Coleção pessoal de AndraVal

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Cantar... cantar...
sem amarras.
O tempo não tarda,
e a morte não poupa
nem os passarinhos
e as cigarras.

Que toda interior fraqueza
transforme-se em oração
e surja uma fortaleza
em minh’alma e coração.

Sou de amar com tal grandeza,
ao ponto de apaixonar.
Mas não se engane, é certeza,
também sei desapegar.

Pelos meus lábios macios
entre os teus lábios molhados,
fluímos feito dois rios:
intensos... inesperados...

No pomar da minha vida
tem vermelhas, amarelas,
verdes frutas desta lida,
matizes mil... aquarelas...

Nas esquinas desta vida,
sobrepujando a razão,
minh'alma sempre valida
as coisas do coração.

Minha essência é tudo que tenho, o resto são ilusões desse mundo

A verdade é VERDADE, mesmo que doa. A mentira é MENTIRA, mesmo que pareça boa...

O silêncio grita estranhas mensagens que vão ecoando pelo espaço, alternando-se entre a sombra e a luz... Até irromper, na alma, a verdade.

E um dia os homens descobrirão que esses discos voadores estavam apenas estudando a vida dos insetos...

A esperança é a flor que desabrocha no canteiro dos sonhos.

Dê-me uma gota de sonho que eu te faço um mar de amor.

O silêncio nos salva das respostas indizíveis

Não é por rudeza que uma rosa tem espinhos.

Atrás de cada olhar há um universo para se desvendar...

O amor verdadeiro é a única chave capaz de abrir a nossa alma e deixar a paz entrar.

VOCÊ É

Você é os brinquedos que brincou, as gírias que usava, você é os nervos à flor da pele no vestibular, os segredos que guardou, você é sua praia preferida, Garopaba, Maresias, Ipanema, você é o renascido depois do acidente que escapou, aquele amor atordoado que viveu, a conversa séria que teve um dia com seu pai, você é o que você lembra.

Você é a saudade que sente da sua mãe, o sonho desfeito quase no altar, a infância que você recorda, a dor de não ter dado certo, de não ter falado na hora, você é aquilo que foi amputado no passado, a emoção de um trecho de livro, a cena de rua que lhe arrancou lágrimas, você é o que você chora.

Você é o abraço inesperado, a força dada para o amigo que precisa, você é o pêlo do braço que eriça, a sensibilidade que grita, o carinho que permuta, você é as palavras ditas para ajudar, os gritos destrancados da garganta, os pedaços que junta, você é o orgasmo, a gargalhada, o beijo, você é o que você desnuda.

Você é a raiva de não ter alcançado, a impotência de não conseguir mudar, você é o desprezo pelo o que os outros mentem, o desapontamento com o governo, o ódio que tudo isso dá, você é aquele que rema, que cansado não desiste, você é a indignação com o lixo jogado do carro, a ardência da revolta, você é o que você queima.

Você é aquilo que reinvidica, o que consegue gerar através da sua verdade e da sua luta, você é os direitos que tem, os deveres que se obriga, você é a estrada por onde corre atrás, serpenteia, atalha, busca, você é o que você pleiteia.

Você não é só o que come e o que veste. Você é o que você requer, recruta, rabisca, traga, goza e lê. Você é o que ninguém vê.

Todos os grandes e pequenos momentos,
feitos com amor e com carinho,
são pra mim recordações eternas.
Palavras até me conquistam temporariamente...
Mas atitudes me perdem ou me ganham para sempre.

Sou como você me vê... posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania, depende de quando e como você me vê passar... suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato... tenho uma alma muito prolixa e uso poucas palavras, sou irritável e firo facilmente. Também sou muito calma e perdoo logo.
Não esqueço nunca. Mas há poucas coisas de que eu me lembre... Tenho felicidade o bastante para ser doce, dificuldades para ser forte, tristeza para ser humana e esperança suficiente para ser feliz. Não me deem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração. Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, por que sinceramente sou diferente. Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma para sempre... Sou uma filha da natureza: quero pegar, sentir, tocar, ser.
E tudo isso já faz parte de um todo, de um mistério.
Sou uma só... Sou um ser… a única verdade é que vivo.
Sinceramente, eu vivo.

Há impossibilidade de ser além do que se é – no entanto eu me ultrapasso mesmo sem o delírio, sou mais do que eu quase normalmente –; tenho um corpo e tudo o que eu fizer é continuação de meu começo. (...)

A única verdade é que vivo. Sinceramente, eu vivo. Quem sou? Bem, isso já é demais...