Anaïs Nin

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A vida se contrai e se expande proporcionalmente à coragem do indivíduo.

Anaïs Nin

Nota: citada por Carol A. Dingle em "French Writers of the Past", 2000

Não vemos as coisas como são: vemos as coisas como somos.

Anaïs Nin
NIN, A. Seduction of the Minotaur. Denver : A. Swallow, 1961.

Nota: A citação também foi utilizada por H. M. Tomlinson e Steven Covey, mas não se sabe sua verdadeira origem.

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É monstruoso dizer-se que o artista não serve a humanidade. Ele foi os olhos, os ouvidos, a voz da humanidade. Sempre foi o transcendentalista que passava a raios X os nossos verdadeiros estados de alma.

A carne conta a carne produz perfume, mas o contato com as palavras apenas engendra sofrimento e divisão.

Penso que se escreve para um mundo onde se possa viver.

Anaïs Nin

Nota: Os Diários de Anaïs Nin, Vol V, fevereiro 1954

A origem da mentira está na imagem idealizada que temos de nós próprios e que desejamos impor aos outros.

O erotismo é uma das bases do conhecimento de nós próprios, tão indispensável como a poesia.

A única anormalidade é a incapacidade de amar.

A nossa vida em grande parte compõe-se de sonhos. É preciso ligá-los à ação.

O único transformador, o único alquimista que muda tudo em ouro, é o amor. O único antídoto contra a morte, a idade, a vida vulgar, é o amor.

Um homem jamais pode entender o tipo de solidão que uma mulher experimenta. Um homem se deita sobre o útero da mulher apenas para se fortalecer, ele se nutre desta fusão, se ergue e vai ao mundo, a seu trabalho, a sua batalha, sua arte. Ele não é solitário. Ele é ocupado. A memória de nadar no líquido aminótico lhe dá energia, completude. A mulher pode ser ocupada também, mas ela se sente vazia. Sensualidade para ela não é apenas uma onda de prazer em que ela se banhou, uma carga elétrica de prazer no contato com outra. Quando o homem se deita sobre o útero dela, ela é preenchida, cada ato de amor, ter o homem dentro dela, um ato de nascer e renascer, carregar uma criança e carregar um homem. Toda vez que o homem deita em seu útero se renova no desejo de agir, de ser. Mas para uma mulher, o climax não é o nascimento, mas o momento em que o homem descansa dentro dela.

Anaïs Nin
NIN, A., MILLER, H., Cartas a Anaïs Nin, 1988

Ajusto-me a mim, não ao mundo.

Anaïs Nin
NIN, Anais, Volume 13 - página 41, Anais Nin Foundation, 1995

A vida se espande ou se encolhe de acordo com a nossa coragem.

Anaïs Nin
DINGLE, Carol A. Memorable Quotations: French Writers of the Past (2000).

Nota: Citação atribuída.

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Eu escolho um homem que não duvide de minha coragem, que não me acredite inocente, que tenha a coragem de me tratar como uma mulher.

O amor nunca morre de morte natural. Ele morre porque nós não sabemos como renovar a sua fonte. Morre de cegueira e dos erros e das traições. Morre de doença e das feridas; morre de exaustão, das devastações, da falta de brilho.

Escrever deve ser uma necessidade, como o mar precisa das tempestades - é a isto que eu chamo respirar.

Anaïs Nin

Nota: Os Diários de Anais Nin, Vol. V, fevereiro, 1954

Imaginei por um momento um mundo sem Henry. E jurei que no dia que perder Henry, eu matarei minha vulnerabilidade, minha capacidade para o verdadeiro amor, meus sentimentos, com a devassidão mais frenética. Depois de Henry não quero mais amor. {…} Depois de não ver Henry por cinco dias por causa de mil obrigações, não pude suportar. Pedi a ele para se encontrar comigo durante uma hora entre dois compromissos. Conversamos por um momento, então fomos para um quarto do hotel mais próximo. Que necessidade profunda dele. Só quando estou em seus braços as coisas parecem direitas. Depois de uma hora com ele, pude continuar o meu dia, fazendo coisas que não quero fazer, vendo pessoas que não me interessam.

Anaïs Nin

Nota: Diário íntimo de Anaïs Nin

Me nego a viver em um mundo ordinário como uma mulher ordinária.
A estabelecer relações ordinárias. Necessito o êxtase. Não me adaptarei ao mundo. Me adapto a mim mesma.

Anaïs Nin

Nota: Diário de Anaïs Nin, 23 de março, 1933

Subtraia a superintensidade, o chiado das ideias, e você tem uma mulher que ama a perfeição.

Anaïs Nin
NIN, A., Henry e June

Na manhã em que me levantei para começar este livro tossi. Algo estava a sair-me da garganta, a estrangular-me. Rasguei o cordão que o retinha e arranquei-o. Voltei para a cama e disse: Acabo de cuspir o coração.

Existe um instrumento chamado quena que é feito de ossos humanos. Tem origem no culto que um índio dedicou à sua amante. Quando ela morreu ele fez dos seus ossos uma flauta. A quena tem um som mais penetrante, mais persistente do que a flauta vulgar.

Aqueles que escrevem sabem o processo. Pensei nisto enquanto cuspia o coração. Só que eu não estou à espera da morte do meu amor.

Anaïs Nin
NIN, A., A Casa do Incesto, Assírio e Alvim, 1993

Chorei porque não era mais uma criança com a fé cega de criança. Chorei porque não podia mais acreditar e adoro acreditar. Chorei porque daqui em diante chorarei menos. Chorei porque perdi a minha dor e ainda não estou acostumada com a ausência dela.

O inimigo de um amor nunca vem de fora, não é homem ou mulher, é o que falta em nós mesmos.

Anaïs Nin
NIN, A., Uma Espia na Casa do Amor

Nota: Uma espiã na casa do amor

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Os grandes amores, especialmente se não tivessem tido morte natural, jamais morriam por completo e deixavam reverberações. Uma vez interrompidos, rompidos de maneira artificial, sufocados acidentalmente, eles continuavam a existir em fragmentos separados e infinitos ecos menores.

Anaïs Nin
NIN, A., Uma Espia na Casa do Amor

Realidade não me impressiona. Eu só acredito em intoxicação, em êxtase, e quando vida ordinária me algemar, eu escapo, de uma maneira ou de outra. Nenhum muro mais.

Anaïs Nin

Nota: Diário de Anais Nïn, 7 de julho, 1934

A vida é um processo de crescimento, uma combinação de situações que temos de atravessar. As pessoas falham quando querem eleger uma situação e permanecer nela. Esse é um tipo de morte.

Anaïs Nin
Evelyn J. Hinz, The Mirror and the Garden: Realism and Reality in the Writings of Anais Nin, 1972
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