Biografia de Autran Dourado

Autran Dourado

Autran Dourado nasceu na cidade de Patos, em Minas Gerais, no dia 18 de janeiro de 1926. Viveu seus primeiros anos em Monte Santo e São Sebastião do Paraíso. Em 1940 mudou-se para Belo Horizonte onde trabalhou na imprensa e foi taquígrafo da Assembleia Legislativa. Cursou a Faculdade de Direito.

Estreou na literatura com a novela “Teia” (1947) e os romances “Sombra e Exílio” (1950) e “Tempo de Amar” (1952). Em 1954 mudou-se para o Rio de Janeiro e durante cinco anos foi Secretário da Imprensa da Presidência da República no governo de Juscelino Kubitschek.

As primeiras obras do autor já mostravam suas qualidades literárias e algumas das características básicas de sua literatura, como a introspeção, um clima de ansiedade e o vanguardismo de novas de técnica, que se aprofundariam nos livros subsequentes. Sua obra, de conteúdo quase sempre trágico, carrega em seus personagens um clima poético. Em 1961, o romance “A Barca dos Homens” foi escolhido como o Melhor Livro do Ano pela União Brasileira de Escritores.

O escritor recebeu diversos prêmios literários e alguns de seus livros foram traduzidos para outros países. Entre outras obras, publicou: “Uma Vida Em Segredo” (1964), “Os Sinos da Agonia” (1974), “As Imaginações Pecaminosas” (1981), “Ópera dos Fantoches” (1995), “Gaiola Aberta” (2000) e o “Senhor das Horas” (2006). Autran Dourado faleceu no Rio de Janeiro, no dia 30 de setembro de 2012.

Acervo: 44 frases e pensamentos de Autran Dourado.

Frases e Pensamentos de Autran Dourado

Não adianta se esconder sob mil disfarces, a realidade sempre aparece.

Uma história não deve ser apressada, tem-se de compor devagarinho, é que nem bordado, deve obedecer a um risco.

Ninguém sabe o que se passa dentro de ninguém, somos muralhas uns para os outros.

Depois, muito depois, foi que começou a dar conta de si, como se voltasse de um mundo de brumas, como se acordasse de um sono pesado, despovoado de sonhos.

Um dia sentiu que precisava parar de pensar em como tudo tinha começado, como ela deixou que tudo começasse. Sentiu que precisava mudar, precisava fazer alguma coisa para acabar com aquele sofrimento tão fundo, tão continuado. Se não fizesse nada, se cultivasse a sua dor, tinha a certeza de que não lhe restaria outro caminho senão se embrenhar no mundo, virar coisa, morrer.