Âmago
Somente os que se aventuram em uma viagem para dentro de si podem chegar ao âmago da vida, talvez essa seja a mais difícil ou a que menos buscamos porém a que nos leva a lugares inimagináveis.
Quando a verdade penetra o âmago do ser, a cegueira é revelada e um modo sublime de abrir os olhos é descoberto.
Assuma a responsabilidade por ser quem você é e dê vida para a o âmago mais profundo da tua liberdade. Se dê o aval para ser quem você é e perceba como não há segredo em sentir-se bem consigo mesmo. E, principalmente, seja você e permita ao próximo fazer o mesmo.
Let it be.
Há sempre, uma crença que habita, no próprio âmago. A qual motiva o ser humano, a seguir adiante, na sua jornada quotidiana. E a qual, enfim, o conduza rumo, ao seu próprio progresso, íntimo e pessoal.
Temos no âmago algo que nos faz parar, pois somos mais do que pensamos ser. E acreditar no amanhã, é tentar realizar o sonho hoje.
Irreparável, o misto de cores emoldurado ao fundo do âmago, expostas ao vestígio amaro fragmentado da entrega à energia vital. Estremecendo-se pelas velhas lacunas aonde se dissipam, surge a ineptidão de seu esplendor. Como estão as palavras dispersas, estão as cores. O pintor tenta justificar sua coordenação para tal obra, mas as cores apenas são. Elas estão entrelaçadas por cada pincelada incerta, pela união de suas partículas jogadas à força do vento, elas fluem entre si emoldurando um novo plano, porém em sua aurora as cores apenas são.
Vida extinta
A gente já vem; voltando
Ao âmago do primeiro plano.
Se assim for o nosso final de ano.
Outros janeiros por certo estarão por
Perto nos assediando, com forte cor
Criada pelo criador do infinito amor!
Assim esta vida se esvai como vapor
Vaporizando o nosso divino amor
Doando e doendo a quem doer
Será o findar de mais sofrer
Afinal; vamos voando
Ou suando ao soar
Do sínodo ao ar
Suor pingando
Arpoando !
Já é mais
Um final
De ano
À vida
Pião
!
coração
Rodando,
Rodo - piano
Ao som mavioso.
Piando, majestoso,
Jocoso, gostoso, jeito
Airoso de viver sorrindo
Contrafeito, contra o peito
Ao morrer de amor perfeito.
Som melífluo de amor divino.
O sol já está quase a pino
E o poeta com sorriso
De velho - menino,
A espera de soar
O divino sino.
Assim chegamos indo!
Amém!
Naftalina
Vestiu-se cheirosa de naftalina
No âmago um sonho dos tempos de menina.
No toca fitas o som da ilusão
Um gosto frio de café.
Um ruído sem refrão
Cheiro mofado de cabaré.
Uma algazarra de todo lado
Lábios duplos avermelhados
Fumos da sala pelo ar espalhado.
No armário suas nove horas.
Uma voz bêbada e um trocadilho hilário.
Teve o remorso corroendo
Frustrou o sonho de ser amada
Suicidou-se tanto
Que acabou morrendo.
Para sempre...
No vazio do âmago sinto,
viver em mim uma lembrança.
Tão perto e tão longe se encontra,
perdido num pensamento se esvai...
Como encontrá-lo? Pergunto-me.
Se tão próximo a mim se encontra.
Queria a verdade do pensamento hostil,
e viver em segundos a mentira sincera...
Sinto raiva por pensar tanto assim...
Talvez, um ódio prazeroso!
Que quando perto de ti,
perde-se o sentido e o tempo!
Mais uma vez me pergunto:
Onde estará tão imenso amor?
Na alegria de uma paixão tão iludido,
Só me resta a saudade e a dor!
Quem sabe um dia consiga,
Traduzir e dizê-lo o que sinto,
e a lembrança das coisas pequenas,
se perderão na grandiosa descoberta:
Te amarei para sempre!
Infindável procura de um sentido qualquer
existência perturbadora de um âmago incompreendido
sinta-se vago plainando em um vazio
das dúvidas que o cercam através da descrença.
Junte-se a trajetória das incertezas
aqui jaz uma fé cega
revestida de uma alma semimorta
questione o inquestionável
desperta-te afim de compreender
a busca por si só é o real viver...
Que a felicidade não se aprisione nas raízes do tempo, no âmago das circunstâncias, nos paradisíacos momentos, no recordar de pequenas lembranças, no despertar de esperanças, sinônimo de renovação, que regenere a vida e o coração.
Não aceito a tristeza e apoio a força que todo o ser humano tem dentro de seu âmago; uma força invisível, incompreensível, capaz de derrubar qualquer gigante, pelo simples fato de acreditar em si mesmo.
É através das lutas que aprendemos a sermos felizes com amplitude e não com um incentivo vazio e medíocre de uma felicidade superficial navegando por aí, enquanto as mesmas estão com o coração sangrando; negando-se ajuda por puro orgulho e egoísmo.
Ela levava consigo, não um livro, nem um dicionário de palavras em seu âmago. Mas sim, uma biblioteca de histórias, contos de fadas, meia dúzia de fantasias e um conto inacabado.
[...] o medo é algo que domina o âmago do ser humano de uma forma horripilante. Quando se perde o controle de suas emoções, o medo habita onde era o vácuo deixado pelo temor de não poder se controlar. Algo dentro de nós precisa de um controle, e se você não controla, o medo assim o faz. Tornando-a uma pessoa sem domínio de si mesma, dando vazão ao mal. Um mal que rouba sua voz, sua vontade, sua vida.
Confiança não vem daquilo que você conquistou e sim daquilo que mudou dentro de seu âmago e o tornou convicto de seus dons e atributos ocultos.
do âmago do nada
existente
entre a penumbra e a luz,
evola-se
um halo
cálido
que afugenta o medo.
exala-se
um sopro no gesto
do ser,
um sulco de luz
transforma
o nada
em verbo.
acende-se
subitamente por dentro
do corpo,
a vida.
in O Retorno ao Princípio
Hoje acordei com um grito entorpecido no âmago. Sua falta no meu dia-a-dia resulta na lágrima silenciosa que brota sem querer e percorre aquele antigo percursso até o canto da boca. Sinto falta mesmo. Não deixo de admitir, nunca fui covarde de deixar de admitir o que eu sinto, nao, vc sempre soube o que se passava em mim. Mas agora vc ta distante, e mesmo o fato de vc não morar perto nunca me fez me sentir assim. Sinto vc mais distante do que qualquer oceano que nos separa.
Entre contos de fadas, gnomos e duendes, havia uma história que ela trazia em seu âmago, em meio a algumas estórias de outro mundo. Coisas dela. Somente dela, e ao recostar a cabeça no travesseiro sorria ao relembrar alguns capítulos anteriores, entre olhares e toques naquela sedosa pele de papel ainda quente da noite anterior.
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