Biografia de Júlio Dinis

Júlio Dinis

Júlio Dinis (1839-1871) foi um escritor e médico português, o principal representante da prosa de ficção que descobriu os encantos da vida rural.

Júlio Dinis, pseudônimo literário de Joaquim Guilherme Gomes Coelho, nasceu na cidade do Porto, Portugal, no dia 14 de novembro de 1839. Neto de ingleses, Júlio Dinis foi educado sob os moldes da burguesia britânica. Formou-se médico e passou a clinicar na província, mas dedicou-se também à literatura.

Permanecendo no campo a maior parte do tempo, Júlio Dinis recolheu na vida campestre os motivos para sua criação. Seus heróis acham nas paisagens rurais a razão de viver e de amar. O amor é espontâneo e se concentra através de relações puras e ingênuas e não mais concebido de forma absolvente e fatal, como era no ultrarromantismo. Tornou-se o principal representante da ficção campesina em Portugal.

O romantismo foi o gênero cultivado em todos os romances de Júlio Dinis, com exceção de “Uma Família Inglesa” (1868), onde analisa os costumes citadinos do modo de vida inglês como o português. Seu romance de destaque foi “As Pupilas do Senhor Reitor” (1867), que foi adaptado para uma novela televisiva no Brasil. Escreveu também: “A Morgadinha dos Canaviais” (1868) e “Os Fidalgos da Casa Mourisca” (1871). Escreveu ainda, as peças: “Um Rei Popular” (1858) e “Um Segredo de Família” (1860). Seus poemas foram publicados postumamente em “Poesias” (1873). Júlio Dinis faleceu, acometido de tuberculose, na cidade do Porto, Portugal, no dia 12 de setembro de 1871.

Acervo: 14 frases e pensamentos de Júlio Dinis.

Frases e Pensamentos de Júlio Dinis

Um amor bem verdadeiro, uma vida bem íntima com uma mulher, a quem se queira como amante, que se estime como irmã, que se venere com mãe, que se proteja como filha, é evidentemente o destino mais natural ao homem, o complemento da sua missão na terra.

Há aparências de dureza que ocultam tesouros de sensibilidade e de afeto.

Ninguém sabe porque ama ou porque não ama. É uma coisa que se sente, mas que não se explica.

Há poucas coisas tão fatalmente contagiosas como a alegria das pessoas sérias.

As mulheres não podem amar um homem em quem os olhares da mais afectuosa simpatia não insinuam calor ao coração.