Avó

Cerca de 587 frases e pensamentos: Avó

- Já dizia meu avô "ande sempre com a pessoa que é maior que você, nunca com quem é menor que você."
(Gilmar Brito do Amaral)

Inserida por GiovaniPereira

Acho engraçado quando sempre dizem das pessoas: "Ela é igual ao pai (mãe, avó, avô, irmão, tio, tia, sobrinha, sobrinho, vizinho, seja quem for) dela". Não é igual não. Ela é igual a ela e somente isso. Mesmo que o comportamento seja parecido, as motivações não são as mesmas. Somos únicos, ninguém é igual a ninguém.

Inserida por swamipaatrashankara

Minha avó chora.

Antes ela não chorava, mas de dois anos pra cá, desde que precisou sair da sua casa, ela chora. Por diferentes motivos, mas um dos motivos causadores de choro recorrente da minha avó, em seus quase noventa anos, era exibição de reprise do programa Viola Minha Viola.
Minha avó chorava dizendo que a Inezita estava doente, que não estava bem para gravar o programa, por isso estavam passando reprise. Explicávamos que era Natal, Páscoa, Ano Novo, que Inezita estava de férias. Não adiantava, minha avó sofria por Inezita não estar ali, ela tinha medo do inevitável. Até eu estava ficando com medo de quando acontecesse. E aconteceu.
Inezita era a motivação de vida da minha avó, porque ela era idosa e cantava, sorria, estava na televisão, com tudo. Se Inezita poderia fazer um programa usando fralda geriátrica a minha avó, com suas fraldas poderia fazer tudo. Não tinha outro programa para minha avó no horário da Inezita.
Minha avó está chorando desde que recebeu a notícia, quando pensamos que ela se acalmou, as lágrimas estão caindo de novo. Eu tento dizer algo para consola-la, escuto seu choro e tento não perder nenhuma das suas palavras: "A única coisa que eu tinha era ela, agora eu não sei o que vai ser, era um costume de muitos anos. Tem alguma coisa muito errada, não tem mais novidades, só temporal, não sei se é muita gente, muito cimento em cima da terra... Eu não sei, eu fico imaginando… Tentando saber o que vai ser... Só sei que eu não queria que a Inezita tivesse ido embora".

Inserida por LucianaMariaTicotico

Há muito tempo, quando eu ainda era uma criança, perguntei para o meu avô qual o motivo de existir pessoas boas e pessoas ruins no mundo.
Ele deu um sorriso sarcástico que apenas ele sabia dar, e me deu um exemplo de duas pessoas vindo de encontro com a outra em uma calçada bem estreita, onde uma teria que parar para ceder algum espaço para a outra passar.
Meu avô disse que se as duas pessoas fossem ruins, ambas não passariam, pois nenhuma das duas pessoas estaria disposta a ceder algum espaço para a outra, e acabariam apenas brigando. Se as duas pessoas fossem boas, ambas também não passariam, pois as duas pessoas estariam dispostas a ceder o espaço para a outra passar, e dariam início a uma competição eterna de quem era a mais generosa. Se uma pessoa fosse boa e a outra pessoa fosse ruim, ambas passariam, pois a boa cederia o espaço e a ruim não hesitaria em passar.
E finalizando, ele me disse que é assim que o mundo segue, e que eu deveria aprender a conviver com isso, escolhendo um dos caminhos, o bem ou o mal.

Inserida por JULIANMAMORUIWASAKI

Reflexão diária 21/11/2016

A caixa

Em uma fazenda moravam seu avô e seu neto e no celeiro desta fazenda havia uma caixa velha e empoeirada, e o menino por sua vez vivia a indagar o que havia naquela caixa que nunca fora aberta. Então já em seu leito de morte o avô chamou ao neto e lhe falou ao ouvido tudo que tem nesta fazenda agora pertencerá a você inclusive a velha caixa. Então após sua morte o jovem correu e foi direto abrir a caixa e para sua surpresa havia um simples bilhete que dizia, esta caixa está em nossa família a muitas gerações, esse foi o modo que nossos antepassados encontraram para nos ensinar que tudo tem seu tempo e a hora de Deus não a nossa.

Inserida por Alevillela

Ser avó ou avô é ver que as sementes plantadas conseguem germinar e gerar outras mudas na continuidade da vida.

Inserida por Jaderamadi

Carta ao Meu saudoso avô, falecido em seu centenário.

