Juan Victhor

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⁠Por que renasce tão lentamente pequena rosa? Por que vais tão depressa lua nova? Me balanças à procura de frutos, nada cai de mim; por que mesmo assim ainda insistes em me ouvir?

Inserida por JuanVicthor

⁠Aquilo que me asfixia à alma, que prolonga o meu alento, que mistura os pensamentos, que me tira de viver.

Como o nada pode doer tanto, como aquilo que não se ver posso sentir, como sangra o meu corpo à dentro, sem que eu deixe de existir.

Os olhos vermelhos se escondem atrás de uma lente preta, que culmina toda a dor, que tira a minha verdade, que deixa meu mundo incolor.

Os meus passos nunca mais andaram em silêncio, a todo canto que prossigo posso escuta-los, talvez eu já esteja enterrado, mas ainda não me mataram.

Inserida por JuanVicthor

⁠Me diziam que após decepada, por 20 segundos mantinha-se consciente; até mesmo aquele que a solicitou, não teve após a morte, o fim da dor. Sinto que nossas almas inquietamente arrasta-nos para aquilo que aceitamos impossível, é como se o coração tivesse uma parada cardíaca, mas minha boca por completo ego gritasse, "Parada cardiorrespiratória".

Inserida por JuanVicthor

⁠⁠Até que ponto me chegas com humilhação!? Se faz feio mediante a tua idade,
que de mim não importa nada,
além de fiel e terrível desastre.

Acompanha-te os meus passos,
que há muito tempo me são largos,
tão linda amplitude do teu sorriso,
tão bobo meus olhos em franzidos.

Teu abraço que não me toca,
dói mais que pedir esmola,
pois bondade ainda existe,
e teu "não", calado, já me apavora.

⁠Deslumbro a tua mão que inteiramente é o teu ser, pois sobre elas havia tudo o que eu precisava para ser feliz, mas meu amor... não escolhemos a frequência em que nosso coração a de bater, e se porventura ele se rebelar!? Como poderei fazer com que bata novamente? O teu choque que desperta! e você não tem culpa alguma se eu escolhi morrer.

Inserida por JuanVicthor

O ABANDONO DA LINDA FLOR

Fazia meses que eu não a regava, tão linda era seu brilho que gradualmente se ofuscava na seca do sol.

Ela nasceu no meu jardim! mas eu não a plantei. Certo dia, passou-se perto de minha casa um rapaz que vendo o abandono que eu fizera com a linda flor, fazia questão de rega-la dia após dia para mim. Até que chegou o tão esperado dia que com lágrimas nos olhos decidiu levá-la para sua casa, mas nem ao menos pediu-me permissão, zangando fiquei como nunca.

Ah! Tudo era puro egoísmo, tão infeliz sou eu que não cuidei da flor e não deixo que cuidem dela por mim.

Leve-a jovem rapaz, cuide-a com carinho, enxugue os pés dos teus olhos, pois essa flor já era tua antes de mim.

Inserida por JuanVicthor

⁠Olhar para seus olhos outra vez fora fascinante;
Lhe ter tão perto depois de muito longe é viciante.
O teu sorriso esbanjava tudo que eu precisava, mas há meia-noite o encanto sempre acaba, e acordado de madrugada eu chorava.


A carência me incita todas as dores! Essas afligem o meu corpo e como dói... Já me encontro farto, farto de que tudo nunca se esclareça, farto de amar com prudência, farto de nunca compreender se é amor ou carência.

Não são todos os dias que me recordo de você, mas quando lembro, levanta-se em mim um misto de sentimentos. As pessoas nunca entenderiam o peso das artes simples! A verdade é que a tua cruz desenhada em meu corpo perdura até hoje, e permanecerá tão-somente no meu último suspiro de vida, mesmo que ainda, fisicamente, não tens a mim morto.

Alguns presenciaram a tua pequena arte, mas tão fútil se faz para eles, pois o corpo que fora marcado, pertence a mim. Nunca haverá amor tão lindo. Fissurados por essa leitura poderão até imaginar que escrevi para tal, mas você, a quem escrevo com amor, nunca saberá sobre a dor que expresso nestas palavras.

Inserida por JuanVicthor

⁠Será que um dia minha semente germinará? Tentar entender, é complicado demais. Será que ela não brotará? É isso que penso quando questiono se sou assim por insegurança. Será que um dia encontrarei água? Indago, assim, por esperança, acreditando que a água talvez seja o único elemento que me fará florescer... Mas até quando esperarei em seca?

