Biografia de Luis Fernando Verissimo

Luis Fernando Verissimo

Luis Fernando Verissimo (1936) é um escritor brasileiro. Famoso por suas crônicas e contos de humor, é também jornalista, tradutor, músico e roteirista de programas para televisão. É filho do escritor Érico Veríssimo.

Luis Fernando Verissimo

Luis Fernando Verissimo nasceu em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, no dia 26 de setembro de 1936l. Filho do escritor Érico Veríssimo e Mafalda Halfen Volpe, entre 1941 e 1945, morou nos Estados Unidos, com a família, quando seu pai lecionava literatura brasileira nas universidades de Berkeley e de Oakland.

Em 1953 a família voltou aos Estados Unidos quando seu pai assumiu a direção do Departamento Cultural da União Pan-Americana, em Washington. Nessa época, Luis estudou no Roosevelt High School, em Washington e desenvolveu o gosto pelo Jazz, chegando a ter aulas de saxofone.

Carreira de jornalista

Em 1956 a família retornou ao Brasil e Luis começou a trabalhar na editora Globo de Porto Alegre. Em 1960, passou a integrar o conjunto musical Renato e seu Sexteto, que se apresentava profissionalmente em Porto Alegre.

Em 1962, Luis Fernando Veríssimo foi morar no Rio de Janeiro, onde trabalhou como tradutor e redator publicitário. Em 1963 casou-se com a carioca Lúcia Helena Massa, com quem teve três filhos.

Em 1967, Veríssimo retornou para Porto Alegre e ingressou no jornal Zero Hora, trabalhando como revisor de textos. A partir de 1969 passou a assinar sua própria coluna diária. No mesmo ano começou a redigir para a agência de publicidade MPM Propaganda.

Entre 1970 e 1975 trabalhou no jornal Folha da Manhã, escrevendo sobre esporte, música, cinema, literatura e política. Seus contos eram sempre bem humorados.

Em 1971, com um grupo de amigos da imprensa e da publicidade de Porto Alegre, Verissimo criou o semanário alternativo O Pato Macho, com textos de humor, cartuns, crônicas e entrevistas.

Primeiros livros

O primeiro livro de Luis Fernando Veríssimo "O Popular", que reuniu crônicas e cartuns, foi publicados nos jornais onde trabalhou

Em 1975, retornou ao jornal Zero Hora e passou também a escrever para o Jornal do Brasil. Nesse mesmo ano publicou o livro de crônicas, "A Grande Mulher Nua".

Em 1979 publicou "Ed Morte" e Outras Histórias, livro de crônicas, cujo personagem viria a ser um dos mais populares de toda sua obra. Entre 1980 e 1981 morou em Nova Iorque, época em que escreveu Traçando Nova Iorque.

Em 1981, Luis Fernando Verissimo lançou, na Feira do Livro de Porto Alegre, o livro de crônicas "O Analista de Bagé", que se esgotou em dois dias.

Entre 1982 e 1989, foi redator semanal, com artigos bem humorados, para a revista Veja. Em 1994 publica "Comédias da Vida Privada", que foi adaptada para uma minissérie na televisão.

Em 1995, o livro O Analista de Bagé, lançado em 1981, chegou à centésima edição. Algumas de suas crônicas foram publicadas nos Estados Unidos e na França em coletâneas de autores brasileiros.

Obras de Luis Fernando Veríssimo

  • A Mesa Voadora - 1978
  • Ed Mort e Outras Histórias - 1979
  • Sexo na Cabeça - 1980
  • O Analista de Bagé - 1981 (100.ª edição em 1995)
  • Outras do Analista de Bagé - 1982
  • O Analista de Bagé em Quadrinhos - 1983
  • Ed Mort Procurando o Silva - 1985
  • Ed Mort em Disneyworld Blues - 1987
  • O Jardim do Diabo - 1988
  • Ed Mort com a Mão no Milhão - 1988
  • Ed Mort em Conexão Nazista - 1989
  • Traçando Nova York - 1991
  • Traçando Paris - 1992
  • O Suicida e o Computador - 1992
  • Pai Não Entende Nada - 1993
  • Traçando Roma - 1993
  • Comédias da Vida Privada - 1994
  • Traçando Tóquio - 1995
  • Comédias da Vida Pública - 1895
  • Comédias da Vida Privada - 1996
  • Novas Comédias da Vida Privada - 1996

Acervo: 122 frases e pensamentos de Luis Fernando Verissimo.

Frases e Pensamentos de Luis Fernando Verissimo

Quando a gente acha que tem todas as respostas, vem a vida e muda todas as perguntas.

Mas eu desconfio que a única pessoa livre, realmente livre, é a que não tem medo do ridículo.

Minha mulher e eu temos o segredo para fazer um casamento durar:
Duas vezes por semana, vamos a um ótimo restaurante, com uma comida gostosa, uma boa bebida e um bom companheirismo. Ela vai às terças-feiras e eu, às quintas.
Nós também dormimos em camas separadas: a dela é em Fortaleza e a minha, em SP.
Eu levo minha mulher a todos os lugares, mas ela sempre acha o caminho de volta.
Perguntei a ela onde ela gostaria de ir no nosso aniversário de casamento, "em algum lugar que eu não tenha ido há muito tempo!" ela disse. Então, sugeri a cozinha.
Nós sempre andamos de mãos dadas...
Se eu soltar, ela vai às compras!
Ela tem um liquidificador, uma torradeira e uma máquina de fazer pão, tudo elétrico.
Então, ela disse: "nós temos muitos aparelhos, mas não temos lugar pra sentar".
Daí, comprei pra ela uma cadeira elétrica.
Lembrem-se: o casamento é a causa número 1 para o divórcio. Estatisticamente, 100% dos divórcios começam com o casamento. Eu me casei com a "senhora certa".
Só não sabia que o primeiro nome dela era "sempre".
Já faz 18 meses que não falo com minha esposa. É que não gosto de interrompê-la.
Mas, tenho que admitir: a nossa última briga foi culpa minha.
Ela perguntou: "O que tem na TV?"
E eu disse: "Poeira".

Era uma vez... numa terra muito distante... uma princesa linda, independente e cheia de autoestima.
Ela se deparou com uma rã enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo era relaxante e ecológico...
Então, a rã pulou para o seu colo e disse: linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito.
Uma bruxa má lançou-me um encanto e transformei-me nesta rã asquerosa.
Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo.
A tua mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavar as minhas roupas, criar os nossos filhos e seríamos felizes para sempre...
Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria, pensando consigo mesma:
- Eu, hein? Nem morta!

A verdade é que a gente não faz filhos. Só faz o layout. Eles mesmos fazem a arte-final.