Seu Antonio,

Seria muito simples dizer na data de hoje “Feliz aniversário ou Parabéns por mais esta data” o Sr. Não acha?
Afinal não são poucas as vezes que o Sr. Tem ouvido isso, são 94 anos que esta data nos orgulha.
Abençoado aquele 15 de janeiro do ano de 1913, que trazia ao mundo uma estrela a ser admirada e amada e respeitada. Hoje comemoramos mais, bem mais, que um aniversário. Hoje nós aprendemos que viver sem amarguras, sem rancores nos leva a longevidade e o Sr. nos mostra a cada dia que isto é possível, que perdoar aos outros é perdoar nossos sentimentos e com isto a nós mesmos.
Sua vida nos prova que guardar rancores e amarguras significa envelhecer mais que as rugas causadas pelo castigo do tempo, aliás, aprendi com o Sr. que o tempo deve nos deixar saudade, pois só sentimos saudades das boas coisas da vida.
Então, seu Antônio, ao invés de usar os velhos clichês de Feliz aniversário ou Parabéns; prefiro agradecê-lo por todos os ensinamentos que ainda temos recebido através de sua experiência e sabedoria.
Gostaria de agradecer a DEUS pela oportunidade que me deu de tê-lo como avô, ao tempo por me dar tempo para que eu pudesse entender aos seus ensinamentos.

Embora eu esteja ausente gostaria de pedir que todos os presentes o aplaudissem e o fizessem com orgulho, como se tivesse aplaudindo uma ópera de Verdi.
Deixo um grande e carinhoso beijo, e não tenho como deixar de me render ao velho clichê.

FELIZ ANIVERSÁRIO SEU ANTÔNIO

Marcos Antonio vieira da costa
Manaus, 15 de janeiro de 2007

Inserida por BluesMarcos

A gente é pai ,filho,neto e avô.
Nesta data tão especial gostaria de fazer uma homenagem a um cara que hoje não esta entre nós mais é a minha referência meu avô Eulpido Luiz Camilo obrigado por tudo se hoje sou este homem de caráter e índole tenho que agradecer ao espelho. Tenho certeza que o espelho não vai se quebrar.

Inserida por ronaldoz

minha querida avó Anna Maria Peres Sanches Marin Sevilha

Tinha dois olhos azuis...que me cercavam..
Às vezes eu me lembro daquele olhar...
Me quebravam, de saudade eram de tão belos..
mesmo zangada, ela sorria com os olhos.!
Chamando atenção!

..

Inserida por ssolsevilha

MEU AVÔ
A morte nos ensina muito. Ver a morte se apossando lentamente de alguém, é um aprendizado sofrido, eu diria. É como se Deus, ou quem quer que seja, escancarasse na nossa frente, a nossa fragilidade perante o mundo, perante tudo. Aprendi muito com meu avô e sua espera da morte. Meu vô Zé, um lindo senhorzinho que se foi a pouco tempo. Aprendi com ele e na verdade, aprendi sobre mim e sobre todos. Por que estamos todos à espera da morte. Estamos todos sentados em cima de uma cama, esperando a morte chegar. O que nos diferencia, é como esperamos esta morte. Por que é certo, é definitivamente certo que ela virá. E nos cobrirá os olhos com seu manto negro. Somos todos mortais. E de uma hora pra outra, ser mortal parece uma afronta.
Risível. Sim, é de rir. É de rir, nos ver afrontados com o divino pela morte. Vê-la nos olhos de outra pessoa e agir com ira e insanidade. Por que? Alguém sempre pergunta. E outro responde: Por que é injusto! Embora, ninguém nos tivesse dito, que seria o contrário.
A morte nos aproxima dos nossos, nos une, nos fragiliza e nos fortalece ao mesmo tempo. Uma grande ironia. De certo isto foi pensado por um ser maior? Por Deus? Quem responderia estas perguntas? Quem poderia nos dizer como e quais caminhos e que ventos nos levam à morte? E quais os motivos? E se devem haver motivos?
Sei que nos olhos de minha família, houve tamanho sofrimento. Muito sofrimento. Por que aquele que gostaríamos de ter conosco, teve que ir. Esta dor transforma. Une. Mesmo que as relações antes, estivessem rompidas, trincadas. A morte, esta vilã, uniu, transformou. Que ironia, isto tudo.
Pra mim, viver é uma grande ironia. E a morte a única certeza.

