Biografia de Charles Chaplin

Charles Chaplin

Charles Chaplin (1889-1977) foi um ator, diretor e produtor cinematográfico inglês. Também conhecido como Carlitos, foi o mais famoso artista da era do cinema mudo. Ficou notabilizado por suas mímicas e comédias do gênero pastelão.

Charles Chaplin

Charles Spencer Chaplin Jr. nasceu em Walworth, Londres, Inglaterra, no dia 16 de abril de 1889. Seus pais, Charles Spencer e Hannah Harriette Hill, eram animadores do Music Hall. Com cinco anos Charles subiu ao palco e cantou a música “Jack Jones”.

Seus pais se separaram antes de Chaplin completar três anos. Seu pai era alcoólatra e tinha pouco contato com o filho. Morreu de cirrose hepática em 1901. Sua mãe foi internada em um asilo e Chaplin foi levado para um orfanato e depois transferido para uma escola de crianças pobres.

Cinema mudo

Com 19 anos, Charles Chaplin começou a trabalhar no teatro de variedades fazendo sucesso como mímico. Em 1910, em uma turnê nos Estados Unidos com a trupe de Fred Karmo, foi visto por um produtor cinematográfico e em 1913 estreou como ator de cinema da Keystone Film Company.

No final de 1914, Chaplin foi contratado pela Essanay, recebendo sua própria unidade de produção. Em 1915, ele produziu a comédia “The Tramp” (O Vagabundo) quando criou o seu famoso personagem – "o vagabundo Carlitos".

Carlitos era um andarilho, pobretão, com maneiras refinadas e a dignidade de um cavalheiro, vestido com casaco esgarçado, calças e sapatos desgastados e mais largos que o seu número, um chapéu-coco, uma bengala e seu marcante bigodinho. O personagem humilde e galante passou a ser a figura central de diversos filmes de Chaplin.

Em 1919, Charles Chaplin fundou sua própria produtora, a United Artists, junto com Mary Pickford, Douglas Fairbanks e D. W. Griffith. Com seu personagem “Carlitos”, criou filmes com uma mescla de humor, poesia, ternura e crítica social, os mais longos do período, entre eles: The Kid (O Garoto,1921), The Gold Rush (Em Busca do Ouro, 1925) e The Circus (O Circo, 1928).

Cinema falado

Em 1927, com a chegada do cinema falado, Charles Chaplin se opôs ao novo modelo de fazer cinema e, continuou a criar obras-primas baseadas em suas mímicas. São dessa época: City Lights (Luzes da Cidade, 1931) e Modern Times (Tempos Modernos, 1936).

O primeiro filme falado de Charles Chaplin foi “The Great Dictator” (1940) (O Grande Ditador), lançado no dia 15 de outubro de 1940, o filme faz uma sátira ao nazismo e ao fascismo.

O filme recebeu cinco indicações ao Oscar em 1941, nas categorias de melhor filme, melhor ator para Charles Chaplin, melhor roteiro original, melhor trilha sonora e melhor ator coadjuvante para Jack Oakle.

Fuga dos Estados Unidos

Charles Chaplin era muito popular nos Estados Unidos, mas muitas de suas ideias eram incompatíveis com os setores conservadores da sociedade. Seu filme “Shoulder Arms” (Ombros Armas!) de 1918, provocou protestos de pretensos patriotas. Acusado de comunismo, foi perseguido pelo Macarthismo. Em 1952 abandonou os Estados Unidos, indo morar Corsier-sur-Vevey, na Suíça.

Em 1972, Charles Chaplin voltou aos Estados Unidos para receber o Prêmio Especial da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Em 1975, foi agraciado pela Rainha Elizabeth II com o título de Sir.

Charles Chaplin faleceu em Corsier-sur-Vevey, Suíça, no dia 25 de dezembro de 1977.

Acervo: 155 frases e pensamentos de Charles Chaplin.

Frases e Pensamentos de Charles Chaplin

A persistência é o caminho do êxito.

Charles Chaplin
Vida e Pensamentos. Editora Martin Claret. 1997. p. 118

Não preciso me drogar para ser um gênio;
Não preciso ser um gênio para ser humano;
Mas preciso do seu sorriso para ser feliz.

A vida é maravilhosa se não se tem medo dela.

Charles Chaplin
Luzes da Ribalta (1952)

Durante a nossa vida:
Conhecemos pessoas que vêm e que ficam,
Outras que vêm e passam.
Existem aquelas que,
Vêm, ficam e depois de algum tempo se vão.
Mas existem aquelas que vêm e se vão com uma enorme vontade de ficar...

Pensamos demasiadamente e sentimos muito pouco. Necessitamos mais de humildade que de máquinas. Mais de bondade e ternura que de inteligência. Sem isso, a vida se tornará violenta e tudo se perderá.

Charles Chaplin
O Grande Ditador (1940)