Casa

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Casa Arrumada

Casa arrumada é assim:
Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz.
Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário de novela.
Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas...
Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo: Aqui tem vida...
Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar.
Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.
Sofá sem mancha?
Tapete sem fio puxado?
Mesa sem marca de copo?
Tá na cara que é casa sem festa.
E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.
Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.
Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante,
passaporte e vela de aniversário, tudo junto...
Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda.
A que está sempre pronta pros amigos, filhos...
Netos, pros vizinhos...
E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca ou namora a qualquer hora do dia. Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.

Arrume a sua casa todos os dias...
Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela...
E reconhecer nela o seu lugar.

"A vida é uma pedra de amolar; desgasta-nos ou afia-nos, conforme o metal de que somos feitos."
(George Bernard Shaw)

Lena Gino

Nota: Trechos do poema têm vindo a ser erroneamente atribuídos a Drummond.

Alimenta teu cão e ele guardará tua casa;
faz jejuar teu gato e ele te comerá os ratos.

[=As pessoas são diferentes e devem ser tratadas de modo diferente.]

Antes de examinar a casa (para comprar), examina os vizinhos.

O lar é onde o coração cria raízes.

Venha quando quiser, ligue, chame, escreva - tem espaço na casa e no coração, só não se perca de mim.

Antes de começar o trabalho de modificar o mundo, dê três voltas dentro de sua casa.

(...)
se você tem pai;
se você tem mãe;
se você tem uma casa;
se você tem uma comida na mesa;
se você tem uma cama limpinha, quentinha;
se você tem saúde;
se você enxerga;
se você escuta;
se você se supera;
se você erra e aprende com seu erro... Aí você é feliz! Aí você tem tudo! Porque
dinheiro e sucesso, não compra tudo não...
O dinheiro compra muita gente, mas não compra tudo não, está ligado... Então, quero que vocês entendam, que o melhor que a gente pode ter na vida, são as coisas básicas: é a nossa saúde, é a família, é um amigo, é um lugar pra viver, está ligado...
É ter no que acreditar, é viver em função de um sonho... Eu tenho uma alma, que é
feita de sonhos...

Convite à Loucura

A loucura resolveu convidar os amigos para tomar um café em sua casa.
Todos os convidados foram.
Após o café, a loucura propôs:
- Vamos brincar de esconde-esconde?
- Esconde-esconde? O que é isso?, perguntou a curiosidade.
- Esconde-esconde é uma brincadeira. Eu conto até 100 e vocês se escondem. Ao terminar de contar, eu vou procurar e o primeiro a ser encontrado será o próximo a contar.
Todos aceitaram, menos o medo e a preguiça.
- 1,2,3..., a loucura começou a contar.
A pressa escondeu-se primeiro, num lugar qualquer.
A timidez, tímida como sempre, escondeu-se na copa de uma árvore.
A alegria correu para o meio do jardim. Já a tristeza começou a chorar, pois não encontrava um local apropriado para se esconder.
A inveja acompanhou o triunfo e se escondeu perto dele debaixo de uma pedra.
A loucura continuava a contar e os seus amigos iam se escondendo.
O desespero ficou desesperado ao ver que a loucura já estava no 99.
- 100!, gritou a loucura. Vou começar a procurar...
A primeira a aparecer foi a curiosidade, já que não agüentava mais querendo saber quem seria o próximo a contar.
Ao olhar para o lado, a loucura viu a dúvida em cima de uma cerca sem saber em qual dos lados ficar.
E assim foram aparecendo a alegria, a tristeza, a timidez...
Quando estavam todos reunidos, a curiosidade perguntou:
- Onde está o amor?
Ninguém o tinha visto. A loucura começou a procurá-lo.
Procurou em cima da montanha, nos rios, debaixo das pedras e nada do amor aparecer.
Procurando por todos os lados, a loucura viu uma roseira, pegou um pauzinho e começou a procurar entre os galhos, quando de repente ouviu um grito.
Era o amor, gritando por ter furado o olho com um espinho. A loucura não sabia o que fazer.
Pediu desculpas, implorou pelo perdão do amor e até prometeu segui-lo para sempre.

Moral da história:
O amor aceitou as desculpas e é por isso que hoje e em todo o sempre, o amor é cego e a loucura o acompanha sempre.

"Eu tenho fantasias demais para ser uma dona de casa. Acredito que eu sou uma fantasia."

Mas de que adianta sair para festa e voltar para casa sempre com o coração vazio?

Minha casa está nos céus. Eu estou apenas viajando por este mundo.

Os problemas continuarão lá quando voltarmos para casa.

Também na minha casa, hoje, nenhuma cadeira continua como estava ontem, pois eu já não sou o mesmo.

Mente é casa que não tem paredes, mas nos acostumamos a viver como se tivesse. E, não é raro, passamos temporadas no cômodo mais apertado.

- Você trouxe um lobo para minha casa?
- Trouxemos um alfa.

Os patos de Rui Barbosa

Diz a lenda que Rui Barbosa, ao chegar em casa, ouviu um barulho estranho vindo do seu quintal. Chegando lá, constatou haver um ladrão tentando levar seus patos de criação. Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar pular o muro com seus amados patos, disse-lhe:
- Oh, bucéfalo anácrono! Não o interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é para zombares da minha elevada prosopopéia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com minha bengala fosfórica bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à quinquagésima potência que o vulgo denomina nada.
E o ladrão, confuso, diz:
"- Dotô, eu levo ou deixo os pato?"

Tem um aviso na porta do meu coração: Quem não dança conforme o ritmo da casa, não perca tempo tocando a campainha.

A gente arruma a casa,
organiza as gavetas, mas o
coração continua assim,
todo revirado...

E nós que morávamos um no outro, ficamos sem casa. Perdoe a falta de abrigo, é que agora eu moro no caminho.

Caso
Não
Tenha
Casa
Eu
Caso
E viro
Casa
E você
Mora
Em mim.