Inserida por giselleconfidenti

No tempo da minha avó e no tempo da minha mãe. Mas e o meu tempo onde está? No tempo da minha avó era o tempo do sacrifício. Imagine só, passar roupa com ferro de brasa, pegar água da bica para tomar banho e lavar louça, lavar roupa no rio... que sofrimento! Mas eu acho que era gratificante, pois naquele tempo as moças eram muito prendadas, as crianças se divertiam com brincadeiras mais saudáveis, pula-pula, amarelinha, pega-pega e muitas outras. Elas se exercitavam com essas brincadeiras. Mas hoje em dia está difícil só praticamos brincadeiras eletrônicas que só deixam a gente engordar. No tempo da minha mãe eu gosto de ouvir de quando ela era criança, ela dizia que gostava de ir na casa da tia Irene que morava na fazenda, ela fala que se divertia muito com suas primas. Aprendeu a andar de bicicleta e quase atropelou a tia Irene no terreiro da fazenda. Quando ela tinha uns 5 anos mais ou menos um porquinho comeu seu copinho de canudo e ela chorou muito. E agora no meu tempo é muita modernidade, tem água na torneira, tomo banho de água quente no chuveiro, a roupa é lavada na máquina e o ferro é elétrico. Agora eu penso: “Quanto sofrimento elas tiveram,mas de uma coisa eu tenho certeza, elas foram muito felizes.” 15.11.08

Inserida por feermunizs

eu amo meu pai perde uma grande pessoa da minha vida meu avo mas eu sei que ele esta no ceu

Inserida por weslei2008

Um homem antes de ser Pai, deveria ser Avô

Inserida por coelhinhoII

“AVO RAINHA”

Ao topo da serra da Borborema,
Encravada no meio de tantas belezas
Formosa está eu.

Gentil, pacata e hospitaleira.
Aberta aos que me visitam
Com orgulho a recebê-los.

Amando-os, mesmo sem os conhece-los.
Sempre sou correspondida,
Por aqueles que me visitam.

Todos se apaixonam por minhas belezas.
Amo a todos e sou amada por todos.
Que mais? Para ter orgulho de rainha.

Sou Veneza paraibana
A natureza assim me fez.
Bela hostil e hospitaleira.

Com honradez ostento a coroa
Da paz, da fraternidade e harmonia.
De rainha do Vale do Sabgy

Amo tanto o sabugy,
Do pedestal de rainha.
Sinto-me mão ou mesmo avó
Daquelas que se desgarraram
Pra terem suas próprias belezas.

Inserida por noaldomachado

Avó é mãe com doçuras!

Inserida por kadinie

ESSA NEGRA FULÔ

Ora, se deu que chegou
(isso já faz muito tempo)
no banguê dum meu avô
uma negra bonitinha
chamada negra Fulô.

Essa negra Fulô!
Essa negra Fulô!

Ó Fulô! Ó Fulô!
(Era a fala da Sinhá)
— Vai forrar a minha cama,
pentear os meus cabelos,
vem ajudar a tirar
a minha roupa, Fulô!

Essa negra Fulô!

Essa negrinha Fulô
ficou logo pra mucama,
para vigiar a Sinhá
pra engomar pro Sinhô!

Essa negra Fulô!
Essa negra Fulô!

Ó Fulô! Ó Fulô!
(Era a fala da Sinhá)
vem me ajudar, ó Fulô,
vem abanar o meu corpo
que eu estou suada, Fulô!
vem coçar minha coceira,
vem me catar cafuné,
vem balançar minha rede,
vem me contar uma história,
que eu estou com sono, Fulô!

Essa negra Fulô!

“Era um dia uma princesa
que vivia num castelo
que possuía um vestido
com os peixinhos do mar.
Entrou na perna dum pato
saiu na perna dum pinto
o Rei-Sinhô me mandou
que vos contasse mais cinco.”

Essa negra Fulô!
Essa negra Fulô!

Ó Fulô? Ó Fulô?
Vai botar para dormir
esses meninos, Fulô!
“Minha mãe me penteou
minha madrasta me enterrou
pelos figos da figueira
que o Sabiá beliscou.”

Essa negra Fulô!
Essa negra Fulô!

Fulô? Ó Fulô?
(Era a fala da Sinhá
chamando a Negra Fulô.)
Cadê meu frasco de cheiro
que teu Sinhô me mandou?

