nascemos com medo?
Não, nascemos com a capacidade de sentir medo, mas o medo ele é uma articulação.
Articulação do quê?
Podemos pensar, para ilustrar, no medo em camadas, apenas para exemplificar que o medo é algo desenvolvido.
A origem do medo é sensorial, começa com o desconforto.
Desconforto em sentir fome, sede, dor e sono.
Com o avançar do desenvolvimento aprendemos que este desconforto pode ser apaziguado. Para a fome e a sede, alimento, para o sono, domir e para a dor?
Para a dor, amor.
A dor é parcialmente desfeita pelo colo, abraço, aconchego e claro, alguns medicamentos, mas que ainda não fazem sentido para um universo infantil.
Registramos apenas que abraço cura, beijo alivia, amor cura.
Com isso, podemos pensar que temos a origem do medo e do amor, um existindo em relaçao ao outro?
E aí desenvolvemos a primeira camada do medo, entre a dor e o amor, o medo.
O medo da dor, da fragilidade, do desamparo.
1 camada - medo da vulnerabilidade.
Ausência da mãe ou do pai, sozinho no berço, no colo de um estranho.
2 camada - medo sem forma.
Bicho Papão, Boi da Cara Preta, Monstro do Armário, ou em baixo da cama, Homem do Saco...
Seres sem forma descritiva, que assim podem facilmente representar o medo da dor, da fragilidade que somos e revelar a nossa vulnerabilidade.
3 camada - medo amoroso.
Ser esquecido, abandonado, mal-visto, criticado em especial pelos pais. Medo de perder o amor do outro, de ser trocado.
4 camada - medo racional.
Após ter vivenciado ou assistido algum assalto, receio de passar em um lugar deserto, medo de um tiroteio, prevalecendo a iminência do perigo e pontual, diante de um ocorrido ou de algo que está para ocorrer. Receio de algo real que oferece risco real.
5 camada - medo irracional.
Medo de barata, medo de trovoada, medo de escuro, medo de gato, medo de cachorro (independente do seu porte ou ferocidade), medo de ficar em casa sozinho. Medos que são recorrentes e que são apazoguados com medidas pouco eficientes, como falar ao telefone enquanto está sozinho. E são objetos sem risco efetivo.
O medo busca sempre um objeto no qual ele possa ser representado, porém, o medo não é do objeto. Não é medo do avião, medo da barata, medo do Bicho Papão... É medo do que estas coisas representam, por isso todo medo é uma articulação das diversas camadas, mas que possui uma raiz, o medo da dor e da própria finitude, tanto quanto ser vivo, como ser social. Cair em uma vergonha pública para alguns é a morte...
Fora o medo do medo, que paraliza.
E também os medos que não sabemos, ou não percebemos, mas que estão sendo utilizados para nos boicotar, desistir de um trabalho, de um relacionamento, ou de uma ideia.
E este medo se disfarça de crítica.
O desemparo inicial, que se enrosca em diversos nomes e precisa ser encarado, para que cada um, em sua singularidade, possa desvendar as suas próprias articulações, e assim colocar o amor (vontade) maior que o medo.
Todos tem medos, eles só não precisam ser maior que você.

A importância das relações desnecessárias.
O campo da necessidade, é o campo da sobrevivência, é nele que nosso corpo funciona nos primeiros meses de vida.
Precisamos de aquecimento, alimento, precisamos dormir, e nos higienizar.
No entanto, nesse período não temos condiçoes de fazermos isso por nós mesmos, e o outro é necessário.
Alguém que nos alimente, nos aqueça, vigie nosso sono, nos limpe e seja nosso porta-voz, alguém que nos comoreenda e decifre nosso desespero
O outro é necessário, se não morreríamos nesse período.
Mas ao avançar do tempo e do desenvolvimento, começamos a ser capazes de nos posicionar, pedir e e conseguir o que precisamos.
E começamos uma travessia por um campo nebuloso, do querer.
Querer nem sempre é precisar, posso querer o desnecessário.
Posso querer o travesseiro do desenho animado, a bota do super-herói, a mochila da princesa.
Quanta coisas podemos querer sem precisar.
E outro?
O outro também é atravessado, e elevado à este novo campo.
O outro passa a ser querido, ele não é cabe mais no campo da necessidade, ele me quer e eu também o quero, nos queremos.
Mas querer não é poder, e então o medo vem.
E se o outro não me quiser mais?
Talvez ele ainda precise de mim... É, é isso, vamos voltar algumas casas e manter o jogo no precisar. Assim, o outro precisa de mim e eu preciso do outro e a gente não se larga mais.
Mas que chato, tudo o outro me pede, o outro não me larga, não me deixa sair sozinho, me segura, me aperta e me sufoca.
Mas não foi você que escolheu este modo de viver?
Claro que não, eu só queria alguém de verdade, alguém que eu tivesse certeza que gostasse de mim.
Esse é o problema, só temos certeza das nossas necessidades, mas das nossas vontades jamais.
Um querer só pode ser sabido, após sua realização.
Só depois posso confirmar minha aposta, antes não.
Não posso escolher alguém pela certeza de seu amor por mim, mas posso escolher alguém pela ousadia e a coragem de amá-la.

