Josué Maconde
Eu sou a Divisão; Ora quero isso, ora quero aquilo, ora fico sem saber o que querer, eu sou a incerteza. Eu sou a divisão mas também sou a Soma, quero mais e mais e muito mais.
No lugar de tudo isso á um pouco daquilo. Vivemos por tudo isso, e quando acordamos vimos que morremos por nada. Está é a régua e o compasso da vida, mas também temos o lápis em mãos livres, são aqueles que só dormem depois de terem acordado.
Naquele lugar só haviam almas enruguecidas, olhos de dor e bocas muda. No entanto tudo era mudo ali. A alma nova ali, fazia-lhes acreditar, a luz nos olhos dava-lhes esperança o que dá boca saía era novo também. Mas de novo não lhes falara nada.
Desato o que sinto a cada segundo que escrevo, porém não sei se desato-me bem. Farei barulho como os contentores abordo no porto até que de longe ou mesmo de perto ouçam a buzina do navio que chegou e logo se vai.
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Eu sigo contra-marê, velejo o meu barco a vela contra o vento, desmento de tudo e concordo com tão pouco da imensidão do que já vi e ouvi. Eu sou Oásis no deserto, eu sou cidade em imensa mata Amazônica, eu sou você negando ser mim mesmo, eu sou o que não sou porque não sei o que realmente sou.
1minuto de pensamento
A poesia muda conforme os tempos, muda como uma rede lançada ao mar duas vezes; a primeira vez lançada não será como a segunda vez, o seu endereço é o mesmo, de novo ao mar. Mas o que lá encontra não é a mesma coisa. A poesia é diferente conforme os tempos, más o poeta é e sempre será o mesmo conforme o tempo.
1minuto de pensamento
A Ausência cria em nós a vontade de querer o que se ausentou, de precisar o que estava ali, de enxergar o que de perto via-se com enorme facilidade. Quando a ausência deixa de criar ausência aí vem a presença e toma o seu devido lugar entrelaçando-se com a saudade que de tão bom vêm se ali risos e sorrisos de quem não mais sentirá falta. Mas em ti eu não vi nada: não vi risos e também não vi sorrisos. Porquê não te alegras comigo Oh ausência? Já vide várias vezes a saltares e mais saltares por que eu cheguei, hoje não me recebestes como outrora, que mal eu te fiz? Diz logo preciso saber. Cheguei como das outras vezes, alegre e isuberante, saltitante e delicado. E mesmo que me rejeites não deixarei que morra em mim a alegria de te fazer sorrir.
1minuto de pensamento
Não quero ser tu, quero ser eu, deixei-me ser eu! Apenas eu.
Basta apenas que de olhos fechados digas eu te conheço; Hâaa, a vida é muito curta para não ser nossa, para que não seja tua, para que não seja minha. Deixa-me ser apenas eu, com rosas e espinhos, com espada ou com a mão, ser perfeito é mito, ser verdadeiro é prazeroso e digno.
Que os girassóis nos conduzam para onde vai o Sol. E que a nossa vida seja regida de boas acções até aonde o melhor da nossa Natureza pode proporcionar.
Inteligência é algo muito extraordinário, ela é a eterna inocência entre o saber e o compreender. Saber identificar o erro que seja a princípio teu, e compreender a posição, a ocupação do outro... "Compreender que pelo facto de ler um livro e acha-lo difícil, talvez seja eu o limitado, e não o autor do Livro complicado".
E quando tudo estiver absolutamente acessível sem excepção aos automóveis, e quando todos tiverem absolutamente todos os homens e mulheres tiverem caros, hotéis, casas e por ai em diante, e não haja ninguém, apenas ninguém que não possa namorar, ficar ou ate mesmo casar com quem não tenha um bem, porque todos tem, absolutamente todos. Qual será o valor da moça, da irmã, da mãe ou da tia que hoje é exposto á extrema conceituação banal de valores sócias, Morais e até intelectuais?
