Jorge Luis Borges

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É um império
essa luz que se apaga
ou um vaga-lume?

A lua nova.
Ela também a olha
de outra porta.

No deserto
acontece a aurora.
Alguém o sabe.

As ditaduras fomentam a opressão, as ditaduras fomentam o servilismo, as ditaduras fomentam a crueldade; mas o mais abominável é que elas fomentam a idiotia.

O tempo é a substância de que sou feito.

Fica-se enamorado quando se dá conta de que a outra pessoa é única.

A vasta noite
não é agora outra coisa
se não fragrância.

São poucos os políticos que sabem fazer política. Mas, quando um intelectual tenta entrar nesse meio, então é o fim do mundo.

Longe um trinado.
O rouxinol não sabe
que te consola.

Desde aquele dia
não movi as peças
no tabuleiro.

Obscuramente
livros, lâminas, chaves
seguem minha sorte.

Esta é a mão
que às vezes tocava
tua cabeleira.

Disseram-me algo
a tarde e a montanha.
Já não lembro mais.

aqui também essa desconhecida
e ansiosa e breve coisa
que é a vida

O homem está morto.
A barba não sabe.
Crescem as unhas.

A poesia é algo tão íntimo que não pode ser definida.

Calam-se as cordas.
A música sabia
o que eu sinto.

Acho que o escritor deve escrever para a alegria do leitor.

Creio que uma forma de felicidade é a leitura.

A verdade é que morremos a cada dia e nascemos a cada dia.

A ociosa espada
sonha com suas batalhas.
Outro é meu sonho.

Eu não falo de vingança nem de perdão, o esquecimento é a única vingança e o único perdão.

Saber que nos perdemos como o rio;
E que passam os rostos como água.

Inserida por sevatil

Todos os caminham levam à morte. Perca-se.

Crer no amor é ter fé num deus falível.