Inserida por JuanVicthor

⁠Certo dia, fui tomado por um sentimento de amor, por esse motivo prometi a mim mesmo que a primeira criatura que eu avistasse, seria essa a quem doaria o meu amor.

Andando pela casa, encontrei uma lagartixa, vendo-a fui em sua direção com intenção de amor, mas não pude chegar tão perto sem que ela fugisse de mim.

O medo nos faz assim! Se defender sem que haja perigo, e enxergar perigo em intenções de amor.

Inserida por JuanVicthor

⁠Por mais clara que seja a água, você toca.
Por mais transparente que seja o vento, você sente.
Por mais invisível que seja o vidro, você toca.
Por mais que eu tente fugir do nosso amor, você sente.

Inserida por JuanVicthor

⁠Senti o arrependimento no fundo dos teus olhos, a inocência de uma criança assustada, o carinho inesperado e verdadeiro. Te levei aos braços com amor, escutei todas as palavras que agora vinham a tona, tudo parecia se encaixar perfeitamente, mesmo que antes, já sentisse todas essas coisas.

Aceito o teu perdão, me lanço nos teus oceanos, mas se por acaso eu afogue ou me perca no fundo desse mar, saiba que irei me erguer sozinho. As coisas mudam! Agora posso ser peixe.

Inserida por JuanVicthor

⁠Todas as noites me encontrava com as estrelas, esse corpo celeste, esse brilho ensurdecedor. Eu amava desenhar, adorava criar imagens que não passasse de ilusões, me sentia feliz assim. Aos poucos minha vida perdeu a cor, perdeu o brilho, perdeu os firmes traçados pretos... A confusão se estabeleceu em minha mente, mas sempre fora ilusão. Eu não queria mais desenhar. Eu não queria mais cor em minha vida. Eu não queria mais traços marcados. Não era a vida sendo ruim comigo, era eu sendo ruim com a vida. Todas as noites me encontrava com as estrelas. Todas as noites eu podia mudar minha realidade, podia formar desenhos nas estrelas e colori-las em minha imaginação. Eu podia traçar linhas que nunca existiriam, mas era isso, eu não queria. Eu tinha tudo em minhas mãos, mas sempre fui pura ilusão. Talvez a vida não seja ruim comigo, talvez eu fora ruim com a vida.

Inserida por JuanVicthor

⁠Te vi nascer, crescer, e tomar conta da própria consciência. Eu era e ainda sou o seu maior fantasma, aquele que fica ao seu lado sabendo que você não consegue viver sem alguém. Por muito tempo tentei te entender, e a verdade é que de fato não consigo... Não consigo, pois sua aparência me remete as mais belas flores, sua personalidade um vasto jardim, você tem tudo! E por qual motivo você quer tanto ser eu? Porque alguém tão especial quer ser um fantasma!? Talvez a resposta seja a razão pela qual eu ainda esteja aqui.

Inserida por JuanVicthor

⁠Somos fio da mesma roupa, e ainda que estejamos cortados, é impossível te esquecer. Tentar costurar não é mais o suficiente. A máquina, de orgulho se quebrou! Agora, resta apenas eu e você, nós dois debulhados em saudade.

Inserida por JuanVicthor

A SEMELHANÇA DO GELO E A LÁGRIMA

Não sei o tempo que meu coração levará para derreter-se por inteiro, mas até lá tenho plena certeza que sua espera e paciência, certamente findará, e juntos, nunca ficaremos. Enquanto meu coração demora tanto, meus olhos se derretem em lágrimas, não mais físicas, mas internas. Sempre observei que o gelo derretia mais rápido na água, e nunca pensei que poderia acontecer dentro de mim.

Inserida por JuanVicthor

⁠As perguntas me salvam das dores mais trágicas que encontro na caverna. As mais sinceras palavras estavam contigo, e no medo eu pude ver o seu amor. Tal amor não possui malícia, nem ao menos segundas intenções, o teu amor é para o próximo, e antes que eu morresse, a tua pergunta estendeu os meus dias. Você não é Deus, mas a melodia que alcançou teu instrumento também alcançou os meus ouvidos.

Inserida por JuanVicthor

⁠AMAR!? AMAR?


Não consigo decifrar,
a potência em seu olhar,
o sentimento que se oculta nas beiradas,
o amor que na pupila se exala.

Esse sorriso que demora a chegar;
me provoca,
me apavora,
faz dentre mim e você,
surgir uma forte rocha.