Um olhar debochado.
Levar a vida a sério é muito importante.
Ter responsabilidade, prever algumas consequências, se colocar no lugar do outro para buscar não ser tão insensível, são algumas condições para uma vida organizada.
Mas, pode economizar no drama.
É, economiza, essa história de arrancar os cabelos, de ficar desesperado por algo que alguém disse sobre você, ou o temor de ser mal-visto, não está ajudando.
Em primeiro lugar, você em algum momento foi, é ou será desagradável, chato mesmo, inconveniente bêbado ou sóbrio...
Em segundo lugar, o Aécio.
Em terceiro lugar, você vai ser mal-compreendido, vai fazer um enorme esforço para dizer palavras doces e alguém vai distorcer tudo...
4° (abreviando por preguiça), você não é uma pesso boa. Não, não... Esse papo de querer o bem, ajudar o próximo, não desejar mal a ninguém é um conto, bonito, mas mentiroso. Você vai ter momentos em que vai desejar enforcar alguém, dizer alguns palavrões e até vai conseguir, mesmo que se arrependa depois.
5° Você pode amar o que faz, mas sempre espera alguma coisa. E você pode dizer que estou sendo radical, mas é isso. Você quer um dinheirinho, um olhar de respeito ou admiração, um aplauso ou aquele elogio gostoso.
6° A vida é injusta, isso, a vida é injusta e você pode fazer o que for que em algum momento vai dar merda.
7° Seus pais te amam, mas não o tempo todo. Assim como você ama seus pais ou aquele amiguinho chato, mas se pudesse tirava férias da relação de vez em sempre.
8° Não vai adiantar ganhar muito. Se sua meta é achar um trabalho que te dê muito dinheiro, você está assumindo um enorme risco de viver mal. Aff, mas qual o problema em ganhar dinheiro?
Nenhum, o problema está em fazer do dinheiro o objetivo e não consequência de um trabalho bem realizado.
E ter dinheiro não é ganhar muito, mas sim gastar com coisas que valham a pena para você.
9° Facebook é para postar coisas alegres, momentos bons e gestos de carinho sim. É óbvio que ninguém vive somente disso, mas as tristezas e angustias você conta pessoalmente para um amigo ou me ligue para agendarmos uma consulta.
10° Rir da vida e com a vida, a deixa mais leve e mais suportável, encontre pessoas que não alimentem seu drama, mas sim sua alegria. Até porque, no final todos morrem... Rsrsrsrs
Bom dia.

Parece que a Vaca teve bronquite e para respirar melhor foi pro brejo, mas não pára de tossir.
Por azar encontrou uma Cobra com dependência química, que se livrou do crack, pois é possível vencer, mas não pára de fumar.
O veterinário cubano tentou ajudar, mas chamou mais médicos pra auxiliar, que aguardam a chegada de equipamentos para poder examinar.
O Jegue sabido de economia não conseguiu vaga para trabalhar no mercadinho, decidiu mudar e fazer um cursinho.
Agora trabalha de guia turistico, carregando no lombo meia duzia de gringo.
Foi ideia da Cigarra, que é amiga do Bicho Preguiça, da Tartaruga e do Tatu.
Estão sempre falando de se encontrar em algum evento, mas não são bons em macar nenhum.
O único que chama é o Tatu, mas é sempre pra uma furada.
São colegas de partido o PN-Partido da Natureza, defendem o direto dos bichos e se encontram sempre em protestos e manifestações, discutindo a noite toda até varar a madrugada.
Quem mais trabalha é a Formiga, o ano inteiro na chuva e no sol, atualmente só no sol.
Acorda cedo e dorme tarde, carregando até 10 vezes o seu peso para alimentar a macacada.
Cansada e com poucos direitos, até reclama com a Cigarra que canta o dia inteiro pra causar inveja nas recalcadas.
Até falaram que iam ajudar, fazer túneis e ponteis e que a vida ia melhorar.
Mas agora tão sem jeito, reclamando da pobre Vaca, já se esparramaram no leite, mas agora não sai mais nada.
E à noite a coisa ta feia, pois os Vagalumes que iluminavam o brejo, agora pedem aumento.
E a água que o Sapo trazia, dele não se sabe faz tempo.
Sem luz e sem água o brejo vai ficando seco.
O Cão que era o vigia, ate rosna e ladra, mas não morde, não corre e não quer fazer nada.
O Canguru que veio passar uns tempos aqui lançou moda com sua Bolsa Família, mas já disse que desse jeito não fica nem na Bahia.
Uma crise ta surgindo, mas ninguém sabe de nada.
Agora o Morcego que é cego já fala que é o brejo que tem vivido de cabeça virada.
Vamos ver se tem auxílio, milagre e salvação.
Pois aproveitar até faz parte, mas se não cuidar o brejo acaba e com ele um sonho de nação.

Redescobrir o valor das vivências ou resignificá-las é o maior tesouro do tempo e o maior desafio do homem.

As vezes a vida cansa;
Como criança que não deseja parar de brincar;
Fico esmagado, moído e exausto;
Querendo um atalho, um caminho menos árido e mais gentil;
Queria uma vida menos criança e mais vó, cheia dengo, doce e risada;
Encaramelada de tanto amor;