Coleção pessoal de FilosofoIgnorante

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Ignoro uma alma que não posso ver, ou outro um ser que só vejo nos livros mal escritos - apenas desta maneira sinto-me normal.

Deus, o eterno mito

Deus! Bastaria a ti mesmo
Para que o homem?
Deus! Bastaria o homem
Para que a mulher?
Deus! Bastaria a mulher
Para que a Serpente?
Deus! Bastaria a Serpente
Para que os frutos?
Deus! Bastaria o fruto do bem
Para que o do mal?
Deus! Bastaria o fruto mal
Para que a tentação?
Deu! Bastaria a tentação
Para que o imperdão?
Deus! Bastaria a vida
Para que a morte?
Deus! Bastaria o mundo
Para que este inferno?
Deus! Bastaria este inferno
Para que outro?
Deus! Bastaria tua semelhança
Para que a minha?
Deus! Basta-te como eterno mito

Angustiado bradei meu brado
Ao infinito gritei meu grito
Que o silêncio acolheu
Sendo então o nada-ali
Resignadamente me calei

Eu posso ser...
Tenho que me reinventar diante das urgências da vida e isso impede minha acomodação em um só invento de mim mesmo. Minha própria essência obriga-me a ser algo multifacetado diante das reações absurdas da vida e da morte. É só assim que nessa angústia por querer ser, ajusto-me à minha presença aqui, e sou um em mil possíveis.

Oh! Infelizes! Nem ainda humanos somos e já gananciamos ser como os anjos! Que anjos?

Uma mente que não mente, eis a razão para um corpo são.
Mas, a mente mente?

Seja venerada a verdade, e nada duvidoso seja à ela atrelado.

Angustiado gritei
Ao infinito ecoei meu grito
que o nada acolheu

Morreríamos em lugar de nossos filhos - eis o amor maior do mundo. Porém, deveria existir um mundo onde isso jamais fosse preciso.

Após nutrir-me das rosas da ilusão, tento em desespero, não resignar-me à mentira.

O imenso amor que sinto por você, concede-lhe alegremente o direito de me deixar.

Nada é tão humilhante quanto implorar o amor de outro.

Penso, logo existo - porém mais que depressa duvido disso, e me invento.

Nada é nada, logo nada existe. Além disso há apenas invenções.

No dia em que sentires o nada que és, te tornarás filósofo e saberás inventar a vida que nunca tivestes.

Podemos criar um maravilhoso mundo novo, ou este já o é?

Não sou um ser desprovido da faculdade de crer, apenas valho-me do direito de descrer do duvidoso.

A humanidade ainda não é humana; será que nunca será?

Quando eu vir a luz e à ela vier, devo retornar à Caverna para libertar meus ex-pares da escuridade.

O direito à liberdade não se mendiga através da ignorância, mas se conquista através do conhecimento.