Valter da Rosa Borges

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O amor é como a religião: precisa de rituais e de mistérios

A paz é a consciência de que, essencialmente, só somos necessários a nós mesmos

Sofrer o mal como se fosse efêmero. Gozar o bem como se fosse eterno.

Não há busca para algo definitivo. Só a busca é definitiva.

Termos inimigos é inevitável. Porém depende de nós não ser inimigo de ninguém.

Poucos resistem ao fascínio de obter sucesso, e ao fascínio do sucesso, quando obtido.

Casamento: duas pessoas que vivem juntas na ilusão de que ainda são as mesmas.

Ninguém se sacrifica por fazer o que gosta.
Sofrer é fazer o que não se quer.
Para quem faz o que não quer, até uma flor é pesada.

Há duas formas de escravidão: a escravidão às coisas e a escravidão às idéias.

O apego é a maior escravidão.
Aquele que se apega, renunciou ao direito de liberdade.

Livre pensador é aquele que está livre até de suas próprias idéias.

Nem sempre é possível libertarmo-nos dos fatos, mas, sim, das idéias que temos sobre eles.

Amamos o saber ou, na verdade, amamos o poder que o saber nos dá?

Solitário é aquele que pensa só em si.
A sua dor é maior, porque é dele só.
A sua alegria é menor, porque não é acrescida pela alegria dos outros.

Por que alguém nos deve fazer felizes?
Se não nos fizermos felizes, ninguém mais no mundo poderá fazê-lo.

Há doentes que fazem de sua enfermidade uma forma eficaz de domínio sobre as pessoas, aprisionando-as nas cadeias da comiseração.

Quem é humilde, não busca, voluntariamente, a humilhação, mas se sujeita à humilhação, que lhe é imposta.
Há, no entanto, os que se humilham para satisfazer a vaidade de parecerem humildes.

A fé é a certeza sem prova.
A ciência é a probabilidade da certeza.

É uma infelicidade a ânsia de ser feliz.

Quem se apega ao que foi, carrega um cadáver às costas.

A inveja é um desejo paralítico, que não suporta e ambição bem sucedida.

A verdadeira infidelidade é ser fiel ao que não mais somos.

Toda biografia é, na verdade, uma sucessão de pessoas semelhantes e, em outros momentos, também diferentes.

O sempre e o nunca são criações do homem desejoso de impor leis à natureza.

Palavras e números são invenções humanas e, por isso, inúteis para a compreensão do real.