Biografia de José Saramago

José Saramago

José de Sousa Saramago (1922-2010) foi um escritor, roteirista, jornalista, dramaturgo e poeta português, vencedor do Nobel da Literatura em 1988. Também ganhou o Prêmio Camões, o mais importante prêmio literário da língua portuguesa.

Nasceu na aldeia de Azinhaga, concelho de Golegã, no dia 16 de novembro de 1922, embora o registro oficial mencione o dia 18.

Publicou seu primeiro livro, o romance "Terra do pecado", em 1947. Entre os livros de maior destaque estão o "Memorial do convento", o "Evangelho segundo Jesus Cristo", "Ensaio sobre a cegueira" e "As intermitências da morte".

Saramago é conhecido por utilizar frases e períodos compridos, usando a pontuação de uma maneira não convencional. Os diálogos dos personagens são inseridos nos próprios parágrafos que os antecedem. Por isso, não existem travessões nos seus livros: este tipo de marcação das falas propicia uma forte sensação de fluxo de consciência, a ponto de o leitor se confundir às vezes se determinado diálogo foi real ou apenas um pensamento.

Muitas das suas "frases" ocupam mais de uma página, usando vírgulas onde a maioria dos escritores usaria pontos finais. Da mesma forma, muitos dos seus parágrafos ocupariam capítulos inteiros de outros autores. Apesar disso, seu estilo não torna a leitura mais difícil. Seus leitores habituam-se facilmente ao seu ritmo próprio.

Acervo: 284 frases e pensamentos de José Saramago.

Frases e Pensamentos de José Saramago

Se tens um coração de ferro, bom proveito.
O meu, fizeram-no de carne, e sangra todo dia.

José Saramago
A segunda vida de Francisco de Assis

Nota: Fala do personagem Clara na peça de teatro "A segunda vida de Francisco de Assis" (1987) de José Saramago

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Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar.

José Saramago
O Conto da Ilha Desconhecida

Não tenhamos pressa, mas não percamos tempo.

Todos sabemos que cada dia que nasce é o primeiro para uns e será o último para outros e que, para a maioria, é só um dia mais.

José Saramago
O homem duplicado. Lisboa: Editorial Caminho. 2002

De que adianta falar de motivos, às vezes basta um só, às vezes nem juntando todos.

José Saramago

Nota: Trecho adaptado do livro "A Jangada de Pedra", de José Saramago.