— Ah! foi você que roubou!
Ah! foi você que roubou!
O Sinhô foi ver a negra
levar couro do feitor.
A negra tirou a roupa.
O Sinhô disse: Fulô!
(A vista se escureceu
que nem a negra Fulô.)

Essa negra Fulô!
Essa negra Fulô!

Ó Fulô? Ó Fulô?
Cadê meu lenço de rendas
cadê meu cinto, meu broche,
cadê meu terço de ouro
que teu Sinhô me mandou?
Ah! foi você que roubou.
Ah! foi você que roubou.

Essa negra Fulô!
Essa negra Fulô!

O Sinhô foi açoitar
sozinho a negra Fulô.
A negra tirou a saia
e tirou o cabeção,
de dentro dele pulou
nuinha a negra Fulô

Essa negra Fulô!
Essa negra Fulô!

Ó Fulô? Ó Fulô?
Cadê, cadê teu Sinhô
que nosso Senhor me mandou?
Ah! foi você que roubou,
foi você, negra Fulô?

Essa negra Fulô!

Jorge de Lima
Jorge de Lima: melhores poemas. São Paulo: Global, 2013.
Inserida por eduardarocha

XT não tem placa mãe, tem placa avó.

Inserida por nathyalves

meu avô materno tocava ocarina
um pedaço de barro que soa como um oboé
por mais que tentasse
nunca consegui imitá-lo
tocar ocarina foi meu primeiro de sucessivos fracassos

Inserida por camargoeb

Sou o que seria não fosse o que sou
De mim sou filho, pai, neto e avô
Mudo, fico: às vezes “e” às vezes “ou”.

Inserida por DaniloZimb

A chácara e a avó

Ontem, 09-08, dia dos pais, fui à chacará em Pirituba. Nem de longe se parece com aquela chácara daqueles bons tempos de infância. Tá certo, as coisas mudam, mudam muito mais do que poderia imaginar ou desejar. Tem os seus pontos positivos e negativos. Olho ao redor, não vejo mais o verde que alegrava meus finais de semanas, não vejo aqueles babuzais dos tempos de pipas, não vejo nas a jaboticabeira com sua generosidade trasmudada em frutos. Ah, sim, aquela jaboticabeira...que às vezes debaixo dela eu ficava para descansar, ou que por vezes subia para olhar de um lance só toda a chacara. Já não existe mais. Somente na alma, em um tempo onde a traça não pode corroer. Quando cheguei, me deparei com aquela portinha de madeira, que antes era azul e que hoje está pintada de bege. Lembro-me das vezes que chegava, que a minha avó Haydée me esperava, debruçada gritando de lá de cima da casa: "Cado, que saudade de você!" Mas vi que ela não estava lá. Por um momento, parei para esperar que viesse e me recordei que me esperavas na portinha de madeira, por aquele farto café da manhã, com sabor de família, simplicidade, como se estivesse no interior. E realmente estava. O almoço, a tarde conversando, passando a limpo a intimidade em família. Me lembrei que me esperavas no hospital, na UTI para que rezassemos o pai-nosso, a ave-maria, para que horas depois, se despedisse do tempo. E por isso que penso que não basta ser parente, é preciso ser amigo, intimidade que não me mede com palavras, mas com olhares que sabem fazer a leitura de uma alma. Invoco Mario Quintana: "De que me adianta os livros, se ainda não aprendi a ler as pessoas que estão ao meu lado?" A saudade é grande, mas a gratidão também é. A segurança de ter passado na vida das pessoas e ter vivido com intensidade cada momento com elas, é o segredo que preciso aprender cada vez mais. As pessoas também. Não adianta violentar o ser depois que a morte nos ceifa alguém especial e amado. É sintoma de que não houve um aproveitamento qualitativo. O amor no qual amamos as pessoas não nos autoriza transformá-las em propriedade particular. Pelo contrário, ensina-nos que o amor passa pelo crivo da liberdade, mas que deve ser vivo nos detalhes, intensamente, entretanto, as pessoas que amamos não nos pertencem. Indo mais longe, nem a nós mesmos nos pertencemos! Tive a experiência de amar minha avó que não mais encontra-se no tempo. Mas está no meu coração e nas recordações mais lindas que me fizeram ser homem e ser pessoa. O verde pode ser plantado novamente na chácara, mas a ausência dela povoa meu coração, mas não é mais forte do que a certeza de que ela vive no pensamento de Deus!

Inserida por ricardo.ferrara