E se por acaso for você,
como proceder diante disso?
Como sentir e amar!?
Como se lançar?
Como aceitar que só anseio aquilo que sei não puder ter!?
Afinal, mesmo recíproco a limitação persiste em me satisfazer.

Inserida por JuanVicthor

⁠SEM TI SENTIR

Senti-me assim como eu te sinto pois, sem ti não posso sentir, sentir prossegue além do meu controle, sem ti não posso sentir.

Quero te sentir, mas sei que sem ti não posso sentir, acredito no poder do sentir, mas sem ti não faz sentido.

Sem ti, sentindo o que eu sinto, se torna mais difícil sentir o que eu sinto pois, sem ti não posso sentir. Por que sentir pode doer tanto!? Se sem ti sentir eu nasci.

Inserida por JuanVicthor

⁠Me lembro dos teus olhos,
Recordo-me da cor,
O brilho que reflete em mim,
O toque que não sentir.

Não me entenda da tua forma,
Não me olhe do teu jeito,
Enxergue-me como cor,
esqueça-se por um tempo.

Me dói ser assim,
Me machuca te sentir,
Venha e me quebre por dentro,
Me faça não existir.

O sangue que na veia percorre,
Não deixe se esgotar,
Quero tirar-me de mim,
Mas não pretendo me lançar.

Inserida por JuanVicthor

A nuvem que reconhecia seu valor, não ansiava ser o pássaro livre.

A água que reconhecia sua importância, não desejava ser o mar grande e salgado.

O livro que reconhecia sua riqueza, não cogitava ser o folheto que conhecia várias pessoas.

O espelho que reconhecia seu poder, não almejava ser papel, pois sabia que veria a tua face outra vez.

A "certeza" não pretendia ser o "ou", pois sabia que não precisava se comparar quando se tinha certeza.⁠

⁠A princípio eles eram distantes, mas aos poucos, mesmo rejeitado, a flor insistia no amor do cacto.

Não demorou e ela logo se aproximou; no dia encantado por pouco não beijou, o cacto a tinha machucado, mas a flor insistia no amor do cacto.

Os espinhos com o tempo, fizeram com que a linda flor ficasse presa, e chorando de dor, a flor insistia no amor.

O tempo se passou e o cacto não aguentava mais sentir a flor, à vista disso jogou-a para longe, e a flor machucada ficou.

Era uma flor esbelta e linda, que ao desprender achou-se ferida, aos poucos voltou para casa, foi lá onde jogou suas lágrimas.

As lágrimas caiam e caiam, e a flor a si mesmo regava, com o tempo a linda flor, de novo, já brilhava.

O cacto agora queria a flor, mas sabia que muito havia machucado, o cacto insistia no amor da flor, enquanto a flor refletia seu auto-amor.

ÁGUA

⁠Houve dias que fora líquida, outros, gasosa e alguns, sólida.

A água se adaptava a todos os ambientes, e trazia vida para todos a sua volta, mas a água sendo água não tinha sabor, a água sempre se adaptava.

A água precipitava seu choro em prol das plantas, a água nevava seus medos para que o homem admirasse a beleza, a água não percebia, mas sempre se adaptava.

Um dia a água matou alguém, e sua cor exalava o assassinato, a água pelos homens foi despejada, mas ela sempre se adaptava.

Do que adiantou ser doce e salgada, se para si mesma nunca fora nada; tudo que era, era assim pelos outros, a água não percebia, mas sempre se adaptava...

Inserida por JuanVicthor

⁠Você me contou a única coisa que eu não poderia ouvir, agora me vejo guardando a sete chaves o segredo que me dói a alma. Por certo, sufocarei em minhas confusões, mas jamais contarei sem que antes você exponha ao mundo. Suponho o por que me fui ao teu encontro, por que busquei me afogar em teus olhos, por que insisto andar em círculos, se sou apenas um quadrado.

Inserida por JuanVicthor

CONCHA

⁠Sinto que o teu sorriso para comigo, difere; que o teu olhar se expande no infinito das cores, que você me instiga além do que se faz visível aos nossos olhos.

Não é nada que vemos, é algo que sentimos. Mesmo que tentemos esconder, mesmo que o mundo não saiba disso, mesmo que você ame a outro alguém.

Como poeira na imensidão desse universo, somos grãos da mesma praia. Juntos sofremos; mas quem sabe não seremos, a areia do oceano que se transformou em pérola.

Inserida por JuanVicthor